Tesouro Direto: taxas de títulos públicos têm dia de correção e sobem nesta sexta-feira
maio 8, 2020
SÃO PAULO – Em dia de correção, após fortes quedas dos prêmios nos últimos dias diante do corte de 0,75 p.p. da Selic e de dados fracos da economia brasileira, as taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam em alta na manhã desta sexta-feira (8).
Apesar do movimento, a atenção dos investidores recai sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil, que registrou deflação de 0,31% em abril, resultado acima da expectativa mediana dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para uma deflação de 0,24% no período.
Esta foi a maior deflação mensal para o IPCA desde agosto de 1998 (-0,51%) e a primeira já registrada em um mês de abril no país.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram deflação no último mês. As maiores contribuições negativas no período partiram dos grupos de transportes (-2,66%) e artigos de residência (-1,37%).
Mercado hoje
No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 3,53% ao ano nesta manhã, ante 3,49% a.a. na tarde de quinta-feira (7). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 4,47%, frente ao prêmio de 4,39% a.a. anteriormente.
Entre os títulos prefixados, o juro do papel com vencimento em 2026 subia de 7,04% para 7,09% ao ano, enquanto o Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 pagava 8,00% ao ano, ante 7,93% a.a. ontem.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta sexta-feira (8):
Noticiário externo
No cenário internacional, investidores monitoram o relatório de emprego dos Estados Unidos, que registrou perdas de 20,5 milhões de postos de trabalho em abril, abaixo da estimativa do mercado, que era de destruição de 22 milhões de empregos, segundo levantamento da Bloomberg.
A taxa de desemprego, por sua vez, subiu de 4,4% para 14,7% – a mais alta desde os anos 1940, mas também abaixo da expectativa do consenso Bloomberg, de alta a 16%.
Também está no radar a retomada do diálogo entre os Estados Unidos e a China para ampliar a cooperação das duas potências nos âmbitos da saúde pública e da economia e ainda criar condições favoráveis para que os países implementem o acordo comercial assinado em janeiro.
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