Suzano (SUZB3): JPMorgan eleva preço-alvo e recomendação para compra com expectativa de alta nos preços da celulose
outubro 3, 2023O JPMorgan elevou recomendação para ações da Suzano (SUZB3) de neutro para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), pois acredita que os preços da celulose atingiram o seu nível mais baixo neste ano e agora o potencial de queda é limitado. O banco havia cortado recomendação para o ativo em janeiro.
Dessa forma, o banco revisou para cima as estimativas de preços para o médio e longo prazo, além de classificar a Suzano como a principal beneficiária da nova curva de preços, especialmente a médio prazo.
“O cenário de médio prazo para a celulose é mais convincente”, comentam analistas. “Após uma concentração de 3 mega projetos sendo implementados em um período de cerca de 18 meses, provavelmente veremos um período de pelo menos 3 a 4 anos sem nenhuma grande nova fábrica de celulose”.
De acordo com o relatório, a indústria ainda terá muito o que absorver, especialmente em 2024 e 2025, mas finalmente será visto um alívio posterior que deve permitir preços mais altos.
Além disso, o time de análise do JPMorgan vê escopo limitado para surpresas negativas, uma vez que demanda já é muito fraca na Europa e nos Estados Unidos e morna na China.
“A economia chinesa parece estar melhorando gradualmente e qualquer recuperação da demanda, especialmente na Europa, seria uma surpresa positiva”, explica JPMorgan.
Com base nisso, o banco ajustou suas projeções de preços da celulose para os anos seguintes, de US$ 575 a tonelada (t) em 2025 para US$ 700/t em 2028. Também aumentou sua previsão de longo prazo para US$ 550/t, de US$ 530/t. A justificativa para a melhoria é refletir os custos marginais mais altos decorrentes da inflação.
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Suzano: antecipação do projeto Cerrado e valuation atrativo
Analistas também pontuam que o projeto Cerrado foi antecipado e está prestes a ser concluído. Com isso, segundo eles, os gastos de capital devem ser substancialmente reduzidos, afetando positivamente o fluxo de caixa livre no segundo semestre de 2024.
“A Suzano deve desfrutar de um crescimento substancial no volume de aproximadamente 21% até 2025, à medida que o projeto for sendo implementado”, destacam analistas.
Além disso, na avaliação do JPMorgan, a Suzano negocia a um valuation atrativo de 7,2 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2024 e 6,1 vezes para 2025, com previsão de retornos de fluxo de caixa livre de 6,4% e 7,7% para os mesmos períodos.
Diante disso, o banco americano elevou preço de R$ 50 para R$ 69,50, o que implica em um potencial de alta de 28% em relação aos preços de mercado de segunda-feira.
Para a Klabin (KLBN11), a recomendação neutra foi mantida, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 24 para R$ 27, ou alta de 13% ante o fechamento da véspera.
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