Pesquisa alerta sobre riscos na ingestão de gelo servido em bebidas

Pesquisa alerta sobre riscos na ingestão de gelo servido em bebidas

março 2, 2024 Off Por JJ

Bebidas contaminadas pelo gelo podem gerar sintomas como, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, febre e mal-estar (Foto: Ascom/ITPS)

O gelo servido nas bebidas em restaurantes, bares e eventos podem conter uma variedade de bactérias que representam riscos à saúde, alerta o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). A ingestão desses microrganismos pode desencadear uma série de sintomas, incluindo náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, febre e mal-estar.

A Dra. Rejane Batista, coordenadora do Laboratório de Microbiologia do ITPS, explica que as bactérias podem contaminar o gelo de várias maneiras.

“As bactérias podem ser transferidas para o gelo através de mãos sujas ou superfícies contaminadas. E dessas bactérias, algumas podem provocar problemas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia”, alerta a doutora ao destacar que indivíduos com sistema imunológico enfraquecido estão mais expostos às doenças causadas pelas bactérias presentes no gelo.

Análise

Para garantir a segurança do consumidor, o ITPS oferece análises da água utilizada para a fabricação do gelo. A análise identifica e quantifica a presença de microrganismos.

“Os resultados da análise microbiológica são comparados com os padrões de potabilidade da água, estabelecidos pela legislação. Se os resultados forem satisfatórios, o gelo é considerado seguro para o consumo”, garante, a coordenadora.

Ainda segundo Rejane Batista, em alguns casos os consumidores não estão cientes das etapas de produção pelas quais o gelo passa até chegar à sua bebida. Em conformidade com a legislação, é recomendado que o preparo do gelo seja feito com água potável que atenda às normas de qualidade para consumo. Entretanto, o ciclo do gelo não termina na sua fabricação, pois a logística, recebimento e manipulação final até o copo são pontos críticos onde a contaminação pode ocorrer.

Rejane explica ainda, que o gelo não filtrado é ideal para conservar carnes, peixes e outros alimentos que serão posteriormente cozidos.

“Por outro lado, ele é mais comumente usado em caixas térmicas para refrigerar bebidas, como latinhas, por exemplo. No entanto, é recomendável higienizar as latas antes de consumir a bebida para evitar qualquer risco de contaminação, o que não ocorre, principalmente, durante festivais”, orienta.

 

Fonte: Ascom/ITPS