Reações a resultados fortes de Petrobras, Ambev, Vale, Bradesco e de mais empresas; veja outros destaques no radar
outubro 29, 2020
SÃO PAULO – Além do noticiário macroeconômico bastante movimentado, o corporativo também é agitado na sessão desta quinta-feira (29), em meio à repercussão dos resultados do terceiro trimestre, com destaque para Petrobras, Ambev, Vale, Bradesco, Pão de Açúcar, entre outros que, na avaliação de analistas de mercado, foram positivos.
Fora do radar de resultados, a Qualicorp anunciou na quarta-feira a compra de uma carteira de cerca de 4,3 mil vidas no segmento coletivo por adesão da Health Administradora de Benefícios, sem mencionar valores. Confira mais destaques:
A Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,546 bilhão no terceiro trimestre de 2020, queda de 43% ante resultado negativo de R$ 2,713 bilhões no segundo trimestre de 2020. No terceiro trimestre de 2019, a companhia havia registrado lucro de R$ 9,087 bilhões.
A projeção, de acordo com estimativa média dos analistas compilada pela Refinitiv, era de lucro de R$ 736 milhões no terceiro trimestre deste ano. Esse foi o terceiro resultado negativo seguido da companhia estatal, que acumula prejuízo de R$ 52,7 bilhões nos nove primeiros meses do ano.
De acordo com a companhia, o prejuízo ocorreu uma vez que os ganhos com maiores volumes de vendas de petróleo e derivados e maiores preços do Brent foram mais do que compensados por despesas financeiras, influenciadas por prêmios pagos na recompra de títulos. “Em relação ao segundo trimestre, o resultado deste trimestre foi melhor, pois as melhorias operacionais e ganhos de imposto de renda superaram o efeito positivo no segundo trimestre da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS”, destacou a empresa no release de resultados.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado, por sua vez, foi de R$ 33,4 bilhões, acima da estimativa média de R$ 29,7 bilhões compilada pela Refinitiv. O número foi 33,8% acima do registrado no segundo trimestre (R$ 24,986 bilhões) e 2,6% superior ao registrado no mesmo período de 2019 (R$ 32,582 bilhões).
O resultado do Ebitda, afirmou a estatal, deve-se principalmente ao aumento dos preços do Brent e do volume de vendas, parcialmente compensado por menores crack spreads nos derivados de petróleo, principalmente diesel, óleo combustível, GLP e gasolina, em função do elevado nível de estoques globais. Também contribuíram para esse resultado menores despesas com paradas, menores provisões para planos de desligamento voluntário e menores despesas com hedge.
Por outro lado, houve maiores despesas exploratórias principalmente em função da baixa do bloco de Peroba e maiores impostos devido à aprovação da adesão aos programas de anistia fiscal. “O Ebitda ajustado teria sido ainda melhor excluindo os efeitos positivos do segundo trimestre relacionados à: (i) exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS e (ii) equalização referente ao acordo de individualização da área de Tupi e Campos de Sépia e Atapu”, apontou a companhia.
A receita de vendas da estatal totalizou R$ 70,73 bilhões, alta de 39% na base sequencial, mas queda de 8,2% na comparação com julho a setembro de 2019.
Segundo a companhia, i) a recuperação da demanda de derivados de petróleo no Brasil (crescimento de 18% no trimestre no volume de vendas), ii) o aumento da participação de mercado, iii) a manutenção do patamar elevado das exportações e iii) o crescimento de 48% nos preços do Brent em reais resultaram no aumento da receita na comparação com abril a junho deste ano.
A dívida líquida foi de US$ 66,2 bilhões (cerca de R$ 381,31 bilhões), queda de US$ 12,2 bilhões na comparação com o final do terceiro trimestre de 2019. Já a dívida bruta caiu US$ 11,5 bilhões em 12 meses, fechando setembro em US$ 79,6 bilhões.
Na avaliação da XP Investimentos, os números foram fortes. “Em um trimestre em que preços de petróleo Brent foram em média de US$ 43 o barril, a companhia conseguiu registrar uma geração de caixa em patamares que consideramos extraordinários, demonstrando a maior resiliência da companhia a menores preços de petróleo”, apontam os analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado. Eles reiteraram a recomendação de compra das ações, com preços-alvo de R$ 30 por ação PETR4 e R$ 29 por ação PETR3.
Eles também destacaram que existem outros fatores positivos da tese de investimentos da Petrobras para se manter no radar no curto e médio prazo, com destaque para a execução do plano de venda de ativos da companhia. Ao todo, estimaram que tal plano possa gerar recursos entre R$89 e R$115 bilhões, com destaque para ativos de refino e gás natural.
