Taxas de títulos do Tesouro Direto operam sem direção definida nesta terça-feira

Taxas de títulos do Tesouro Direto operam sem direção definida nesta terça-feira

setembro 1, 2020 Off Por JJ

(CarlaNichiata/Getty Images)

SÃO PAULO – As taxas pagas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam sem direção definida na manhã desta terça-feira (1). Enquanto os papéis prefixados apresentavam queda nos prêmios, as taxas dos títulos indexados à inflação tinham leve alta.

Entre os destaques do noticiário do dia, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve queda de 9,7% no segundo trimestre de 2020 na comparação com os primeiros três meses do ano, mostrando os impactos mais agudos da pandemia de coronavírus.⠀

A contração foi levemente acima da esperada pelos economistas consultados pela Bloomberg, de 9,2%. Em relação ao segundo trimestre de 2019, o PIB caiu 11,4%, desempenho também pior que o esperado, de queda de 10,7%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ambas as quedas foram as mais intensas da série histórica, iniciada em 1996.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2035 pagava uma taxa anual de 3,75% nesta manhã, ante 3,73% a.a. na tarde de segunda-feira (31). O juro pago pelo Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2040, por sua vez, subia de 3,74% para 3,76% ao ano.

Entre os títulos com retorno prefixado, o papel com juros semestrais e vencimento em 2031 pagava uma taxa anual de 7,12%, frente a 7,15% anteriormente, enquanto o Tesouro Prefixado 2023 pagava 4,13% ao ano, ante 4,17% a.a. ontem.

Em meio a maior preocupação fiscal, os títulos públicos encerraram o mês de agosto com queda de até 9,5%. No Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045, o juro real pago subiu de 3,40%, no fim de julho, para 3,72%, no encerramento de agosto. Confira a matéria completa aqui.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (1):

Fonte: Tesouro Direto

Orçamento e auxílio

Ainda na cena doméstica, destaque para o Orçamento de 2021, que foi enviado na noite de ontem ao Congresso. Somando os déficits esperados entre 2021 e 2023, o rombo chega a R$ 572,9 bilhões.

O governo federal ainda anunciou nesta terça-feira a extensão do auxílio emergencial por mais quatro meses, com parcelas de R$ 300. Segundo dados do Ministério da Cidadania, com a prorrogação, o gasto total com o benefício social deve ficar em R$ 260 bilhões.

Cena externa

No mercado internacional, o tom mais positivo dos mercados parte do Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria da China em agosto, que ficou em 53,1 pontos. Leituras acima de 50 indicam expansão, enquanto resultados inferiores a 50 revelam retração.

Ao mesmo tempo, o desemprego na zona do euro subiu, enquanto os efeitos do coronavírus continuam a ser sentidos. A taxa de desemprego na região subiu de 7,7%, em junho, para 7,9%, em julho, mostrando uma deterioração do cenário. O número, contudo, ainda está abaixo do recorde visto no meio da crise.

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