Ocupação em UTI’s segue caindo mesmo com reabertura do comércio
agosto 31, 2020Após a taxa de ocupação de leitos de UTI ficar abaixo dos 50% pela primeira vez, desde o início da pandemia, Sergipe continua observando os números de internações caírem. Desde a semana passada a taxa vem se mantendo abaixo dos 50%, nas redes pública e privada, o que motivou, inclusive, o Governo do Estado começar a estudar a desativação de alguns leitos exclusivos para Covid-19, com o objetivo de retomar gradualmente as cirurgias eletivas que ficaram paradas por causa da pandemia.
Sergipe iniciou há um mês o processo de flexibilização, avançando para a última fase na última sexta-feira, 28, chamada de ‘bandeira verde’. Apenas algumas atividades especiais ainda não foram liberadas – essas que serão analisadas individualmente. Parte do comércio ainda funcionar com restrições de horários, como bares e restaurantes, que agora estão autorizados das 6h às 22h.
Desde o início da flexibilização, ainda não se observou aumento considerável na taxa de ocupação dos leitos de UTI – que são fundamentais para aqueles pacientes que apresentam sintomas graves da Covid-19. Na última sexta-feira, 28, a taxa de ocupação na rede pública chegou a subir 2% (de 47% para 49%), mas voltou a cair nos dias seguintes, se mantendo no patamar de 46%. Na rede privada, a ocupação dos leitos de UTI está em 35%, a menor já vista desde o início da pandemia.
Quando se trata de leitos de enfermaria, o cenário é ainda mais tranquilo. Na rede pública, a ocupação é de 29% e na rede privada 25%.
Em entrevista coletiva na semana passada, o governador Belivaldo Chagas (PSD) afirmou que já está avaliando a desativação de alguns leitos exclusivos da Covid-19 para garantir o retorno das cirurgias eletivas. O governador declarou que a medida será adotada se o cenário de redução da ocupação de UTI continuar positivo e pediu compreensão dos sergipanos no cumprimento das medidas sanitárias.
Sergipe completa no mês de setembro seis meses desde a notificação do primeiro caso no estado. Nesse período foram registrados 72 mil casos de infecções pelo vírus, com 1.844 óbitos.
Por Ícaro Novaes