Servidores do BC aprovam 2 novos atos em prol de reestruturação de carreiras

Servidores do BC aprovam 2 novos atos em prol de reestruturação de carreiras

agosto 24, 2022 Off Por JJ

O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) aprovou dois novos atos virtuais, em 13 e em 14 de setembro, para pressionar o governo em prol da reestruturação de carreira da categoria.

Os servidores fizeram uma primeira mobilização na terça-feira (23), das 14h às 16h, em que debateram os problemas enfrentados e o futuro da mobilização, além de terem se manifestado pelas redes sociais. A expectativa é que os próximos atos sigam o mesmo formato, mas será discutido um protesto presencial.

Ainda não haverá paralisação de serviços do BC, como ocorreu recentemente, mas o sindicato alerta que, se não houver avanços na negociação, a categoria pode iniciar uma “operação diferenciada”, com impacto sobre algumas atividades da autarquia.

A nova mobilização ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar uma proposta de reajuste de 18% nos salários do Judiciário em 2023. Os servidores reclamam da demora do governo para enviar a proposta de reestruturação de carreira do BC para o Congresso e cobram uma reunião com o Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A categoria encerrou em 5 de julho uma greve por reajuste salarial e reestruturação de carreiras, após mais de 90 dias de mobilização. Como governo recuou da promessa de reajuste ao funcionalismo federal neste ano, a única vitória da categoria com a greve foi o envio de uma proposta de Medida Provisória ao Ministério da Economia com a pauta não salarial.

Dentre os pontos pedidos, há a exigência de ensino superior em concursos para o Banco Central, a mudança do nome do cargo de analista para auditor, a criação de uma taxa de atividade e de um bônus de produtividade.

A proposta, contudo, “empacou” no Ministério da Economia. Segundo fontes, a pasta indicou que só aceita, sem alterações, a proposta de mudança do nome do cargo de analista. No caso da taxa de administração, um valor que seria cobrado dos regulados para sustentar o funcionamento do órgão, disse que teria que ir para o caixa único do Tesouro Nacional.

Nos corredores do BC, há insatisfação com a maneira que o movimento dos servidores foi conduzido pela diretoria do órgão, com queixas sobre a articulação política. A greve prejudicou uma série de serviços e publicações importantes do BC, e algumas delas até hoje ainda não estão em dia.