Oi recebe ofertas por unidade móvel; Maia desiste de pedido para barrar venda de refinarias da Petrobras e mais notícias
julho 20, 2020SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta segunda-feira (20) é movimentado, tento como destaque a proposta pelas operadoras TIM, Vivo e Claro apresentaram no final de semana uma proposta conjunta pela unidade móvel da operadora Oi.
Já a companhia aérea Azul se aproxima de uma solução de mercado para lidar com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus e a Ser Educacional confirmou avaliar potencial transação com a Laureate Brasil.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu desistir de um pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar o processo de venda de refinarias da Petrobras. A Vale, por sua vez, deve apresentar recuperação em sua produção e lucratividade no segundo trimestre, em meio ao fortalecimento dos preços do minério de ferro no período. Os dados serão revelados após o fechamento do mercado. Confira os destaques desta segunda-feira (20):
As operadoras TIM, Vivo e Claro apresentaram no final de semana uma proposta conjunta pela unidade móvel da operadora Oi. Segundo os comunicados entregues à CVM, as empresas pediram à Oi o direito de cobrir potenciais propostas que a empresa brasileira possa ter recebido pelos ativos.
O preço mínimo estabelecido pela Oi para os ativos de telefonia móvel é de R$ 15 bilhões e, segundo a empresa, foi feita mais de uma proposta por essa unidade. No entanto, não foi revelada a identidade dos candidatos, os valores ou o número de propostas.
Além do valor do negócio, a Oi deverá levar em conta uma proposta que garanta a aprovação do negócio mais rápida pelos órgãos reguladores.
Em comunicado à imprensa, a Oi afirma que recebeu “mais de uma proposta vinculante” de interessados na aquisição da Oi Móvel. Segundo a tele, uma das propostas foi a realizada em conjunto por Claro, TIM e Telefônica Brasil. A respeito de outras propostas, a empresa afirma que não dará mais detalhes, por motivos de confidencialidade e interesse comercial, até o fim do processo competitivo.
A empresa ressalta ainda que a venda do ativo, que será feita por meio da formação de uma unidade produtiva isolada (UPI), depende da aprovação por parte de seus credores do aditamento ao plano de recuperação judicial da tele. Esse aditamento foi divulgado pela Oi em junho. Caso seja aprovado pelos credores em assembleia geral, precisará ainda ser homologado pelo juízo da recuperação judicial da companhia.
“A Oi esclarece que a estratégia da companhia é se tornar a maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e da preparação para a evolução para o 5G, conforme determinado no seu Plano Estratégico”, diz a companhia na nota. A Oi ressalta ainda que as operações em curso não alteram a prestação de serviços aos clientes, dentro dos padrões exigidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
De acordo com analistas do Credit Suisse, a estimativa é que a TIM fique com a maior parte desses ativos. A fatia esperada é de 54%. Já a Vivo ficaria com aproximadamente 24% e a Claro com 22%. Já em termos do espetro, a divisão esperada é de, respectivamente, 60%, 30% e 10%. “Acreditamos que a divisão do espectro da Oi será crucial para definir o preço que cada um irá pagar”, avaliaram os analistas em relatório a clientes.
Os analistas do Credit também fizeram uma atualização dos preços-alvo para os papéis das empresas de telefonia. No caso da TIM, foi elevado de R$ 17 para R$ 20 e, da Vivo, de R$ 57 para R$ 61.
Já para os analistas do Bradesco BBI, a oferta em conjunto das três operadoras de telefonia reforça a credibilidade da atual administração da Oi. “Dada a oferta, agora existem poucas dúvidas sobre o valor estratégico das operações móveis da Oi ou sobre a capacidade da Oi levantar caixa por meio dessa venda, o que levará a uma redução da alavancagem da empresa”, disseram.
O Bradesco BBI espera ainda que essa oferta facilite a aprovação do novo plano de recuperação judicial pelos credores. A assembleia deve ocorrer em meados de agosto.
