Via Varejo reverte prejuízo em lucro de R$ 590 mi; JBS e Marfrig multiplicam lucro, mais balanços e outros destaques

Via Varejo reverte prejuízo em lucro de R$ 590 mi; JBS e Marfrig multiplicam lucro, mais balanços e outros destaques

novembro 12, 2020 Off Por JJ

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(Shutterstock)

SÃO PAULO – Com a temporada de resultados do terceiro trimestre caminhando para o seu final, o noticiário corporativo teve como destaque a temporada de resultados entre a noite de quarta-feira (11) e a manhã desta quinta-feira. Confira os destaques:

Confira:

Via Varejo (VVAR3)

A Via Varejo registrou lucro líquido contábil de R$ 590 milhões no terceiro trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 346 milhões apurado no mesmo período de 2019. O resultado não recorrente teve lucro de R$ 490 milhões, ante prejuízo de R$ 138 milhões na mesma base de comparação.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Via Varejo entre julho e setembro ficou em R$ 1,120 bilhão, ante resultado negativo de R$ 97 milhões de um ano antes. No critério ajustado, o indicador somou R$ 1,196 milhões, um crescimento de 443,6% ante os R$ 220 milhões do terceiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda ajustada saiu de 3,9% no ano passado para 15,3% neste ano.

“A melhora significativa da performance foi resultado da excepcional venda do canal online, da evolução das vendas nas lojas físicas e das ações de redução de despesas fixas e variáveis refletindo ganhos de alavancagem operacional”, afirma a empresa em comentário que acompanha os números.

A receita líquida da empresa no terceiro trimestre somou R$ 7,812 bilhões, avanço de 37,3% ante o mesmo período de 2019. As vendas brutas de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) somaram R$ 10,046 bilhões entre julho e setembro deste ano, avanço de 43,4% na comparação anual.

Segundo a companhia, o GMV do e-commerce foi de R$ 4,1 bilhões no trimestre, um avanço de 219% na comparação com o mesmo período de 2019. A receita bruta do online subiu 278%, segundo a companhia.

O resultado financeiro líquido da Via Varejo no trimestre ficou negativo em R$ 107 milhões, uma melhora de 55,4% em relação ao terceiro trimestre de 2019.

A companhia encerrou setembro de 2020 com caixa líquido de R$ 3,366 bilhões, ante uma posição de R$ 2,901 bilhões em junho. A dívida financeira da Via Varejo fechou o trimestre em R$ 4,509 bilhões, praticamente estável em relação a junho.

A Marfrig viu seu lucro crescer quase sete vezes no terceiro trimestre, chegando a R$ 674 milhões. No mesmo período de 2019, o lucro foi de R$ 100 milhões.

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Ajudou no resultado da companhia a alta das exportações para mercados como China, Hong Kong e Estados Unidos, além da desvalorização do real frente ao dólar.

Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 2,2 bilhões, um crescimento de 47% ano a ano.

Já a receita líquida foi de R$ 4,8 bilhões entre julho e setembro, uma alta de 26,3% na comparação anual, sendo que as exportações responderam por 62% das receitas totais.

A Marfrig teve ainda redução do custo financeiro, refletindo em parte a redução da alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, para 1,68 vez, ante 1,79 vez no fim de junho.

A JBS fechou o terceiro trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, quase 9 vezes acima na comparação com  igual período de 2019, quando teve lucro de R$ 356 milhões.

A receita líquida da companhia foi de R$ 70,1 bilhões, alta de 34,3%. A geração de caixa livre subiu 36,9% frente o ano anterior e chegou a R$ 5,2 bilhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 7,99 bilhões, alta de 35% na base anual, mas baixa de 24,6% na base sequencial.

A JBS afirmou que a divisão brasileira de alimentos processados Seara viu o Ebitda ajustado subir 55,4%, enquanto as operações com carne suína e de frango nos Estados Unidos registraram saltos de 64,7% e 48,9%, respectivamente, apoiadas na desvalorização do real ante o dólar.

A companhia disse que o resultado da Seara deve-se ao aumento de 4,4% no volume vendido e aumento no preço médio dos produtos de 19,7% ante o terceiro trimestre de 2019. Já a divisão de suínos nos EUA, JBS Pork, teve queda de 5,5% na receita líquida em dólares por conta de quedas de 8% no preço médio, enquanto o volume de vendas subiu 1,3%.

“A produção de carne suína no trimestre voltou aos patamares pré-Covid, compensando, inclusive, o volume menor produzido no segundo trimestre”, afirmou a JBS no balanço.

A JBS fechou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda de 1,6 vez em dólar, menor na história da companhia, e de 1,83 vez em reais.

A Eletrobras registrou lucro líquido atribuível aos sócios controladores de R$ 84,983 milhões no terceiro trimestre de 2019, queda de 7,7 vezes, ou baixa de 87%, frente os R$ 651 milhões no mesmo período de 2019, principalmente por conta da queda de receita de geração.

A receita operacional líquida teve leve alta de 1,5%, passando de R$ 7,320 bilhões no 3º trimestre de 2019 para R$ 7,431 bilhões, com o efeito positivo da receita de transmissão.

O Ebitda totalizou R$ 1,957 bilhão, queda de de 29% sobe o Ebitda de R$ 2,766 bilhões em igual período de 2019.

