Renner tem prejuízo de R$ 82,9 mi e outros balanços; GPA vence processo de R$ 1,2 bi, Enjoei capta R$ 1,1 bi em IPO e mais
novembro 6, 2020
SÃO PAULO – A temporada de resultados mais uma vez ganha destaque nesta sessão. A Renner informou prejuízo líquido de R$ 82,9 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 186,7 milhões no mesmo período do ano anterior.
A BK Brasil afirmou que estuda realizar oferta primária de ações. O Burger King Brasil anunciou prejuízo de R$ 105,9 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro líquido de R$ 5,4 milhões no mesmo período do ano anterior.
A Engie Brasil anunciou lucro líquido de R$ 490 milhões no terceiro trimestre. A Wiz informou lucro líquido de R$ 81, milhões no terceiro trimestre. A Hermes Pardini anunciou lucro líquido de R$ 60,4 milhões no mesmo período. A Tenda, de R$ 70,7 milhões.
Pão de Açúcar (PCAR3)
O Pão de Açúcar anunciou nesta quinta-feira que venceu processo no qual pedia exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS e da Cofins.
“Com o trânsito em julgado da decisão, a companhia teve reconhecido o direito de reaver, mediante compensação dos valores já recebidos, o valor de aproximadamente R$ 1,2 bilhão”, afirmou o GPA.
A companhia explicou que para aproveitar o crédito, o valor tem que ser validado pela Receita Federal. Depois disso, o GPA prevê monetizar os créditos em até cinco anos.
Lojas Renner (LREN3)
A pandemia de coronavírus continuou prejudicando a varejista Renner no terceiro trimestre deste ano. A companhia registrou prejuízo de R$ 82,9 milhões no período, ante um lucro de R$ 186,7 milhões visto entre julho e setembro de 2019.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total ajustado, que inclui as operações de varejo e produtos financeiros, ficou negativo em R$ 38,2 milhões. Um ano antes, a cifra foi positiva em R$ 354,8 milhões.
“Fomos assertivos ao investirmos fortemente no e-commerce e em diversas iniciativas no canal online. Nossos negócios digitais continuam crescendo 3 dígitos e tivemos 5,5 milhões de downloads do app Renner no trimestre, o que significa um aumento de 273% sobre o ano anterior”, destacou a varejista.
“Tudo isso, ao mesmo tempo em que as lojas, abertas em sua totalidade, avançam em direção à nossas metas, já próximas da normalidade e do orçamento inicialmente previsto para os trimestres”, completou.
A receita líquida das vendas de mercadorias recuou 14,5% na comparação anual, para R$ 1,65 bilhão. No critério de mesma base de lojas, as vendas da empresa caíram 17,2% sobre o terceiro trimestre de 2019. A margem bruta caiu 6,6 pontos percentuais, para 47,7%.
Já as receitas com operações financeiras da Renner, líquidas dos custos de funding e de impostos, recuaram 53,8%, para R$ 132,5 milhões.
O prejuízo com o fechamento temporário das lojas físicas foi aliviado em partes pelo salto de 200% das vendas por canais digitais, cuja participação no total subiu de 5% para 16%.
A empresa destacou no balanço que reduziu o volume de investimento e ajustou as despesas operacionais, que somaram R$ 653,9 milhões entre julho e setembro deste ano, queda de 3,5% na comparação com o mesmo período de 2019.
Nesta sexta, a diretora de relações com investidores da Renner, Paula Picinini, vai participar de uma live do InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados para comentar os números da empresa e responder dúvidas de leitores. Será às 18h (de Brasília), no canal do InfoMoney no YouTube.
Iguatemi (IGTA3)
A rede Iguatemi, dona de 14 shoppings e 2 outlets, teve um lucro líquido de R$ 61,566 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 29,2% em relação ao mesmo período de 2019. Assim como outras redes, a Iguatemi sofreu com a perda de receita devido aos descontos concedidos aos lojistas pelas restrições no funcionamento durante a pandemia, combinados com menor arrecadação de estacionamentos. Os fatores levaram a uma menor diluição dos custos e deterioração nas margens de lucro.
O Ebitda somou R$ 134,069 milhões, baixa de 20,4% na mesma base de comparação. A margem Ebitda recuou 18,8 pontos porcentuais, para 73,6%.
O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) atingiu R$ 98,075 milhões, retração de 17,5%. A margem FFO encolheu 11,3 pontos porcentuais, para 53,8% .
A receita líquida totalizou R$ 182,131 milhões, recuo de apenas 0,1%. Já a receita bruta (sem os efeitos da linearização, prática contábil que dilui os descontos nos aluguéis ao longo dos períodos de vigência dos contratos) foi a R$ 179,263 milhões, queda de 14,4%.
A Iguatemi teve a capacidade de funcionamento afetada pelas restrições nos horários de abertura dos shoppings e no fluxo de visitantes. Essa capacidade estava em 33% em julho e subiu para 69% em setembro, após a flexibilização das medidas de controle.
