Retomada de FIIs de “tijolo” premia quem aproveitou “irracionalidade” do mercado, aponta TRXF11; Ifix sobe

Retomada de FIIs de “tijolo” premia quem aproveitou “irracionalidade” do mercado, aponta TRXF11; Ifix sobe

setembro 6, 2022 Off Por JJ

A aparente retomada dos FIIs de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis – está apenas no começo, de acordo com análise do time de gestão do TRX Real Estate, que vê o movimento como um prêmio para quem aproveitou o que chamou de “irracionalidade” do mercado nos últimos anos.

O posicionamento faz parte do relatório gerencial da carteira, divulgado nesta segunda-feira (5), que destacou o forte desempenho registrado por fundos de shoppings, lajes corporativas e logística em agosto. Algumas carteiras subiram mais de 20% no mês.

Nos últimos anos, as cotas dos fundos de “tijolo” sofreram forte desvalorização por causa das restrições impostas pela pandemia da Covid-19 – que diminuíram a circulação de pessoas e prejudicaram as operações das carteiras.

A elevação dos juros no País – que subiram de 2% para os atuais 13,75% ao ano nos últimos 16 meses – também influenciou nas cotações dos FIIs. O movimento tornou as aplicações de renda fixa mais rentáveis, atraindo os investidores da renda variável – inclusive os de fundos imobiliários.

Para se ter uma ideia, mesmo com a forte valorização de agosto, essa classe de fundo segue sendo negociada por até 78% do valor patrimonial, como é o caso do segmento de lajes corporativas, conforme sinaliza relatório semanal do Itaú BBA, que utiliza o P/VPA médio (preço sobre valor patrimonial) para indicar o nível de desconto das cotas.

Fonte: Relatório semanal Itaú BBA – 05/09/2022. P/VPA médio: quanto mais próximo de 1, mais perto as cotas estão do valor considerado justo. Acima deste nível, a cota é negociada com ágio; abaixo, com desconto.

“Já há algum tempo alertamos para o fato desses fundos estarem sendo negociados em Bolsa por valores descorrelacionados com os preços praticados na economia real”, diz o relatório gerencial do TRX Real Estate. “Vemos agora a premiação dos investidores que aproveitaram a irracionalidade do mercado para comprar com desconto”.

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Na visão dos gestores do fundo, a deflação de 0,68% apurada em julho e o possível fim do ciclo de elevação dos juros foram o gatilho para a recuperação dos FIIs de “tijolo”, que só está começando, de acordo com a equipe de gestão do TRX Real Estate.

“Ao nosso ver esse é um movimento que está apenas no início, já que os preços ainda nos parecem bastante descontados e o ciclo econômico e imobiliário pode ser longamente favorável aos FIIs”, conclui o documento.

Considerado um fundo de renda urbana, o TRX Real Estate investe principalmente em imóveis comerciais, focados em empresas de varejo. O portfólio da carteira é composto por 51 imóveis, localizados em 13 estados. No próximo dia 15, o fundo deposita R$ 0,85 por cota, equivalente a um retorno mensal com dividendos de 0,77%.

Ifix hoje

Na sessão desta terça-feira (06), o IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – opera no campo positivo. Às 11h09, o indicador registrava alta de 0,12%, aos 2.983 pontos. Confira os destaques de hoje:

Maiores altas desta terça-feira (6):

Ticker Nome Setor Variação (%)
KFOF11 Kinea FoF Títulos e Val. Mob. 1,84
TRXF11 TRX Real Estate Outros 1,46
HSLG11 HSI Logística Logística 1,36
OUJP11 Ourinvest JPP Títulos e Val. Mob. 1,28
GTWR11 Green Towers Lajes Corporativas 1,25

Maiores baixas desta terça-feira (6):

Ticker Nome Setor Variação (%)
BPFF11 Brasil Plural Absoluto Títulos e Val. Mob. -2
VTLT11 Votorantim Logística Logística -1,9
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. -1,52
RBRF11 RBR Alpha Títulos e Val. Mob. -1,51
FIIB11 Industrial do Brasil Híbrido -1,02

Fonte: B3

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Giro Imobiliário: vendas nos shoppings sobem em julho, os FIIs mais recomendados para setembro e os “queridinhos” entre os “tijolos”

Vendas nos shoppings sobem 14,1% em julho; Centro-Oeste puxa alta

As vendas nos shoppings subiram 14,1% em julho na comparação com o mesmo mês de 2021 e cresceram 17% em relação a 2019, antes da pandemia, segundo dados divulgados na segunda-feira (5) pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

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Houve crescimento em todas as regiões na comparação anual, com alta de 15,3% no Centro-Oeste, 15% no Sul, 14,8% no Nordeste, 13,7% no Sudeste e 9,3% no Norte (a única abaixo dos 2 dígitos).

O setor também registrou uma alta de 23,4% no fluxo de visitantes, e o gasto médio dos consumidores nos shoppings ficou em R$ 122,62.

Glauco Humai, presidente da Abrasce, destacou em nota os índices de confiança do consumidor divulgados recentemente e a crescente recuperação no fluxo de visitantes após a vacinação contra a Covid-19 tem colaborado para perspectivas otimistas para os empreendimentos.

