PlayStation 5 chega ao Brasil com preço a partir de R$ 4.199; veja se ele vence a briga contra Xbox Series X e S
novembro 19, 2020
SÃO PAULO – Com o lançamento do Playstation 5 nesta quinta-feira (19), a nona geração de consoles finalmente está completa. Ao lado dos dois modelos da Microsoft, o Xbox Series S e o Xbox Series X, o console da Sony fecha a lista dos novos videogames no mercado.
Parecidos em alguns aspectos, como processador e memória, os videogames da Sony e Microsoft também têm diferenças significativas em preço, performance gráfica e recursos como assinaturas, streaming e jogos exclusivos.
Diferenças que, na visão de especialistas, podem tornar a disputa pelo mercado nacional mais acirrada após uma clara dominância do PS4 sobre o Xbox One na última geração. O console da Sony já vendeu mais do que o dobro de unidades em comparação com o console da Microsoft, segundo a plataforma de dados Statista.
O InfoMoney preparou um comparativo para mostrar as especificidades de cada videogame – abordando aspectos como preço, processador, memória, catálogo de jogos e streaming – e ajudar o consumidor a fazer sua escolha.
Preço de Playstation 5 e Xbox Series S/X
O PS5 chega ao Brasil a partir de R$ 4.199, na sua versão digital, que não possui leitor Blu-Ray e só permite a leitura de mídia online. A versão que consegue ler mídia física chega ao mercado brasileiro por R$ 4.699.
Já o Xbox Series X possui o preço de entrada de R$ 4.599 – valor R$ 100 menor do que seu concorrente direto. O Xbox Series S, modelo mais modesto, compacto e acessível financeiramente, chegou ao Brasil em novembro por R$ 2.799.
Com uma recente diminuição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o setor de jogos eletrônicos, os consoles da nova geração ficaram mais baratos.
Recentemente, o InfoMoney conversou com especialistas para entender o que a redução do IPI significa para a indústria e para concluir qual a melhor época de compra desses consoles.
Comparação técnica
Confira as especificações de cada console abaixo. Veremos mais detalhes sobre CPU, GPU, armazenamento, memória e recursos únicos (incluindo os jogos) depois da tabela:
PlayStation 5 | Xbox Series X | Xbox Series S | |
Preço | R$ 4.199 ou R$ 4.699 | R$ 4.599 | R$ 2.799 |
CPU | AMD Zen2 octa-core de até 3,5 GHz | AMD Zen2 octa-core de até 3,8 GHz | AMD Zen2 octa-core de até 3,6 GHz |
GPU | AMD Radeon de 36 UCs a 2,23 GHz | AMD Radeon de 52 UCs a 1,825 GHz | AMD Radeon de 20 UCs a 1,56 GHz |
Performance computacional máxima | 10,29 TFLOPS | 12 TFLOPS | 4 TFLOPS |
Armazenamento | SSD de 825 GB, até 9 GB/s de leitura | SSD de 1 TB, até 4,8 GB/s de leitura | SSD de 512 GB, até 4,8 GB/s de leitura |
Memória RAM | 16 GB GDDR6 a 448 GB/s | 16 GB GDDR6 (10 GB a 560 GB/s e 6 GB a 336 GB/s) | 10 GB GDDR6 (8 GB a 224 GB/s e 2 GB a 56 GB/s) |
Leitor de discos | versões com ou sem leitor Blu-Ray UHD | drive Blu-Ray UHD | Não possui |
Portas e interfaces | 2x USB Tipo-A, 2x USB-C, HDMI 2.1, Gigabit Ethernet, Bluetooth 5.1 e Wi-Fi 6 | 3x USB Tipo-A, HDMI 2.1, Gigabit Ethernet, Xbox Radio e Wi-Fi 5 | 3x USB Tipo-A, HDMI 2.1, Gigabit Ethernet, Xbox Radio e Wi-Fi 5 |
Dimensões e peso | 39 x 10,4 x 26 cm; 3,9 ou 4,5 quilos | 15,1 x 15,1 x 30,1 cm; 4,45 quilos | 15,1 × 6,5 × 27,5 cm; 1,93 quilos |
Processador (CPU)
Tanto os dois consoles da Microsoft quanto o console Sony usam CPUs criadas pela empresa de tecnologia americana AMD, com a mesma arquitetura Zen2 e apresentam especificações bem parecidas, com pequenas diferenças.
