Pix é mais que pagamento e vai melhorar a prestação de serviços públicos, diz BC
novembro 16, 2020
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira, 16, que o Pix – plataforma de pagamentos e transferências instantâneas do BC, que começou a funcionar de maneira plena às 9 horas nesta segunda-feira – vai melhorar inclusive a prestação de serviços públicos, ao digitalizar as transações financeiras no País.
“O Pix veio para melhorar sua vida e facilitar seus negócios. O Pix é um instrumento que serve para qualquer tipo de compra, para qualquer valor. Os comércios não precisarão ter mais tanto dinheiro em caixa. O Pix é muito seguro, há uma série de mecanismos de segurança no desenho do sistema. O Pix tem um motor antifraude e que comunica o sistema imediatamente”, completou ele, no evento de lançamento da operação plena da plataforma.
O presidente do BC projetou que os registros de ativos financeiros passarão a ser eletrônicos, no processo de “tokenização”. “O acesso será mais fácil e você elimina o intermediário em vários processos de vendas de ativos, modernizando a economia”, acrescentou.
A partir de agora, já é possível realizar pelo sistema transferências e pagamentos 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. A expectativa é de que as operações sejam liquidadas em até dez segundos.
Até o domingo, um total de 71 milhões de chaves haviam sido cadastradas no Pix. A chave de usuário é um identificador de contas: o cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitada no banco).
Por meio dela, será possível receber pagamentos e transferências. A chave é um “facilitador” para identificar o recebedor, mas não é indispensável para receber um Pix.
Armazenamento de dados
O presidente do Banco Central avaliou que o Pix tem como pilares seis “Ds”: digitalização, desmonetização, desintermediação, desmaterialização, disrupção e democratização.
“E chegado o grande dia, fruto de trabalho de vários meses. Quando você sai do papel, vai para o eletrônico e elimina intermediários, as transações ficam mais baratas. A tecnologia é instrumento democratizante, abaixa o custo e inclui a todos”, afirmou. “Recuperação da crise será muito gerada pelo aumento da tecnologia”, completou.
Ele destacou que há um movimento enorme de barateamento de armazenagem de dados. Ele repetiu que o Pix é um sistema rápido, barato, seguro, transparente e aberto – como demanda a sociedade.
“Com chegada do Pix, teremos mais inclusão financeira, mais competição, mais eficiência e segurança”, acrescentou. Campos Neto lembrou que o Pix será fácil de usar e prometeu que o BC irá trabalhar para que a experiência do usuário melhore ao longo do tempo.
“Além disso, a competição nos serviços financeiros irá aumentar. Sem barreiras de entradas, há incentivos para novas empresas e tecnologia, que chamamos de fintechs. Já temos mais d 750 empresas cadastradas no Pix e isso deve levar a uma segmentação e especialização nos serviços, que significam menor custo e melhor atendimento aos clientes”, projetou.
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