“O arrefecimento da inflação, melhoras nas vagas de emprego e outras medidas governamentais acabam impactando favoravelmente na intenção de compra do consumidor”, afirmou Humai em nota.

Os FIIs mais recomendados para comprar em setembro; fundos de “papel” e de logística dominam a lista

Agosto marcou o melhor mês do ano, até agora, para os fundos imobiliários. O índice da Bolsa relativo ao segmento (Ifix) registrou ganho de 5,7% no período, fechando muito próximo dos 3 mil pontos. Com o resultado, o indicador acumula valorização de 6% no ano, ante 4,5% do Ibovespa.

Na revisão de setembro, as casas de análise acompanhadas pelo InfoMoney substituíram nove fundos nas carteiras recomendadas, quase o dobro do levantamento anterior. Apesar das mudanças, a lista principal de destaques é mesma do mês passado – com o Bresco Logística (BRCO11) firme na dianteira, com oito indicações. É o 13º mês consecutivo que o produto lidera a preferência dos analistas.

A segunda colocação isolada se mantém com o CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11), presente em seis portfólios. Na sequência, aparecem BTG Pactual Logística (BTLG11) e Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), ambos com cinco apontamentos.

O rol dos fundos mais citados por especialistas se completa com o Capitânia Securities II (CPTS11). O produto sustentou as quatro recomendações recebidas em agosto e ficou à frente dos concorrentes no critério de desempate.

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Todos os meses, o InfoMoney apresenta os cinco fundos imobiliários mais indicados nas carteiras elaboradas por dez corretoras. Em caso de empate, são escolhidos aqueles com maior volume médio de negociação nos últimos 12 meses, com base em dados da plataforma de informações financeiras Economatica.

Confira a seguir os fundos preferidos para setembro, o número de apontamentos e a rentabilidade de cada papel no mês passado, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses:

Ticker Fundo Segmento Recomendações Retorno em agosto (%) Retorno em 2022 (%)  Retorno em 12 meses (%)
BRCO11 Bresco Logística Logística 8 9,72 11,21 15,39
HGCR11 CSHG Recebíveis Imobiliários Recebíveis 6 1,79 7,30 13,06
BTLG11 BTG Pactual Logística Logística 5 4,55 3,24 6,66
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários Recebíveis 5 1,67 9,03 19,79
CPTS11 Capitânia Securities II Recebíveis 4 2,74 2,36 4,15
Ifix 5,76% 6% 9,12%

Fontes: Economatica e corretoras (Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, Itaú BBA, Mirae Asset, Órama, Santander e Rico).

Obs.: A rentabilidade leva em consideração o reinvestimento dos dividendos e a cotação do dia 31/08/2022. 

VINO11, TGAR11, BTLG11 e mais 9 FIIs “queridinhos” para aproveitar a recuperação do segmento de “tijolo”

Em relatório intitulado “Os queridinhos da vez”, o analista de fundos imobiliários da Santander Corretora Flávio Pires recomenda a compra de 12 fundos de “tijolo”, que investem diretamente em imóveis e podem surfar na recuperação do segmento.

Em agosto, esses fundos – que investem nos segmentos de logística, escritórios e shopping centers, entre outros – subiram, em média, 11%, acima dos 5,76% registrado pelo Ifix, índice que reúne os FIIs mais negociados na B3.

Na avaliação de Pires, os FIIs de “tijolo” foram os mais prejudicados pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e pelo aumento dos juros no País. O segundo fator tornou as aplicações de renda fixa mais rentáveis, atraindo investidores da renda variável – inclusive os de fundos imobiliários.

“Em diversos momentos, esses fundos tiveram sua relevância questionada frente ao futuro incerto para a ocupação de seus espaços, resultando em forte desvalorização das cotas”, explica Pires. Contudo, com o indicativo do fim do ciclo de elevação da taxa Selic e uma inflação que sinaliza arrefecimento, os investidores começam a buscar FIIs que estavam sendo negociados abaixo do valor patrimonial, segundo o analista.

Considerando a precificação das cotas, a qualidade dos ativos, o potencial de valorização e a resiliência dos imóveis e inquilinos, o analista observa com mais atenção três tipos de fundos: os híbridos, os de logística e os de escritórios. Confira a lista. 

Preço do aluguel sobe mais de 16% no Rio e em SP em 12 meses, aponta índice

Ao contrário do índice oficial de inflação do Brasil (o IPCA), que registrou deflação em julho e deve ter uma nova queda de preços em agosto, os preços dos alugueis continuam a subir com força nas duas maiores cidades do país.

O valor médio do metro quadrado subiu 17,94% no Rio de Janeiro e 16,08% em São Paulo nos últimos 12 meses, segundo o índice de aluguel do QuintoAndar (contra 9,6% do IPCA-15, que é uma prévia do índice oficial).

É a 12ª alta mensal consecutiva em ambas as capitais (+1,02% no Rio e +0,90% em SP), o que mantém a forte aceleração dos preços em 2022 — a variação apenas neste ano já está acima dos dois dígitos (12,29% e 11,03%, respectivamente).

Com o mercado de locação residencial aquecido, o preço do metro quadrado atingiu o maior patamar da série histórica do QuintoAndar, iniciada em 2019, nas duas cidades (R$ 34,71 por m² na capital carioca e R$ 40,58 m² na paulista).

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