Em linhas gerais, portanto, a performance dos consoles em tarefas referentes ao desempenho do processador, como aspectos de simulação dentro do jogo e o processamento de decisões da inteligência artificial dos jogos, devem ser equivalentes entre os consoles.
“As novas plataformas exploram o que a arquitetura da AMD possui de integração entre CPU [processador] e GPU [placa de vídeo]. Essa técnica é a mesma utilizada por diversos algoritmos e computadores de alto desempenho”, explica Murilo Zanini de Carvalho, professor de engenharia da computação do Instituto Mauá de Tecnologia.
Porém, nos números precisos, quem leva uma ligeira vantagem é o Xbox Series X. O console topde linha da Microsoft apresenta um processador de oito núcleos e que oferece 16 threads [linhas de execução simultâneas].
Esse total significa que, na prática, o processador escolhido pela Microsoft pode se comportar como se tivesse na verdade 16 núcleos, dando conta de realizar 16 tarefas complexas de processamento ao mesmo tempo. Em termos de velocidade, o octa-core do Series X pode rodar em até 3,8 GHz, usando os oito núcleos físicos.
Já o Series S apresenta uma CPU com o mesmo perfil: octa-core de 16 threads que, no entanto, garante velocidades um pouco mais baixas: 3,4 GHz com os oito núcleos em funcionamento.
Em termos de performance do processador, o PlayStation 5 pode ser encaixado no meio termo entre os dois modelos do Xbox, já que não consegue alcançar a performance do Series X, mas bate a do Series S.
A máquina da Sony também usa um processador octa-core de 16 threads, mas que trabalha em velocidades de até 3,5 GHz.
“A principal diferença dessas novas implementações está muito relacionada à forma como os jogos e as aplicações farão uso dessa capacidade para cada console”, avalia o professor.
Zanini ainda ressalta que as três plataformas fizeram melhorias significativas em seus sistemas de refrigeração, o que faz com que, mesmo trabalhando com uma capacidade muito maior que a geração anterior, produzam menos ruído no processo de resfriamento.
Placa de vídeo (GPU)
Da mesma forma que acontece com o processador, a placa de vídeo (GPU) dos três videogames utiliza a tecnologia da AMD: a placa Radeon RX 6800, considerada uma das melhores do mercado para o segmento de games.
A tecnologia presente nessa GPU trouxe avanços de ponta na visualização de efeitos nos jogos, como ao permitir estruturas de aceleração por Ray Tracing e técnicas mais complexas de reconstrução de imagem e renderização.
Ainda sim, a Radeon do Xbox é ligeiramente mais eficiente por conta da melhor otimização entre a GPU e a CPU no console da Microsoft. Assim, o Xbox Series X leva vantagem mais uma vez, contando com um processador gráfico de 52 unidades computacionais.
Além dos 52 núcleos, a GPU do Xbox Series X promete funcionar a uma velocidade fixa de 1,825 GHz. O resultado da combinação do total de núcleos e dessa velocidade é que o console da Microsoft garante uma performance computacional bruta de 12 TFLOPS.
TFLOPS, ou teraflops, é uma medida de capacidade bruta de processamento do poder computacional de um aparelho, que mostra a quantidade de trilhões de operações matemáticas que determinado processador pode realizar. Ou seja, 12 TFLOPS equivale dizer que o Series X pode calcular 12 trilhões de operações por segundo, por exemplo.
“O poder computacional é refletido na quantidade de elementos que podem ser apresentados na tela ao mesmo tempo, na quantidade de detalhes que cada elemento na tela vai ter. Um maior poder computacional nos consoles possibilita que eles entreguem taxas de quadros mais elevadas, sem perder a qualidade de detalhamento dos elementos. Isso significa uma melhor experiência enquanto o jogo está fluindo”, explica Zanini.