Por conta disso, as vendas totais no terceiro trimestre de 2020 caíram 45,2% em relação ao mesmo período de 2019, para R$ 1,8 bilhão. Há, entretanto, uma trajetória de recuperação acompanhando o tempo maior de funcionamento. Se considerado apenas o mês de setembro, essa baixa já diminuiu para 23%.
A JHSF Participações, dona do shopping Cidade Jardim e dos restaurantes Fasano, entre outros negócios de luxo, obteve lucro líquido de R$ 176 milhões no terceiro trimestre de 2020. O montante é 87,4% maior do que no mesmo intervalo de 2019, de acordo com balanço publicado há pouco.
O Ebitda ajustado somou R$ 229 milhões, aumento de 232,5%. A margem cresceu 27 pontos porcentuais, para 64,4%. O Ebitda ajustado desconsidera despesas e receitas não recorrentes ou sem efeito no caixa. A receita líquida totalizou R$ 355,8 milhões, crescimento de 92,9%.
As despesas operacionais foram a R$ 58,4 milhões, aumento de 437,3%. O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 22,3 milhões, 9,2% menor.
O salto nos resultados do grupo foi puxado pela divisão de incorporação imobiliária, que registrou Ebitda ajustado de R$ 227,5 milhões, crescimento de 405,5%. Isso porque as vendas de imóveis no trimestre aumentaram 192,5% com a venda de estoques da Fazenda Boa Vista, do lançamento Fasano Cidade Jardim e do pré-lançamento do Boa Vista Village.
A Azul divulgou na quinta-feira resultados preliminares de outubro. O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) aumentou 41% ante setembro. A capacidade (ASKs), por sua vez, registrou alta de 42,6% ante setembro, resultando em uma taxa de ocupação de 79,3% – queda de 0,9 pontos porcentuais ante setembro.
Frente a outubro do ano passado, o tráfego da companhia aérea registrou queda de 45,2%, enquanto a capacidade encolheu 41,8%, resultando em um declínio de 4,9 pontos porcentuais na taxa de ocupação.
Na comparação mensal, o tráfego de passageiros doméstico aumentou 41,3% ante setembro, frente a um acréscimo de 41,3% também na capacidade, resultando em uma taxa de ocupação de 80,7%, mesma taxa apurada em setembro. Ante outubro do ano passado, o tráfego doméstico registrou queda 36,1%, com a capacidade recuando 33,5%, resultado em uma queda de 3,2 pontos porcentuais na taxa de ocupação.
Já no segmento internacional, em outubro o tráfego de passageiros cresceu 38% ante setembro, enquanto a capacidade aumentou 57,5%. Com isso, a taxa de ocupação do segmento ficou em 65,3%, indicando retração de 9,3 pontos porcentuais. Em relação a outubro do ano passado, o tráfego internacional da Azul apresentou queda de 80,3%. A capacidade nesta base de comparação recuou 74,3%, com queda de 20,1 pontos porcentuais na taxa de ocupação.
Em comunicado ao mercado, o presidente da companhia aérea, John Rodgerson, afirma que “a recuperação da demanda doméstica no Brasil continua sendo uma das mais rápidas do mundo. Estamos vendo uma forte demanda por nossos voos domésticos e permanecemos fiéis à nossa estratégia de malha. Nós estamos otimistas com a evolução da retomada nos próximos meses”, disse.
Enjoei
Nascido como um blog em 2009, pelo qual eram vendidas roupas usadas a amigos, num modelo de brechó virtual, a startup Enjoei.com realizou a sua abertura de capital na B3.
A oferta movimentou R$ 1,1 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e a startup estreia com um valor de mercado de R$ 2 bilhões. O debute da ação na B3, batizada de “Enju”, está marcada para a próxima segunda-feira (9) A ação foi precificada na oferta em R$ 10,25, piso da faixa indicativa de preço.
Usiminas (USIM5)
Em comunicado ao mercado, a Usiminas reafirmou a normalidade da sua produção e vendas no mês de outubro. A empresa diz que “reforça seu compromisso com a geração de resultados sustentáveis e seus esforços para atendimento da demanda de seus clientes locais”.
De acordo com a siderúrgica, a produção total de aços laminados foi de 370,5 mil toneladas, maior volume produzido desde março, marca 3,3% acima da média vista no primeiro trimestre deste ano e 9,4% maior do que a média de 2019. O volume total de vendas do seu segmento de siderurgia em outubro foi de 366,3 mil toneladas, também o maior volume desde março de 2020, sendo 4,9% acima da média do primeiro trimestre e 7,1% superior à média de 2019.
Ainda em outubro, o volume de vendas para o mercado interno foi de 354,4 mil toneladas, o que representou 97% do total, e a maior marca desde março de 2020, 17,8% acima da média do primeiro trimestre e 15,6% superior à média de 2019. Já o mercado externo representou 11,8 mil toneladas de vendas (3%), destinadas principalmente para cadeias produtivas no exterior relacionadas a clientes nacionais.
(Com Reuters e Agência Estado)
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