A estatal de energia Eletrobras informou que o conselho de administração da empresa aprovou a concessão de adiantamento para futuro aumento de capital (Afac) da subsidiária Eletronuclear. Essa é uma das etapas para retomar as obras na usina nuclear de Angra 3.
A elétrica disse em comunicado ao mercado, divulgado na sexta-feira à noite, que a operação com sua subsidiária de geração nuclear envolverá R$ 1,052 bilhão em 2020 e R$ 2,447 bilhões em 2021.
Latam Airlines e Azul (AZUL4)
A companhia aérea Azul se aproxima de uma solução de mercado para a crise financeira causada pela pandemia da Covid-19, segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”. A companhia ainda aguarda o prometido socorro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Perdeu força a hipótese de recorrer a uma recuperação judicial, uma vez que as conversas com os bancos credores começam a evoluir.
Ainda de acordo com a reportagem, o acordo de “code share” firmado com a Latam recentemente seria o embrião de uma eventual fusão das duas companhias aéreas, caso a expectativa de recuperação no setor de aviação não se concretize.
A Vale deve apresentar recuperação em sua produção e lucratividade no segundo trimestre, em meio ao fortalecimento dos preços do minério de ferro no período. A estimativa média de cinco analistas consultados pela Bloomberg é de uma produção de 69 milhões de toneladas de abril a junho. A mineradora divulga relatório de produção após o fechamento dos mercados.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu desistir de um pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar o processo de venda de refinarias da Petrobras. A mudança de estratégia ocorre após Maia se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.
Rompidos há meses, Maia e Guedes almoçaram juntos na última quarta e discutiram a retomada das discussões da reforma tributária. Guedes se comprometeu a apresentar a primeira etapa da proposta do governo ao Congresso na próxima semana.
Segundo ele, a Câmara fez uma consulta ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – com quem a Petrobras firmou termo de compromisso para suspender multas em troca do compromisso de venda das refinarias.
A resposta do Cade foi suficiente para que Maia tomasse a decisão de desistir da ação. Segundo a equipe do presidente da Câmara, o Cade avalia que a operação não é uma burla à legislação para tentar privatizar um ativo sem aval do Congresso. O Cade reforçou ainda que a venda das refinarias atende a uma decisão do órgão.
A saída da Petrobras do segmento de transportes, distribuição e refino faz parte do plano de negócios da companhia e base da proposta de Guedes para abertura do mercado de gás – conhecido pelo apelido “choque da energia barata”.
E as empresas de proteína tenta evitar boicote a seus produtos. Uma das primeiras a se movimentar é a Marfrig. A empresa deverá adotar a rastreabilidade de gado, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.
A empresa marcou para esta quinta-feira o lançamento de um compromisso com o desmatamento zero e a rastreabilidade. A intenção, segundo a reportagem, é comprovar que a origem da proteína servida nas mesas da Europa e das maiores economias não saiu de área desmatada. Com isso, evita-se entrave à exportação.
Equatorial (EQTL3)
Equatorial aprova em assembleia R$ 323,2 mi em dividendos. A quantia de R$ 322,5 milhões refere-se aos dividendos mínimos obrigatórios, segundo comunicado. Outros R$ 736,1 mil referem-se aos dividendos adicionais, totalizando o montante de R$ 323,2 milhões. O total corresponde ao montante por ação de R$ 0,3199683, diz a Equatorial.
A Ser Educacional confirmou que está avaliando uma potencial transação envolvendo os ativos do grupo Laureate no Brasil. A informação foi publicada no domingo no jornal “O Globo”.
Em comunicado ao mercado, a empresa de educação disse ainda que está sempre atenta e constantemente avaliando oportunidades de operações estratégicas, mas que “até a presente data não há qualquer acordo firmado a esse respeito”.
(Com Agência Estado e Bloomberg)