Já o console da Sony conta com uma placa gráfica que soma no máximo 36 unidades computacionais, capazes de rodar a uma velocidade máxima de 2,23 GHz e atingir 10,29 TFLOPS no melhor cenário – números abaixo do console da Microsoft.
Por fim, o Xbox Series S vem com uma placa menor e mais simples, o que é compreensível, dado que o console é mais barato e acessível do que os seus outros dois concorrentes.
Nele, são apenas 20 unidades computacionais configuradas para operar em uma velocidade de 1,565 GHz, com uma capacidade de performance máxima de 4 TFLOPS – algo comparável aos consoles da antiga geração, como PS4 e o Xbox One.
Armazenamento e memória
O armazenamento é tido por especialistas em games como um dos grandes diferenciais da nova geração de consoles: os novos videogames contarão com SSDs em vez de HDs comuns.
Os SDDs são muito mais velozes do que os HDs convencionais, usados nos consoles da antiga geração, porque organizam, gravam e leem informações armazenadas de forma completamente eletrônica. Em um disco rígido convencional (HD), essa leitura se dá de forma eletromecânica, em velocidades que são mais de 100 vezes mais lentas do que no SSD.
Nesse quesito, a vantagem é toda da Sony. O PS5 vem de fábrica com um SSD inteiramente customizado, com 825 GB de capacidade máxima. Essa unidade pode ler dados a uma velocidade de 5,5 GB/s em formato bruto, ou até 9 GB/s usando técnicas exclusivas da Sony para compressão de dados.
Para efeito de comparação, o disco rígido dos consoles da antiga geração, o PS4 e o Xbox One, dificilmente permitem leituras em velocidades maiores do que 100 Mb/s.
“Enquanto HDs convencionais precisam gerar fisicamente discos mecânicos para buscar as informações, os SSDs fazem as buscas de forma similar às de dispositivos de armazenamento removível, como os pen-drives ou cartões de memória”, explica o professor.
“Porém, diferentemente desses dispositivos de armazenamento removível, que têm muito de sua velocidade limitada pelas portas de comunicação, os SSDs utilizam canais de comunicação muito mais velozes, possibilitando altas taxas de troca de informação”, complementa Zanini.
Do lado da Microsoft, a tecnologia é parecida, mas a performance é um pouco inferior – o que pode tornar o carregamento no Xbox Series X mais lento do que no PlayStation 5. Os dois modelos de Xbox prometem SSDs de 2,4 GB/s de velocidade para leitura de dados em formato bruto, ou 4,8 GB/s usando as técnicas de compressão.
A única diferença entre Series S e Series X fica na capacidade de armazenamento de cada um. O Series S tem um SSD de 512 GB, enquanto o Series X vem com disco de 1 TB.
Vale lembrar que ambas as marcas já informaram que irão permitir a instalação de um SDD externo para melhor a velocidade das operações.
Para Zanini, os maiores beneficiários da instalação do SDD nos consoles são os jogos.
“Eles [os jogos] podem se beneficiar com esse aumento de velocidade melhorando a experiência do usuário, com tempos de carregamento reduzidos, menor tempo de transição entre aplicações e maior capacidade de recuperar informações para renderizar partes do jogo, como detalhes de uma mapa de jogos de mundo aberto, por exemplo”, diz o professor.
Em termos de memória RAM, o Xbox Series X tem o total de 16GB de GDDR6 (um tipo de memória de acesso especial, projetada para um uso conjunto com placas de vídeo de alta performance, o que favorece a execução de jogos), sendo que 6 GB de GDDR6 são de baixa velocidade – até 336 GB/s – e os outros 10 GB de GDDR6 são de alta velocidade (até 560 GB/s).
A divisão da memória RAM permite que o console possa equacionar o uso de memória para garantir que arquivos, recursos e aplicativos sejam executados e lidos ao mesmo tempo, sem perder performance ou tempo de carregamento.