Após o resultado, o Morgan Stanley reforçou a avaliação da ação companhia como top pick do setor. “A companhia está sob pressão devido ao ceticismo dos investidores em relação ao mercado de petróleo em geral. Fundamentos sólidos, sólido fluxo de caixa livre e um caminho mais claro para o pagamento de dividendos estão sendo ignorados. (…) A Petrobras é a nossa principal escolha, com valuation atrativo e boa relação risco-recompensa”, apontam.
O Credit Suisse ressaltou que as expectativas para o resultado da companhia não eram baixas mas, mesmo assim, o balanço foi surpreendentemente bom.
A expectativa era de um lucro de US$ 3,656 bilhões, de acordo com estimativa mediana dos analistas compilada pela Refinitiv.
Segundo a mineradora, o melhor resultado se deu principalmente ao maior Ebitda no trimestre e à melhora no resultado de participações, já que no segundo trimestre foi fortemente impactado pelas provisões de despesas futuras com Samarco e Fundação Renova.
“Os efeitos positivos foram parcialmente compensados por maiores despesas financeiras, principalmente devido a maior marcação a mercado das debêntures participativas e a reavaliação do valor justo das garantias financeiras emitidas pela Vale”, explicou a empresa.
Entre os destaques do período, a companhia apontou que o Sistema Norte atingiu um recorde de produção trimestral de 56,9 milhões de toneladas, enquanto os Sistemas Sul e Sudeste melhoraram o desempenho em todas as unidades operacionais, especialmente no Complexo Itabira e no site de Timbopeba, que operou por um trimestre completo após o retorno em junho, e com a retomada na mina de Fazendão em julho.
Já a receita líquida com vendas atingiu US$ 10,762 bilhões entre julho e setembro, um avanço de 43% em relação o segundo trimestre, enquanto na comparação anual, a alta foi de 5%.
Enquanto isso, o Ebitda ajustado teve alta de 80% entre o segundo e terceiro trimestres, chegando a US$ 6,095 bilhões. O dado também registrou avanço de 26% sobre os US$ 4,603 bilhões de Ebitda do mesmo período de 2019.
De acordo com a mineradora, estes números do Ebitda incluem US$ 129 milhões de despesas relacionadas a Brumadinho e de doações relacionadas à Covid-19, além de iniciativas de suporte ao combate a pandemia, no total de US$ 6,095 bilhões.
A dívida líquida, por sua vez, encerrou o terceiro trimestre em US$ 4,474 bilhões, uma leve melhora ante os US$ 4,697 bilhões do trimestre anterior. No mesmo período do ano passado, a dívida da empresa era de US$ 5,321 bilhões.
A Vale reportou outro conjunto de fortes resultados, aponta a XP, com Ebitda ajustado em US$ 6,1 bilhões, 12% acima do esperado pela XP e 3% acima do consenso. O fluxo de caixa livre das operações foi de US$ 3,8 bilhões, como resultado do forte EBITDA e da normalização do capital de giro. O analista Yuri Pereira reiterou a recomendação de compra para a Vale (preço-alvo de US$ 16,50 por ADR e R$ 86 por ação).
O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 5,031 bilhões no terceiro trimestre, alta de 29,9%% na comparação com o segundo trimestre – quando teve resultado positivo de R$ 3,873 bilhões -, mas ainda com queda de 23,1% na comparação com julho a setembro do ano passado, quando lucrou R$ 6,542 bilhões.
A expectativa era de um lucro de R$ 4,532 bilhões, de acordo com estimativa mediana dos analistas compilada pela Refinitiv.
Enquanto isso, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) do banco ficou em 15,2% no terceiro trimestre, aumento de 3,3 pontos percentuais ante o período anterior.
“O ótimo desempenho do resultado operacional do trimestre é reflexo das menores despesas com PDD, que apresentaram queda de 37,1%, mesmo com a constituição de R$ 2,6 bilhões de provisões relacionadas ao cenário econômico adverso”, afirma o Bradesco em seu release.
Além disso, a empresa destaca o seu elevado nível de provisionamento, comprovado pelo índice de cobertura para créditos vencidos acima de 90 dias, que atingiu 398,2% em setembro.
O banco registrou ainda um crescimento de 6,5% nas receitas com prestação de serviços ante o segundo trimestre, atingindo R$ 8,121 bilhões. “Tais fatores compensaram as menores receitas obtidas com a margem financeira e o menor resultado das operações de seguros, previdência e capitalização”, complementa a instituição.
Enquanto isso, a margem financeira chegou a R$ 15,288 bilhões, uma queda de 8,4% ante os R$ 16,684 bilhões do trimestre anterior, mas uma alta de 3,5% sobre o mesmo período do ano passado.
