Ser compra Laureate no Brasil por R$ 4 bi, Azul recebe proposta de financiamento do BNDES, BBI eleva preço-alvo de Oi e mais
setembro 14, 2020O tema do dia no noticiário corporativo é a compra do Grupo Laureate no Brasil pela Ser Educacional, por R$ 4 bilhões. O pagamento será feito em dinheiro em ações, sendo que a parcela em dinheiro soma R$ 1,7 bilhão. Além disso, a Laureate vai receber 44% das ações da Ser.
Segundo comunicado, a transação elevará o número de alunos da Ser para 452 mil. No release de resultados do segundo trimestre de 2020, a empresa informou ter uma base total de alunos de 183,5 mil alunos no primeiro semestre. Ou seja, a aquisição vai mais que dobrar o número de estudantes.
Além disso, a Azul recebeu no domingo uma proposta formal de apoio financeiro à empresa feita pelo BNDES e um sindicato de bancos privados. Segundo O Globo, a oferta prevê a captação em mercado de ao menos R$ 2 bilhões, com participação da estatal de até 60% do montante.
Também chama atenção a proposta de aditamento do plano de recuperação judicial da PDG e a prorrogação da validade da proposta da Totvs pela Linx. Já o Bradesco BBI elevou o preço-alvo da ação ordinária da Oi de R$ 2,10 para R$ 3,10 para 2021 na esteira da aprovação do aditamento do plano de recuperação judicial.
Confira os destaques:
O Bradesco BBI atualizou o preço-alvo da Oi para R$ 3,10 em 2021, ante previsão anterior de R$ 2,10, devido à aprovação do plano de recuperação judicial da empresa. O banco reforçou que a Oi é sua Top Pick entre as empresas de telecomunicações da América Latina. O banco atribuiu a mudança aos novos valores do plano, ao contrato Globenet e a ganhos de PIS/Cofins.
Além disso, o BBI disse que sua expectativa positiva para a empresa está baseada em um desempenho acima do esperado da tecnologia fibra para o lar (FTTH).
“Vemos um caminho mais sustentável para a Oi, principalmente focado no desenvolvimento do FTTH, junto com a redução da alavancagem (dívida líquida/Ebitda) depois da conclusão da venda de ativos.” O BBI acredita que a Oi deve começar a atrair mais investidores focados em médio e longo prazo.
Ser Educacional (SEER3)
Na noite de domingo, a Ser Educacional anunciou a compra do Grupo Laureate no Brasil por R$ 4 bilhões. O pagamento será feito em dinheiro em ações, sendo que a parcela em dinheiro soma R$ 1,7 bilhão. Além disso, a Laureate vai receber 44% das ações da Ser.
Segundo comunicado, a transação elevará o número de alunos da Ser para 452 mil. No release de resultados do segundo trimestre de 2020, a empresa informou ter uma base total de alunos de 183,5 mil alunos no primeiro semestre. Ou seja, a aquisição vai mais que dobrar o número de estudantes.
A Laureate é uma empresa americana que detém empresas no Brasil, como a Anhembi Morumbi e a FMU. No período de 12 meses até 31 de março de 2020, os ativos da empresa tiveram receita líquida de R$ 2,2 bilhões e EBITDA ajustado de R$ 413 milhões. O total de alunos matriculados é de 267 mil. A dívida líquida soma R$ 623,3 milhões.
O contrato prevê que a Laureate tem direito de buscar transações mais vantajosas com terceiros até 13 de outubro de 2020. Neste caso, a Ser pode igualar a proposta apresentada por outra empresa. Caso não faça isso, a Laureate pode fechar a operação, mas terá de pagar multa de R$ 180 milhões para a Ser.
O controlador Janguiê Diniz deterá 32,1% do capital da Ser e continuará a ser o acionista controlador. Isso porque o direito de voto da Laureate equivalerá a apenas 7,5% do capital da Ser. A operação prevê ainda a emissão de ADRs nos Estados Unidos.
Segundo o Morgan Stanley, a Ser está pagando 10 vezes o EV (Valor de mercado)/Ebitda de 2020, um pouco acima da estimativa do banco, que era de R$ 3,6 bilhões ou 9 vezes. No entanto, o valor é quase metade do que era considerado razoável antes do Covid (US$ 1,3 bilhões).
Em relatório, o banco disse que o negócio é ousado e potencialmente transformador para a Ser, que pode se tornar um player nacional relevante, com marcas fortes nas diferentes regiões do país. “Em nossa visão, o acordo pode ativar restrições do Cade nas cidades de Natal e João Pessoa, mas nada que possa impedir o negócio.”
O banco acredita que a Ser pode elevar as margens Ebitda da Laureate de 15% a 18% para 25% a 30% em poucos anos. Além disso, o Morgan crê que o acordo pode ser fechado em 8 a 14 meses.
A Azul recebeu no domingo uma proposta formal de apoio financeiro à empresa feita pelo BNDES e um sindicato de bancos privados. Segundo O Globo, a oferta prevê a captação em mercado de ao menos R$ 2 bilhões, com participação da estatal de até 60% do montante.
A proposta é negociada desde março pela aérea com o governo devido ao impacto financeiro da pandemia no setor, e ainda está sujeita a aprovações finais, informou o jornal. O instrumento financeiro combinaria a emissão de debêntures e bônus de subscrição.
