Ross Brawn: F1 pode começar com portões fechados
abril 9, 2020O diretor-esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn, afirmou que a temporada 2020 do mundial de pilotos deve começar na Europa, e possivelmente de portões fechados, após o atraso causado pela pandemia do novo coronavírus.
O GP do Canadá foi adiado, e entrou para a lista das nove corridas afetadas pela doença. A crise levou a organização a começar a pensar em um novo calendário, para o momento em que será possível voltar às pistas.
O desejo da F1 é retomar os trabalhos o mais depressa possível para levar entretenimento para os fãs no que ele definiu como “tempos difíceis”, mesmo que isso signifique realizar alguns dos primeiros GPs sem público.
“A nossa opinião é que é possível começar uma temporada europeia e pode acontecer mesmo que com portões fechados. Poderíamos ter um ambiente muito fechado, em que as equipas viajem em voos fretados, as levamos para o circuito, garantimos que todos serão testados e que não há risco para ninguém”, afirmou.
“Ter uma corrida sem espectadores é melhor do que não ter corrida nenhuma. Temos de nos lembrar que há milhões de pessoas que acompanham o esporte sentadas em casa. Ser capaz de manter o esporte vivo e entreter as pessoas seria uma grande vantagem nesta crise que temos. Mas não podemos pôr ninguém em risco”, completou.
Na visão do diretor-esportivo, se o campeonato começar em julho, ainda será possível disputar 18 ou até 19 provas. Ele lembrou que o estatuto da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) exige que, para um Mundial seja validado, ele precisa ter ao menos oito GPs realizados.
“Oito corridas é o mínimo que podemos ter em um campeonato, de acordo com os estatutos da FIA. Poderíamos ter oito corridas se começássemos em outubro. Portanto, se for necessário um limite, é outubro”, explicou Brawn, que não descarta um cancelamento da temporada.
“Há sempre uma hipótese de nos encontrarmos no próximo ano. Isso vem sendo explorado. Podemos entrar em janeiro para terminar esta temporada? Há todo o tipo de complicações, como podem imaginar”, finalizou.
* Com EFE