Suzano vende R$ 1 bi em terras para Bracell, navio a serviço da Petrobras afunda em Campos e mais notícias
novembro 23, 2020
A rede Carrefour Brasil enfrentou um final de semana turbulento após seguranças espancarem e assassinarem João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, no estacionamento de uma das lojas da rede, em Porto Alegre na quinta-feira (19). O assassinato ocorreu na véspera do Dia da Consciência Negra, e se tornou alvo de protestos em atos que já estavam marcados ao redor da data.
Ainda no noticiário corporativo, a Suzano anunciou na sexta acordo com a fabricante de celulose especial Bracell para venda de terras, florestas e madeira, em uma transação que totaliza cerca de R$ 1 bilhão voltada a reduzir o endividamento da companhia.
Já o navio MV Carmen, um rebocador de uma empresa que presta serviço à Petrobras, naufragou na madrugada de sexta-feira no campo de Albacora, na Bacia de Campos, e os 18 tripulantes foram resgatados sem ferimentos por duas embarcações de apoio que estavam próximas, informou a Marinha em nota. Confira no que ficar de olho na sessão:
Carrefour Brasil (CRFB3)
Após seguranças do Carrefour Brasil espancarem e assassinarem em uma unidade de Porto Alegre João Alberto Freitas, um homem negro de 40 anos, lojas da rede foram alvo de protestos em diversas partes do Brasil. Um grupo de manifestantes atacou e incendiou uma loja em São Paulo após a 17ª Marcha da Consciência Negra, que pediu justiça pela morte.
Segundo a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, o espancamento teria ocorrido após João Alberto ter se desentendido com uma funcionária do Carrefour.Dois suspeitos pelo assassinato foram presos em flagrante, um deles é policial militar. A primeira necropsia indicam que João Alberto morreu por asfixia.
O Carrefour Brasil informou neste sábado que as vendas do dia 20 de novembro das lojas Carrefour Hipermercados serão doadas para entidades ligadas à luta pela consciência negra, posicionamento adotado Em nota à imprensa, a varejista afirmou que o Dia da Consciência Negra, celebrado na véspera em várias cidades do Brasil, deveria ser marcado pela conscientização da inclusão de negros e negras na sociedade, mas “foi o mais triste da história do Carrefour”.
Em um comunicado no horário nobre da TV, o presidente do Grupo Carrefour no Brasil, Noel Prioux, afirmou: “O que aconteceu na loja do Carrefour foi uma tragédia de dimensões incalculáveis, cuja extensão está além da minha compreensão como homem branco e privilegiado que sou. Então, antes de tudo, meus sentimentos à família de João Alberto e meu pedido de desculpas aos nossos clientes, à sociedade e aos nossos colaboradores”. Na sexta, ele havia afirmado no Twitter que haveria uma “revisão completa no treinamento” oferecido pela rede.
No mesmo anúncio, João Senise, vice-presidente de recursos humanos do Carrefour Brasil, afirmou: “O que aconteceu em nossas lojas não representa quem somos e nem os nossos valores. Cinquenta e sete por cento dos nossos colaboradores são negros e negras, e mais de um terço dos gestores se autodeclaram pretos ou pardos. Mas estamos conscientes que precisamos de mais ações concretas e efetivas para o fortalecimento da nossa cultura de diversidade”.
Na sexta-feira, o MPF (Ministério Público Federal) defendeu, por meio de nota, que o Carrefour adote medidas de compliance em toda a rede para combate ao racismo, e que a família de João Alberto Freitas seja indenizada. Veja mais clicando aqui.
O navio MV Carmen, um rebocador de uma empresa que presta serviço à Petrobras, naufragou na madrugada de sexta-feira no campo de Albacora, na Bacia de Campos, e os 18 tripulantes foram resgatados sem ferimentos por duas embarcações de apoio que estavam próximas, informou a Marinha em nota.
A OceanPact Geociências, responsável pela embarcação, informou que o navio realizava atividade de batimetria quando naufragou por volta das 4h55.
O navio adernou às 4h25, a cerca de 53 milhas náuticas do Cabo de São Tomé, em profundidade próxima a 250 metros, e a tripulação decidiu por abandonar a embarcação conforme orientação de procedimentos de segurança, acrescentou a OceanPact. A empresa reiterou que não há desaparecidos e que ninguém se feriu.
Segundo a Marinha, a empresa proprietária do navio foi notificada a manter uma embarcação em prontidão na área, com capacidade de contenção de óleo no local do naufrágio, a fim de garantir a segurança da navegação e a prevenção da poluição.
Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.
A Suzano anunciou na sexta acordo com a fabricante de celulose especial Bracell para venda de terras, florestas e madeira, em uma transação que totaliza cerca de R$ 1 bilhão voltada a reduzir o endividamento da companhia.
As terras estão localizadas no Estado de São Paulo, onde a Bracell tem fábrica e está investindo em um projeto de expansão que tem conclusão prevista para 2021.
Os imóveis envolvem 21.066 hectares na região central do Estado de São Paulo dos quais “parte” será vendida e o restante referem-se a contratos de arrendamento da Suzano.
O acordo inclui florestas já estabelecidas e as em crescimento e compromisso de aquisição “de volume de madeira adicional”, informou a Suzano em comunicado ao mercado sem dar detalhes.
“A transação está alinhada com o plano de desalavancagem da companhia (…) e confirma a disciplina financeira adotada pela Suzano”, afirmou a empresa.
A International Meal Company (IMC), dona das redes Frango Assado e Viena, recebeu correspondência do Itaú Unibanco informando que a soma das ações detidas pelos fundos de investimentos sob gestão do banco atingiu 8,8% das ONs da companhia. É uma redução considerável da posição do banco no capital da empresa de restaurantes cujos fundos, até então, somavam 19,5% da empresa.