Suzano (SUZB3) é preferida da XP no setor de papel e celulose; Klabin (KLBN11) e Irani (RANI3) têm recomendação “neutra”

Suzano (SUZB3) é preferida da XP no setor de papel e celulose; Klabin (KLBN11) e Irani (RANI3) têm recomendação “neutra”

novembro 17, 2023 Off Por JJ

Suzano (SUZB3) como preferida, com margem de segurança nos níveis de valuation mesmo com pior momentum para preços da celulose, e Klabin ([ativo=KBLN11]) e Irani (RANI3) vistas como neutras. É esse o panorama do setor de papel e celulose que o Research da XP apresenta em sua retomada de cobertura de papéis do setor.

“Se a gente olhar o próximo ano, a Suzano vai entrar com um projeto extremamente relevante de aumento de capacidade aqui no Brasil, reforçando a posição que ela tem como líder no mercado de celulose de fibra curta, dado a operação de eucalipto que tem no país. […] Vai entrar com esse projeto de expansão de capacidade no ano que vem que a gente espera que incremente significativamente o lucro operacional da companhia, principalmente em 2025”, considera o head de Papel e Celulose do research da XP,  Lucas Laghi.

O setor, de acordo com os analistas, caminha em direção à normalização do ciclo, após sucessivos aumentos de preços desde maio de 2023 (quando os preços da celulose chegaram a seu menor patamar no ciclo) e que o momento atual inspirava ceticismo por parte de investidores.

“Dito isto, embora a nossa previsão de longo prazo para a celulose assuma de forma conservadora uma normalização do ciclo em direção a preços mais baixos (aproximadamente US$580 a tonelada em 2025 em diante), acreditamos que o forte impulso de preços deve continuar no setor, apoiado por (i) níveis de estoque abaixo da média, (ii) recuperação contínua da demanda em todo o mundo e (iii) adições de capacidade esperadas apenas para o segundo semestre de 2024”, analisa.

Sobre a Suzano especificamente, a corretora considera que a estratégia atual da companhia de diferencial da Suzano para posicionamento como produtor de commodities de menor custo. Para tanto, a companhia aposta em projetos como Cerrado (que apresenta aproximadamente R$ 22 bilhões em compromissos de investimentos).

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Como não há, até 2025, nenhum incremental significativo no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (na sigla, em inglês, Ebitda), a corretora considera que a avaliação correta do ativo deve excluir a posição de dívida líquida do Cerrado e, com isso, há compensação do baixo Ebitda na comparação do múltiplo futuro.

Dessa forma, a XP estima que a Suzano (desconsiderando Cerrado) é negociada atualmente a 5,3 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda de 2024 (EV/Ebitda), com desconto de 25% em relação à média histórica. “Além disso, se não atribuirmos nenhum valor ao que estaria precificado nas ações da Suzano no Cerrado, a empresa ainda teria um desconto de 19% em comparação com o histórico”, reforçam.

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Na cobertura da XP, há ainda a participação de Klabin, como “player mais diversificado em nossa cobertura, com receita bem equilibrada entre celulose, papel e embalagens”. O nome é considerado como neutro, com margem de segurança limitada e múltiplo EV/Ebitda de 7,7 vezes.

Por fim, a Irani é considerado “player puro sob nossa cobertura exposto à indústria brasileira de embalagens, com o setor altamente beneficiado durante o ambiente pós-pandemia”, contudo, apresenta valuation pouco atrativo no potencial ciclo de indústrias de embalagens nacional. O cenário, assim, impede a visão mais otimista por parte do research da XP.

Confira a recomendação da XP para as ações do setor de papel e celulose:

Fonte: XP Investimentos

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