Já as despesas operacionais tiveram um aumento de 2,3% entre o segundo e terceiro trimestre, ficando em R$ 11,724 bilhões. Já quando comparado com o mesmo período de 2019, o banco teve um recuo de 5,7% nas despesas.
Conforme destaca o analista Marcel Campos, da XP Investimentos, os destaques do resultado foram: i) menor custo de crédito, uma vez que as recuperações vieram acima das expectativas e houve redução de provisões; ii) maiores receitas de serviços, dado que o banco se beneficiou de um maior nível de atividade econômica no trimestre; e iii) custos surpreendentemente controlados, uma vez que o banco manteve seus custos estáveis no trimestre, embora o segundo trimestre tenha sido um período de menor atividade.
Por outro lado, : i) a margem financeira do banco surpreendeu negativamente caindo 8% na base trimestral, embora os ativos rentáveis tenham crescido 7% no mesmo período, devido a uma queda de 72 pontos-base na margem financeira sobre os ativos rentáveis (NIM); e ii) um número mais normalizado de sinistros e resultados financeiros deterioraram a operação de seguros que, apesar disso, acreditamos que a seguradora ainda se beneficia da baixa utilização pelos clientes.
“No geral, temos uma visão positiva e de alta qualidade para os resultados, pois não acreditamos que a margem financeira com o mercado e a sinistralidade de seguros do segundo trimestre sejam sustentáveis. No entanto, o sinal do banco sobre possíveis menores provisões pode tornar as estimativas de mercado conservadoras, implicando em um P/L de 2021 atraente”, aponta o analista, que reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 27 para o ativo.
O banco divulgou quatro análises positivas sobre a qualidade dos ativos, destaca o analista: i) índice de inadimplência entre 15 e 90 dias estável; ii) modelos de risco indicando que provisões podem diminuir; iii) índice de cobertura acima de 90 dias em ~400%; e iv) sinais positivos para as operações prorrogadas.
A XP ainda ressalta que, ao contrário do Santander, o índice de inadimplência entre 15-90 dias do Bradesco ficou estável em 2,6%, o que o analista avalia ser um bom sinal, pois 75% das operações prorrogadas já foram realizadas e estão em situação regular (com 98% em dia).
Pão de Açúcar (PCAR3)
O GPA registrou lucro líquido consolidado de R$ 386 milhões aos acionistas controladores no terceiro trimestre de 2020, o resultado é de alta de 151,3% ante o mesmo período de 2019. O Ebitda ajustado do grupo, por sua vez, ficou em R$ 1,663 bilhão, um crescimento de 74,5%.
A receita bruta consolidada do grupo foi de R$ 23,5 bilhões, alta de 11,2% sobre o mesmo período de 2019. O destaque, mais uma vez, foi o braço de atacarejo Assai. O faturamento do atacarejo foi de R$ 10,1 bilhões, incremento de R$ 2,5 bilhões ante o ano anterior. No conceito mesmas lojas o crescimento foi de 18,1%.
No multivarejo o faturamento ficou em R$ 7,4 bilhões, crescimento de 10,4% em mesmas lojas, excluindo postos e drogarias. O Grupo Éxito faturou R$ 6 bilhões, avanço de 23,7% nas vendas totais e de 2,3% no critério mesmas lojas, excluindo postos e em moeda constante.
A companhia tem em caixa R$ 7,3 bilhões, o que corresponde a 124% da dívida de curto prazo (12 meses).
Conforme destaca a XP, o GPA reportou resultados sólidos, em linha com AS estimativas. No Brasil, o faturamento bruto foi de R$ 17,5 bilhões, acima da estimativa da equipe de análise, com o principal destaque sendo a operação de atacado (Assaí) com crescimento de vendas mesmas lojas em 18,1% na comparação anual.
A indústria de bebidas Ambev registrou lucro líquido atribuído a controladores de R$ 2,274 bilhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 8,9% em relação ao mesmo intervalo de 2019. Já o lucro líquido reportado no período teve alta de 2,2%, para R$ 2,495 bilhões, na mesma base de comparação.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 5,073 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 15% sobre igual intervalo de 2019. A margem Ebitda ajustada atingiu 32,5%, queda de 4,4 pontos porcentuais sobre o indicador do ano passado.
O resultado financeiro líquido saltou 274,3% entre julho a setembro de 2020 e o mesmo período de 2019, para R$ 1,144 bilhão.
A receita líquida do terceiro trimestre somou R$ 15,604 bilhões, aumento de 30,5% sobre igual intervalo de 2019.