Já a Sony não adotou essa estratégia de divisão da memória RAM, porque o total de memória do PS5 sempre opera na mesma velocidade. No PS5, são 16 GB de GDDR6, capazes de trocar 448 GB/s de dados com o processador e a placa gráfica do console.
Assinaturas, streaming e jogos
A retrocompatibilidade é um assunto muito discutido entre os fãs de cada marca. O Xbox Series S e Xbox Series S permitem que jogos de gerações anteriores rodem nos consoles atuais. Já o PlayStation 5 permitirá que apenas os jogos de PlayStation 4 funcionem no aparelho.
Tanto a Sony quanto a Microsoft possuem serviços de assinatura bem similares entre si, mas com jogos exclusivos dos dois lados.
No console da Sony, é possível assinar o PlayStation Plus para jogar online, salvar o progresso dos seus jogos na nuvem e receber pelo menos dois jogos gratuitos todos os meses. São três opções de assinaturas do PS Plus no Brasil: um mês por R$ 24,99; três meses por R$ 49,99; ou 12 meses por R$ 129,99.
Além disso, quem assinar a PS Plus no PS5 terá acesso a 18 jogos que fizeram bastante sucesso no PS4, incluindo grandes sucessos exclusivos da família PlayStation, como God of War, The Last Of Us e a saga Uncharted via retrocompatibilidade.
Já a Microsoft possui o Xbox Live Gold, que é bastante similar ao sistema da PS Plus. Você paga uma assinatura mensal ou anual para jogar online e ganha alguns benefícios, além de jogos gratuitos mensalmente. O serviço custa R$ 199 por ano.
O maior diferencial para essa geração, porém, está nas assinaturas de conteúdo que permitem o acesso a uma enorme biblioteca de jogos e que devem funcionar como um serviço de streaming: o jogador paga um preço mensal e pode jogar todos os jogos disponíveis a qualquer momento.
O PlayStation Now é o serviço por assinatura da Sony, que permite acesso a mais de 800 jogos. Há títulos do PS2, PS3 e PS4. Os de gerações anteriores só funcionam por streaming, enquanto os games de PS4 podem ser baixados e jogados direto no console.
Porém, o serviço não foi lançado oficialmente no Brasil e ainda não há confirmação de quando será, mas é possível realizar a assinatura caso sua conta na PlayStation Network seja de outra região (EUA/Canadá, Europa ou Ásia). O valor é de US$ 19,99 (cerca de R$ 106, na conversão direta) por mês.
O Xbox Game Pass segue o mesmo princípio do serviço da sua concorrente e possui uma versão similar para o Windows, no PC. Atualmente há uma biblioteca de quase 400 jogos disponíveis.
O serviço da Microsoft tem a vantagem de estar disponível no Brasil e agora também incluirá a assinatura do EA Play, que permite jogar os lançamentos da desenvolvedora Eletronic Arts, responsável por jogos como FIFA e The Sims, sem precisar comprar os jogos separadamente. O serviço custa, mensalmente, R$ 29,99.
Os jogos exclusivos são um diferencial muito comentado da Sony. “O PS5 trouxe muita inovação e poder de processamento, que muito provavelmente será bastante explorado pelos jogos exclusivos da plataforma. Esse é um dos maiores pontos de diferença entre os dois. Fica claro que o foco principal dos jogadores que pretendem comprar um PS5 são os jogos exclusivos que a plataforma possui”, explica Zanini.
Vale lembrar que a Microsoft já está se movimentando para ir além dos exclusivos Forza e Halo, patrocinando games próprios. A gigante de tecnologia comprou recentemente o estúdio Bethesda por US$ 7,5 bilhões, por exemplo. O Bethesda está por trás de títulos como Doom, Fallout e The Elder Scrolls V: Skyrim.
Então, quem deve levar a vantagem na nova geração?
Ao olhar as três fichas técnicas, o professor do Instituto Mauá de Tecnologia acredita que as empresas estão com propostas diferentes para essa nova geração, embora os consoles tenham muitas semelhanças entre eles.
