Prefeitura de Aracaju reforça importância do uso correto de máscaras
janeiro 31, 2021Há quase um ano, a humanidade padece com a pandemia da covid-19. Até o momento, mais de dois milhões de pessoas morreram e outras centenas de milhares já foram infectadas em todo o mundo. Enquanto as autoridades sanitárias se debruçam para vacinar a população, uma das maneiras mais recomendadas e seguras de evitar a proliferação do vírus é o uso correto de máscaras de proteção facial, além do distanciamento social e cuidados com a higiene pessoal.
De acordo com a médica infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, as infecções respiratórias acontecem através da transmissão de gotículas contendo vírus e aerossóis exalados por indivíduos infectados. Ao usar a máscara, além de se proteger contra o vírus que pode estar circulando à sua volta, a pessoa impede a transmissão da covid-19 mesmo que não saiba se está infectado.
“O uso de máscara é uma ação efetiva e ainda deve ser utilizada. Na verdade, o uso da máscara vai ser uma medida de proteção utilizada por um bom tempo, principalmente até a gente conseguir o controle dos dados epidemiológicos, ou seja, a diminuição do número de casos, da rapidez de transmissibilidade, do número de óbitos, da saturação dos serviços de saúde, transformando a pandemia em um vírus endêmico, onde a gente tem a vacina mesmo com a transmissão ainda existindo”, destaca a Fabrízia Tavares.
Tipos
Existem, basicamente, dois tipos de máscaras de proteção respiratória: aquelas alternativas, feitas de tecido e reutilizáveis, e as que compõem o conjunto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) nos hospitais, denominadas de cirúrgicas, que são descartáveis. Segundo Fabrízia, o ideal é que o cidadão comum utilize máscaras de tecido, deixando, assim, as do tipo cirúrgicas para uso exclusivo dos profissionais de saúde envolvidos no combate à doença.
“A máscara é um mecanismo de barreira, utilizada há muito tempo para evitar a transmissão de doenças respiratórias. A gente orienta que a população utilize, principalmente, as máscaras de tecido, não as EPI’s (tipo cirúrgica, N95, PFF2), que são usadas para os profissionais de saúde que lidam com doentes”, esclarece.
Outro aspecto importante, na avaliação da infectologista, é que as máscaras de tecido são reutilizáveis. “Contudo, no momento em que o indivíduo percebe sujidade na máscara, deve imediatamente lavar o equipamento com água e sabão, e depois enxaguar. Após secar e passar, reutilizar. Elas não devem ser compartilhadas. Já os EPI’s têm uso de vida médio e devem ser descartáveis após o uso”.
Manuseio correto
Para usar regularmente as máscaras protetoras é necessário cuidado no manuseamento e uso para evitar exposição à covid-19. De acordo com Fabrízia, para colocar e retirar do rosto, o manuseio deve ser feito apenas pelos elásticos ou atilhos. Após retirar do rosto, o próprio usuário deve, no caso de máscara de tecido, lavar de imediato com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos para higienização total.
“A gente orienta que as máscaras que ficam presas na orelha devem ser manuseadas pelo elástico, nunca colocar a mão na face externa da máscara. O objetivo da máscara é cobrir o nariz e a boca, que são os veiculadores de gotículas. Não adianta utilizar a máscara só no queixo ou só na boca, senão não tem utilidade nenhuma. O objetivo é que cubra boca e nariz, fazendo mecanismo de barreira para que essas gotículas não cheguem para o indivíduo mais próximo. Sempre vale lembrar: a máscara é de uso pessoal e não deve ser compartilhada com outras pessoas”, orienta a médica.
Tempo de uso
A infectologista lembra ainda que o indivíduo não deve ficar muito tempo com uma única máscara. O ideal, segundo Fabrízia, é trocar a cada turno e que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de tecido. “O indivíduo não deve sair de casa cedo e chegar à noite com a mesma máscara, isso é insensatez”, conclui.
Fonte: Secom/PMA