Receitas da Alphabet, dona do Google, caem pela 1ª vez em 16 anos, mas balanço supera expectativas

Receitas da Alphabet, dona do Google, caem pela 1ª vez em 16 anos, mas balanço supera expectativas

julho 30, 2020 Off Por JJ

Fachada do prédio do Google, com o logo em destaque
(Shutterstock)

SÃO PAULO – As receitas da Alphabet, holding que controla o Google, caíram no segundo trimestre do ano, registrando o primeiro resultado trimestral negativo em 16 anos, desde a abertura de capital da empresa. Ainda assim, a queda ficou abaixo da expectativa do mercado, que esperava uma perda maior nas receitas provenientes de anúncios durante a pandemia.

A Alphabet registrou uma receita de US$ 31,6 bilhões no segundo trimestre, abaixo dos US$ 31,7 bilhões reportados no segundo trimestre de 2019. A maior perda veio do segmento de pesquisa e publicidade do Google, cuja arrecadação caiu 9,8% na comparação anual.

Já os resultados de anúncios do YouTube vieram melhores do que o esperado e somaram US$ 3,81 bilhões no trimestre. Ainda assim, o crescimento de apenas 6% sobre o mesmo período do ano passado também revela os impactos da pandemia, já que as receitas da plataforma de vídeos vinham subindo com mais força nos trimestres anteriores.

O serviço de armazenamento em nuvem, o Cloud, foi outro ponto positivo do balanço, como o mercado já previa. Sozinho, o serviço gerou arrecadação de US$ 3,01 bilhões, ante os US$ 2,7 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano passado.

Após a divulgação dos resultados, as ações da Alphabet caíram 1,2%, para US$ 1.518,85. Na quinta-feira, as ações tinham chegado a bater os US$ 1.525, mesmo patamar pré-pandemia.

Ainda que as ferramentas gratuitas de navegação na web, exibição de vídeos e teleconferência tenham sido mais usadas durante a quarentena, os resultados permitem concluir que as receitas provenientes de anúncios foram fortemente atingidas. Diversos anunciantes do Google enfrentaram dificuldades e tiveram, inclusive, que fazer demissões em massa.

Como os investimentos em marketing muitas vezes são os primeiros a serem cortados, a empresa sentiu o baque, principalmente com anunciantes que atuam na área de turismo, como mecanismos de busca de viagens, companhias aéreas e hotéis.

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