Pão de Açúcar começa processo para IPO do Assaí para dar mais protagonismo ao negócio

Pão de Açúcar começa processo para IPO do Assaí para dar mais protagonismo ao negócio

setembro 10, 2020 Off Por JJ

O GPA, controlador do Pão de Açúcar (PCAR3), anunciou que seu conselho de administração autorizou estudo para a cisão de seu braço de atacarejo Assaí e a preparação da companhia para listagem na B3.

A separação da operação do Assaí e do multivarejo do GPA vem com a intenção de dar protagonismo a cada um dos negócios. Segundo os executivos do grupo, a decisão deve “liberar valores” para ambas as empresas que resultarem desta cisão.

Para o vice-presidente do conselho de administração, Ronaldo Iabrudi, a tese de investimentos desta separação é a possibilidade de melhor alocação de recursos e a possibilidade de dar mais visibilidade a cada um dos negócios.

Não há nova oferta de ações prevista para o GPA. Ao final da divisão, todos os acionistas da companhia terão a mesma porcentagem de ações no Assaí e no multivarejo. Assim, o Grupo Casino, atual controlador, continuaria com a mesma participação na nova empresa a ser listada na Bolsa. A previsão é que até o fim do primeiro trimestre de 2021, a separação seja concluída e o Assai já esteja na B3.

“Ao final, teremos duas operações independentes. A alocação de recursos será mais eficiente. Ambas terão acesso ao mercado”, diz Iabrudi. “Tem investidores que dizem que o Assaí sozinho vale alguns bilhões de reais”, afirmou ainda o executivo. Além disso, ele pontuou que, hoje, o Assai e o Multivarejo do grupo têm “poucas sinergias, para não dizer nenhuma”. No novo modelo, o setor de gasolina e farmácia ficam debaixo do ticker do multivarejo.

“É uma operação complexa que vai envolver órgãos reguladores de vários países”, afirmou o CEO do GPA, Peter Estermann. Ele afirmou que o grupo estará focado, a partir de agora, no processo de implementação desta cisão. A princípio, o que o conselho aprovou foi o aprofundamento dos estudos para a separação. A concretização, porém, vai depender da aprovação de investidores e credores, por meio de assembleias.

Para Iabrudi, porém “não há desafios insuperáveis no processo” e os times das duas empresas resultantes do processo não deverão quase sofrer alterações.

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