Prefeitura intensifica campanhas para aumentar vacinação infantil

Para que a população esteja protegida contra determinada doença, é necessário manter a cobertura vacinal entre 90% e 95%. Contrariando essa necessidade da saúde coletiva, a taxa de vacinação em todo o país caiu de forma significativa nos últimos anos, em especial com as vacinas básicas que precisam ser aplicadas nas crianças. Em Aracaju, mesmo com todas as ações da Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a cobertura vacinal não foi alcançada nos últimos anos. Em 2020, por causa da pandemia da covid-19, o índice vacinal foi de 49,81%. Já em 2021, a cobertura foi de 61,27%. Este ano, até o momento, apenas 53.16% das doses necessárias foram aplicadas.

Considerando as vacinas que precisam ser aplicadas nos primeiros anos da infância, a taxa ainda está muito abaixo do esperado, não atingindo nem 50% de cobertura vacinal. Em 2022, apenas 49,93% da população esperada recebeu a vacina do rotavírus humano; 49,69% da meningococo C; 47,97% da pneumocócica; 48,29% da poliomielite; 48,29% da tríplice viral; 48,62% da pentavalente; 45,17% da hepatite A e 48,62 da hepatite B. A coordenadora de Imunização da SMS, Larissa Barreto, comenta que a administração municipal tem apresentando uma série de ações para melhorar esse cenário, inclusive, adotando estratégias como a vacinação em outros locais e horários, para tentar aumentar a cobertura vacinal.

“Vivenciamos um momento em que as fake news circulam vastamente, o que prejudica ações como a vacinação. É necessário destacar que as vacinas são seguras, sim, e os pais e responsáveis precisam ter segurança quanto a isso. Existe a validação da Anvisa e do Ministério da Saúde. As vacinas já fazem parte do calendário do Brasil e do mundo há muito tempo, provando que são eficazes em proteger e salvar vidas. Mesmo a vacina contra covid-19, a mais nova entre elas, já mostrou sua eficácia com a redução dos números de casos, internações e óbitos”, reforça a coordenadora.

Campanhas simultâneas

Para mudar essa situação e aumentar a cobertura vacinal, a Prefeitura intensificou as campanhas de vacinação na capital. Três importantes ações de imunização estão sendo realizadas pela Prefeitura, simultaneamente, nas salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde (UBSs): as campanhas de multivacinação, contra a poliomielite, além da ampliação da oferta da vacina contra a febre amarela para crianças de 9 meses a menores de 5 anos.

As campanhas contra a poliomielite e a de multivacinação seguem até o dia 9 de setembro, em todas as UBSs, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Outra estratégia adotada pela SMS foi o Dia D de vacinação, com a aplicação de vacinas durante os sábados. O próximo Dia D acontecerá neste sábado, 20, com foco no público infantil e de adolescentes até 15 anos. “Essas ações conjuntas para a atualização da caderneta de vacinação são de grande valia porque precisamos atingir as metas, principalmente para deixar as crianças protegidas e para que doenças que já estão erradicadas não voltem a circular. Estamos desenvolvendo a campanha de multivacinação justamente porque muitas vacinas são aplicadas até os 15 anos de idade”, detalha Larissa.

A coordenadora de imunização enfatiza que o Brasil sempre foi referência em vacinação, principalmente por causa da adesão da população, que sempre confiou na vacina, portanto, é preciso que todos façam a sua parte para seguir sendo referência em imunização, garantindo a alta cobertura vacinal e a proteção coletiva.

Onde vacinar

A rede pública de saúde da capital disponibiliza 45 salas de vacina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Nelas, é possível atualizar a caderneta de vacinação com todos os imunizantes disponibilizados ao público infantil. Entre elas, estão: BCG, Poliomielite (VIP/ VOP), DTP, HPV, DT, Influenza, Pentavalente, Meningo C, Meningite ACWY, Pneumo 10, Rotavírus, Tríplice viral, Hepatite A, Hepatite B, Varicela, dTpa, Antirrábica.

Para vacinar as crianças, basta que o responsável procure uma UBS com o cartão ou a caderneta de vacina e documento com foto. Caso não possua, basta levar documento com foto, CPF e comprovante de residência para que o documento seja confeccionado na hora.

Fonte: Ascom/PMA