Oracle sinaliza interesse pela compra do TikTok nos EUA

Oracle sinaliza interesse pela compra do TikTok nos EUA

agosto 18, 2020 Off Por JJ

TikTok
(Chesnot/Getty Images)

SÃO PAULO – A Oracle, multinacional americana de tecnologia, está em negociações para adquirir os negócios do TikTok nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, entrando na disputa com a Microsoft.

A empresa estaria trabalhando com um grupo de empresas de capital de risco americanas que já possuem uma participação no TikTok, segundo informações da CNBC.

O Financial Times informou anteriormente que a General Atlantic e a Sequoia Capital estariam envolvidas na negociação da venda da rede social chinesa, controlada pela ByteDance.

As ações da Oracle subiram em até 2,8% nas negociações da Bolsa de Nova York na manhã desta terça-feira (18).

O presidente executivo da Oracle, Larry Ellison, expressou seu apoio ao presidente Donald Trump, que deu um prazo de 90 dias, na última sexta-feira, para o TikTok vender suas operações nos EUA ou a rede social será banida do país. Entenda mais sobre a guerra tecnológica protagonizada pelo TikTok, envolvendo China e EUA.

“Há evidências confiáveis ​​que me levam a acreditar que o ByteDance pode tomar medidas que ameacem prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos”, disse o presidente.

O TikTok ameaçou processar o governo Trump após o presidente proibir empresas ou qualquer cidadão do país de fazer negócios com a companhia.

Em nota, a rede social disse estar chocada com as restrições e afirmou que buscará todos os recursos disponíveis para garantir que a empresa e seus usuários sejam tratados de maneira justa. 

A companhia também criou um site e um perfil no Twitter para combater os rumores sobre suas operações e atuação no mercado internacional.

De acordo com a CNBC, com a Oracle entrando na disputa pela rede social, ela poderia usar os dados de clientes coletados pela TikTok para melhorar seus produtos de marketing – mas isso significaria um custo bilionário para empresa.

No quarto trimestre fiscal da Oracle, a receita caiu 6%, para US$ 10,4 bilhões, com a empresa sofrendo forte concorrência da Amazon, Microsoft e Google no serviço de computação em nuvem.

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