A CCR teve forte queda no lucro ajustado do terceiro trimestre, de 71,9%, chegando a R$ 93,3 milhões entre julho e setembro. Impactou a companhia a alta do dólar e maiores despesas com depreciação de ativos perto do fim da concessão.

A receita líquida, por sua vez, caiu 10,9% na comparação anual, para R$ 2,1 bilhões, uma vez que concessões administradas pela companhia, como rodovias, aeroportos e de mobilidade urbana, seguiram com níveis de tráfego ainda abaixo dos verificados antes de março, quando medidas de isolamento social foram tomadas.

Enquanto isso, o Ebitda ajustado da companhia no terceiro trimestre ficou em R$ 1,26 bilhão, queda de 16,5% ano a ano, considerando as mesmas bases.

A CCR teve também maiores despesas com depreciação referentes às concessões da Via Dutra, que liga Rio de Janeiro e São Paulo; e a RodoNorte, no Paraná. As despesas de ativos próximos do fim do período de concessão em geral crescem.

A empresa de tecnologia Locaweb apresentou na noite desta quarta-feira, 11, seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2020, quando teve lucro líquido de R$ 7,8 milhões entre julho e setembro, um crescimento de 30,6% sobre os R$ 6 milhões vistos um ano antes. No critério ajustado, o lucro líquido ficou em R$ 12,5 milhões, alta de 30,4% sobre 2019.

O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre foi de R$ 30,9 milhões, subindo 4,4% ante os R$ 29,6 milhões apurados no ano anterior. A margem Ebitda do período foi de 24,4%, queda de 4,6 pontos porcentuais. Em termos ajustados, o Ebitda foi de R$ 35,8 milhões, alta de 17,9% sobre julho a setembro de um ano antes.

A receita operacional líquida da Locaweb no terceiro trimestre foi de R$ 126,2 milhões, crescimento de 23,8% ante o mesmo período de 2019, quando a marca foi de R$ 101,9 milhões. A receita do Commerce, que amealha as operações de e-commerce da empresa, somou R$ 40,3 milhões, alta de 90,3% sobre o terceiro trimestre de 2019 e de 23,2% sobre o segundo trimestre deste ano. Já o segmento de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês) teve receita de R$ 85,9 milhões entre julho e setembro, alta de 6,4% sobre o ano anterior.

Em comentário que acompanha o balanço, a Locaweb chama atenção para o volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) do Commerce, que totalizou R$ 1,9 bilhão, alta de 90,4% sobre o terceiro trimestre do ano passado. “A qualidade do nosso ecossistema, que segue sendo ampliada rapidamente e já conta com mais de 328 integrações, bem como a qualidade da nossa plataforma, contribuiu para o aumento de vendas dos nossos clientes e fez com que nosso crescimento fosse muito superior ao do mercado”, diz a empresa.

A Locaweb também chama a atenção para adição de novas lojas ao seu ecossistema, de 341,6% sobre o quarto trimestre de 2019, implicando que a base de lojistas praticamente dobrou entre janeiro e setembro de 2020. “Os dados do trimestre reforçam que, mesmo com a reabertura do comércio em algumas cidades, não vemos sinais de desaceleração na adição de novas lojas”, fala a empresa.

No segmento de SaaS, o número de clientes teve aumento de 2,3%, a 372,7 mil, destacando o crescimento de vendas de soluções corporativas, que acabaram sofrendo ao longo da pandemia, o crescimento de soluções para e-mails corporativos, do Criador de Sites e Delivery Direto, “todos apresentando altas taxas de crescimento em relação a 2019”.

Os custos e despesas operacionais totais subiram 28,3% na comparação anual, a R$ 109 milhões. O resultado financeiro líquido no terceiro trimestre foi uma despesa líquida de R$ 3,5 milhões, o que representou uma melhora de 59,8% em comparação com 2019, relacionado à redução do saldo de dívida bruta bancária em aproximadamente R$ 20,5 milhões.

O caixa líquido proveniente das atividades operacionais totalizou R$ 40,2 no trimestre, alta de 56,4% comparado a R$ 25,7 milhões no terceiro trimestre de 2019. A geração de caixa operacional da companhia, medida pelo Ebitda ajustado menos o capex, apresentou uma queda de 7,9% entre julho e setembro, a R$ 21,5 milhões. Ainda com os recursos da sua oferta inicial pública (IPO, na sigla em inglês) em caixa, a Locaweb teve saldo líquido de caixa de R$ 378,2 milhões no trimestre.

A MRV registrou lucro líquido de R$ 158 milhões no terceiro trimestre, queda de 1,6% em um ano, mas aumento de 26,6% na comparação com o trimestre anterior.

Enquanto isso, o Ebitda entre julho e setembro ficou em R$ 253 milhões, aumento de 1,9% na comparação com o mesmo período de 2019. A margem, porém, caiu 1,5 ponto percentual, para 14,4%.

Já a receita líquida da companhia no trimestre cresceu 12,2%, para R$ 1,76 bilhão.

Pelo lado operacional, a MRV Engenharia acelerou os lançamentos depois do pior momento da pandemia e teve vendas recordes no terceiro trimestre – confirmando que o mercado imobiliário atravessa uma recuperação significativa.

De acordo com relatório já divulgado, os lançamentos foram de R$ 1,87 bilhão, avanço de 15%. As vendas bateram recorde pela terceira vez consecutiva. Foram comercializados R$ 1,97 bilhão, expansão de 41%.

(Com Agência Estado)

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