Powell diz que suporte para economia será necessário por “algum tempo”
fevereiro 23, 2021WASHINGTON (Reuters) – A recuperação econômica dos Estados Unidos continua “desigual e longe de completa” e levará “algum tempo” antes de que o Federal Reserve considere mudar as medidas que implementou para ajudar o país a voltar ao pleno emprego, disse o chair do banco central norte-americano, Jerome Powell, nesta terça-feira.
Os cortes de juros pelo Fed e compras mensais de 120 bilhões de dólares em títulos do governo “aliviaram substancialmente as condições financeiras e estão fornecendo apoio substancial à economia”, disse Powell em declarações preparadas para depoimento a uma audiência do Comitê Bancário do Senado sobre a situação da economia.
“A economia está muito longe de nossas metas de emprego e inflação, e é provável que leve algum tempo para que progressos substanciais sejam alcançados”, a barreira que o Fed estabeleceu para discutir quando seria apropriado reduzir parte desse apoio.
Embora a situação sanitária esteja melhorando e “as vacinações em andamento ofereçam esperança de um retorno a condições mais próximas da normalidade ainda este ano”, disse Powell, “a trajetória da economia continua a depender significativamente do curso do vírus e das medidas tomadas para controlar sua disseminação.”
A aparição de Powell vem num momento significativo para os EUA, com o país ainda se recuperando da pandemia, mas talvez pronto para decolar ainda este ano se o programa de vacinação ganhar ritmo.
A audiência perante o Comitê Bancário do Senado, uma das aparições obrigatórias do chair do Fed duas vezes por ano no Capitólio, é a primeira de Powell desde que os democratas conquistaram a Casa Branca e o controle de ambas as Casas do Congresso.
Depois dos comentários iniciais de Powell, ele responderá a perguntas de parlamentares que provavelmente se concentrarão na tensão entre uma pandemia que ceifou mais de meio milhão de vidas nos Estados Unidos e deixou milhões de desempregados e uma economia repleta de poupanças e apoio do banco central, e prestes a obter uma nova onda de gastos federais.