“O impacto total da pandemia da covid-19 em nossos resultados futuros permanece incerto, mas nossas ações serão orientadas no sentido de manter o momentum da nossa recuperação em formato de “V” dos volumes e da receita”, diz a administração da cervejaria, nos comentários de desempenho. De acordo com a Ambev, o cenário permanece desafiador, mas a empresa se diz confiante da sua “posição forte” no mercado e de estar tomando “as decisões corretas”.
A AmBev divulgou resultados acima do esperado para o 3º trimestre, sinalizando uma recuperação em V, destaca a XP, com o Ebitda ajustado ficando 20% acima das projeções da XP e crescendo 52% versus o segundo trimestre de 2020.
“A melhora nos resultados ocorreu em 7 dos 10 principais mercados, mas a surpresa positiva veio (novamente) de Cerveja Brasil, com volumes crescendo 25,4% na base anual, exatamente nossa estimativa (XPe +26% A/A) e acima do consenso do mercado”, avalia.
O Credit Suisse também destacou o resultado como notável. “Em última análise, a melhoria do posicionamento competitivo da AmBev durante a pandemia sustentou ganhos de participação de mercado e base de clientes de volta aos níveis pré-COVID”.
Tanto os analistas do Credit quanto da XP reiteraram recomendação de compra para a ação, com preços-alvos respectivos de R$ 18 e R$ 17,15.
Multiplan (MULT3)
A administradora de shopping centers Multiplan teve forte alta do lucro no terceiro trimestre, sob a influência pontual da venda de um ativo, mas as receitas seguiram sob pressão, diante dos efeitos econômicos da Covid-19.
A companhia anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de R$ 568,7 milhões de julho a setembro, um salto de 368% ante mesma etapa do ano passado.
O Ebitda atingiu R$ 703,85 milhões, o triplo do apurado um ano antes. A pesquisa Refinitiv com analistas apontava Ebitda de R$ 121,2 milhões.
Em julho, a Multiplan vendeu o edifício Diamond Tower por R$ 810 milhões, operação que contribuiu R$ 547,1 milhões para o Ebitda e R$ 519,8 milhões paro o lucro líquido. O edifício foi desenvolvido por R$ 266,8 milhões.
Considerando indicadores operacionais, porém, a receita de locação no trimestre foi de R$ 150,2 milhões, queda de 43,7% sobre mesma etapa de 2019, com a Multiplan citando condições facilitadas de aluguel oferecidas a lojistas após a suspensão temporária das operações de varejo e restrições operacionais ainda em vigor, ligadas ainda à pandemia.
“A companhia tem sido seletiva na assinatura de novos contratos com lojistas, a fim de priorizar a receita de locação e a qualidade de seu mix”, afirmou a Multiplan no balanço.
Além disso, a receita de estacionamentos caiu 59,3% no comparativo ano a ano, para R$ 22,3 milhões. A empresa ainda reportou inadimplência líquida de 7,2%, bem menor do que os 16,3% do trimestre anterior, porém mais de 10 vezes os 0,6% de um ano antes.
Porém, a companhia citou dados que mostram evolução gradual dos negócios, conforme medidas de quarentena são retiradas pelo país. As vendas dos lojistas dos shoppings da Multiplan em setembro foram 74,6% do vendido um ano antes, enquanto as do terceiro trimestre como um todo foram 58,4% do apurado de julho a setembro de 2019.
“O quarto trimestre começou seguindo a tendência observada no terceiro trimestre. Em outubro, as vendas dos lojistas já registravam a maior marca desde março, alcançando 80,8% dos níveis do ano passado”, afirmou a empresa. O grupo ainda comentou que mais da metade dos shoppings atingiram 80% dos níveis do ano passado, sendo que 5 ultrapassaram a marca de 90%.
A BRF contratou crédito rotativo de até R$ 1,5 bilhão com o Banco do Brasil, com prazo de três anos. A companhia ainda informou que liquidou antecipadamente empréstimo de R$ 1,57 bilhão que venceria entre agosto de 2021 e janeiro de 2022.
Qualicorp (QUAL3)
A Qualicorp anunciou nesta quarta-feira a compra de uma carteira de cerca de 4,3 mil vidas no segmento coletivo por adesão da Health Administradora de Benefícios, sem mencionar valores.
A carteira, no Estado de São Paulo, envolve pessoas atendidas pela Notre Dame Intermédica (GNDI3).
“A transação, que envolve somente os direitos e obrigações sobre a carteira, está alinhada à estratégia de crescimento da companhia nas suas frentes de negócio e ao seu objetivo de diversificação do portfólio de vidas em diferentes operadoras”, afirmou a Qualicorp, adicionando que a carteira será adicionada à sua unidade que atendem os públicos C, D e E.
(Com Agência Estado e Reuters)
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