“O Series S fica projetado para jogadores menos exigentes quanto às qualidades gráficas e altas taxas de quadros em seus jogos. Já o Series X muda essa proposta, mirando em qualidades gráficas de sobra para os jogos da geração passada e da geração que está por vir. Ainda mantendo a retrocompatibilidade com diversos acessórios da geração anterior”, compara Zanini.
Guilherme Camargo, professor de Gamificação Aplicada às Plataformas Digitais na ESPM, avalia que a Microsoft pode ter uma real vantagem competitiva nessa nova geração, após sofrer uma “lavada” da Sony no mercado brasileiro na geração anterior.
Os dados da última edição da Pesquisa Game Brasil, realizada em fevereiro deste ano, mostram que 38% dos usuários de jogos eletrônicos no Brasil possuem um PS4, enquanto apenas 22,5% contam com um Xbox One. Para o professor, a estratégia da Microsoft é justamente reverter essa preferência pelos consoles da Sony entre os brasileiros.
Embora o Xbox Series X tenha uma ligeira vantagem em alguns aspectos em termos de performance, isso pode ser menos relevante do que parece. Ele lembra que, em termos de nova geração de videogames, vale mais o “casamento” entre os sistemas operacionais de cada console com os produtos que estão sendo desenvolvidos para ele do que apenas uma boa tecnologia de forma independente.
“Uma nova geração só é válida se o mundo dos games, das desenvolvedoras de jogos, dos grandes estúdios, estiverem bem casados com essa nova tecnologia. No geral, a cada upgrade de geração, o que prevalece são os melhores gráficos, hardwares e sensações mais realistas ao jogar. Mas o fato é que vai ganhar aquela marca que oferecer uma melhor experiência conjunta para o consumo”, explica Camargo.
E na visão dele isso é algo que já está acontecendo. “Imagino que tanto a Sony quanto a Microsoft já estejam em contato e desenvolvendo tecnologia conjuntas com seus estúdios para que os jogos saibam aproveitar a capacidade máxima de cada console”, diz.
O professor também avalia que a Microsoft pode ganhar pelo preço. Na sua visão, só o fato de a empresa americana ter pensado em um console competitivo tecnologicamente, mas com um preço mais acessível para consumidores com menor poder aquisitivo pode alavancar bastante a presença da marca Xbox no Brasil.
“Trazer um console potente, com preço menor, é uma proposta muito inteligente. Além de se comunicar melhor com a comunidade que sempre pagou muito caro em bens desse tipo, é uma forma de trazer um público que não necessariamente migraria para a nova geração agora”, explica o professor.
Para ele, essa é uma aposta de longo prazo que pode funcionar para a empresa americana, mas, no curto prazo, a dominância da Sony no Brasil tem que ser levada em consideração. “O início desta nova geração está mais para a Sony, muito pela força que a marca sempre teve e tem no Brasil – visto a enorme vantagem que o PS4 teve frente ao Xbox One na última geração”, avalia Camargo.
“Temos também que lembrar da trajetória de mais de 20 anos da Sony no mercado de videogames e a presença da marca no Brasil com artigos para o consumo final, enquanto a Microsoft tem pouca penetração nesse tipo de mercado final. O fator emocional do consumo nesse tipo de artigo conta muito, às vezes mais do que a própria tecnologia ou o preço”, continua Camargo, que também acredita que a batalha entre PS5 e Xbox Series X ainda está longe do fim.
Para Camargo, quem parece ter mais a perder nessa “briga” entre os consoles é a Sony. Muito por conta do seu modelo de negócio diante da dependência que a empresa tem da marca PlayStation – cenário muito diferente da Microsoft.
“Nos últimos anos, a Sony se desfez de diversas marcas voltadas ao consumo final, e o PlayStation parece uma das últimas grandes que restaram. Já a Microsoft possui uma linha de produtos e atuação mais abrangente e pulverizada, o Xbox é apenas mais um braço da empresa e possui um peso muito menor nas receitas do que os outros produtos que a companhia americana detém no portfolio”, conclui o professor.
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