O BNDESPar será o investidor âncora da oferta, e poderá subscrever até 60%. Os bancos privados envolvidos na operação entrariam com 10%. O valor remanescente seria captado junto ao mercado.
A PDG propôs uma alteração ao seu plano de recuperação judicial. Segundo a empresa, o objetivo do aditamento é readequar o pagamento dos credores trabalhistas da PDG à perspectiva econômico-financeira da companhia.
A PDG alega que houve um aumento “significativo” nas solicitações de habilitação de credores trabalhistas nos últimos meses. Por isso, o pagamento nos termos previstos causaria um desequilíbrio no fluxo de caixa. A ajuste do plano de recuperação judicial será avaliado pela assembleia geral de credores, que ainda não foi convocada.
A Totvs prorrogou por 30 dias a validade da proposta de combinação de negócios com a Linx. Com isso, a proposta fica válida até 13 de outubro de 2020.
A empresa também confirmou aos assessores dos conselheiros independentes da Linx estar de acordo com a correção pro rata da parcela em moeda corrente nacional a ser paga por ação de Linx, no valor de R$6,20, com base na variação do CDI, a partir do 6º mês contado da poposta apresentada pela TOTVS.
O BNDES deve deixar a Vale ainda este ano, segundo o Estado de S.Paulo. Depois de realizar o bilionário leilão em bolsa de ações da Vale, no valor de R$ 7,2 bilhões, agora o banco de fomento parte para a venda de suas debêntures participativas. Segundo o jornal, o BNDES poderá ainda vender o restante de suas ações na Vale, já que elas serão liberadas após o fim do acordo de acionistas da mineradora, o que ocorre no dia 9 de novembro.
Ainda sobre a mineradora, o Credit Suisse disse que a Vale já atingiu sua meta de produção de 1 milhão de toneladas de minério de ferro por dia, o que deve ser suficiente para atingir o guidance anual de 310 milhões a 330 milhões de toneladas.
A empresa também informou que os preços atuais de minério de ferro são insustentáveis e que os preços devem ser pressionados no final do ano. Sobre os custos, a empresa prevê que chegarão a US$ 14,5 por tonelada no segundo semestre de 2020, ante US$ 17,1 por tonelada no segundo trimestre.
Segundo o banco, a retomada da política de dividendos da Vale anunciada na semana passada ocorreu devido à percepção de que a empresa já carregou volume suficiente de recursos para reparações relativas a Brumadinho, e que por isso teria obtido o direito de distribuir dinheiro aos acionistas. Além disso, a baixa alavancagem, de 0,3 vez dívida líquida/Ebitda e a dívida líquida abaixo da meta (US$ 10 bilhões) sustentaram a decisão.
O Credit manteve o rating Outperform para a companhia, e disse que a empresa está subavaliada (3,4 vezes EV/Ebitda) em relação às concorrentes, que operam na casa de 5,4 vezes. Segundo o banco, o dividend yield da mineradora pode chegar a pelo menos 6% em 2021.
A Petrobras informou o início da fase vinculante referente à venda de sua participação em cinco sociedades de geração de energia elétrica: Brasympe Energia, Energética Suape II , Termoelétrica Potiguar, Companhia Energética Manauara e Brentech Energia.
Segundo a empresa, os potenciais compradores classificados para a fase vinculante receberão carta-convite com instruções detalhadas sobre o processo de desinvestimento.
A estatal também informou o início da fase vinculante referente à venda de parcela de sua participação nos blocos exploratórios, pertencentes às concessões ES-M596_R11, ES-M-598_R11, ES-M-671_R11, ES-M-673_R11 e ES-M-743_R11, localizadas na Bacia do Espírito Santo.
BR Distribuidora (BRDT3)
A BR Distribuidora informou que o Cade recomendou a condenação da GRU Airport, BR Distribuidora, Raízen e AirBP por suposta discriminação no mercado de querosene de aviação no Aeroporto de Guarulhos.
Em comunicado, a BR Distribuidora disse que se pauta pelas melhores práticas comerciais e concorrenciais, exigindo o mesmo comportamento dos seus parceiros comerciais e força de trabalho. “Nesse contexto a Companhia informa que irá adotar todos os meios necessários para sua defesa”, afirmou.
Odontoprev (ODPV3)
A Odontoprev aprovou o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio de R$ 13,304 milhões, correspondentes a R$ 0,0250832 por ação, que serão pagos em 07 de outubro de 2020. As ações da companhia serão negociadas ex-direito a juros sobre o capital próprio a partir de 17 de setembro de 2020, inclusive.
Localiza (RENT3)
A Localiza anunciou o pagamento de juros sobre capital próprio no dia 15 de setembro de 2020, no montante total de R$ 66,953 milhões, equivalentes a R$0,089006724 por ação. O pagamento tem como data-base a posição acionária de 13 de março de 2020, sendo que, desde 16 de março de 2020, as ações da Companhia são negociadas “ex” esses juros.
O tráfego nas rodovias da CCR aumentou 3,3% na semana de 04 a 10 de setembro de 2020 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já no acumulado do ano até 10 de setembro, o tráfego caiu 5,3% na comparação anual.
Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú Unibanco comprou 5.558.780.153 ações de emissão do Itaú CorpBanca, elevando sua participação na empresa de 38,14% para aproximadamente 39,22%. A operação foi feita por meio da controlada ITB Holding Brasil Participações e correspondeu a R$ 228 milhões.
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