Segundo informações do professor e pesquisador do Departamento de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lysandro Borges, 122 das 189 detentas do Presídio Feminino (Prefem) testaram positivo para o novo coronavírus (Covid-19). A testagem coletiva foi realizada no fim do ano passado e a visitação foi suspensa até recuperação de todas as detentas.
Ainda de acordo com Lysandro, todas as apenadas não apresentaram sintomas da doença no momento do teste e nem posteriormente. “Essa infecção demonstra a circulação do vírus na nossa capital, que escoa também no sistema prisional, por meio do contato com os agentes penitenciários e as visitas”, observa o professor.
Borges avalia também um aspecto positivo no fato de as detentas não terem apresentado sintomas da Covid-19. “Mesmo assintomáticas, elas tiveram contato com o novo coronavírus e, com isso, irão formar anticorpos de memória. A durabilidade desses anticorpos dura, em média, de 6 a 8 meses, o que dará um certa segurança ao sistema prisional”, detalha. ”
O especialista aponta para a importância da vacinação. “É importantíssimo que os detentos do sistema prisional sejam vacinados, assim como os funcionários e colaboradores, que estão em contato diariamente com os apenados, para evitar que haja uma crescente de casos com sintomatologia”, acrescenta Lysandro.
por João Paulo Schneider