Michael Klein: o homem que transformou a Casas Bahia em queridinha da bolsa agora aluga aviões de luxo

Michael Klein: o homem que transformou a Casas Bahia em queridinha da bolsa agora aluga aviões de luxo

outubro 24, 2020 Off Por JJ

Nome completo: Michael Klein
Ocupação: Empresário
Local de nascimento: Munique, Alemanha
Data de nascimento: 27 de novembro de 1950
Fortuna: R$ 5,7 bilhões (Forbes 2016)

Quem é Michael Klein?

Nascido na Alemanha, Michael Klein chegou ao Brasil com apenas um ano de idade, trazido por seus pais Ana e Samuel. O ambiente para judeus na Europa não era seguro no pós-guerra e Samuel buscava um lugar para viver em paz após o trauma de ter sido preso em campos de concentração nazistas.

Em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, a vida da família mudou de patamar com a fundação da Casas Bahia. Aos 18 anos, Michael foi “intimado” por Samuel para começar a trabalhar no negócio da família, iniciando sua carreira como auxiliar de almoxarifado, registrando as notas de entradas e saída de produtos, além de fazer alertas sobre o nível do estoque da loja.

Filho do dono, Michael subiu no organograma da empresa até dividir a direção da rede de lojas em 2005, com seu irmão Saul. Mas um desentendimento familiar fez Michael e Samuel comprarem a parte de Saul na empresa, abrindo caminho para a fusão da Casas Bahia com o Ponto Frio, então controlado pelo Pão de Açúcar, de Abilio Diniz. Dessa fusão, em 2009, nasceu a Via Varejo.

Com a criação da megaempresa, o espaço para os Klein foi sendo reduzido. Michael, sentindo-se traído por promessas não cumpridas, forçou Abilio a renegociar os termos do contrato. Anos depois, ainda sentindo-se lesado, tentou novamente mudar o acordo, agora com o Grupo Casino, que havia tomado o controle do GPA, mas não teve sucesso. A solução foi desinvestir boa parte de seu capital na Via Varejo e procurar outros negócios.

Capitalizado, Michael acelerou os investimentos da família no setor imobiliário, que já contavam com um portfólio de centenas de imóveis alugados à própria Casas Bahia. Klein também criou sua própria empresa de aviação executiva, com as aeronaves que pertenciam à Via Varejo.

Com as dificuldades financeiras de seu controlador, o Grupo Casino, o Grupo Pão de Açúcar decidiu acelerar a venda da Via Varejo, retirando a “pílula do veneno” – uma cláusula que obrigava qualquer investidor que adquirisse mais de 20% das ações a estender a oferta aos demais acionistas – e colocando todas as suas ações em negociação.

Era o que faltava para Klein voltar a ser o sobrenome mais importante na companhia. Ele atuou diretamente na oferta das ações da empresa na B3, em 2019: dos R$ 300 milhões a R$ 500 milhões de reais que havia separado para comprar em ações, levou R$ 100 milhões (1,6% do capital da companhia). Com a saída do Casino, passou a ser o principal acionista e assumiu a presidência do conselho de administração. Mas, menos de um ano depois, deixou o cargo para que seu filho, Raphael, assumisse.

Família e formação

O filho do “Rei do Varejo” nasceu na Alemanha em 1951, quando sua família de origem judia buscava um lugar para se estabelecer no pós-guerra. Samuel, seu pai, nasceu na Polônia e foi perseguido pelos nazistas.

Samuel foi preso no campo de concentração Majdanek e, depois, em Auschwitz-Birkenau, para onde foi aos 21 anos. O ofício de carpinteiro, que aprendeu com o pai, foi o que salvou sua vida no primeiro momento. Mas foi a distração dos guardas que o permitiu fugir a pé de um dos lugares mais tenebrosos da história da humanidade. Samuel andou por 50 quilômetros até conseguir ajuda de uma família de poloneses cristãos.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, seguiu para a Alemanha, já tomada pelos Aliados, e reencontrou parte da família: seu pai Sucher e três irmãos. Sua mãe Szeva e outros cinco irmãos foram mortos ou desapareceram.

No seu recomeço, Samuel Klein conheceu a alemã Ana e os dois se casariam em 31 de dezembro de 1949. O casal se sustentava vendendo produtos para os militares que ocupavam o território alemão.

Com o nascimento de Michael, Samuel e Ana decidiram deixar a Europa. A ideia era ir para os EUA, mas a família não foi autorizada a entrar no país. Os Klein, então, seguiram para a Bolívia, que vivia uma turbulência política com o início de uma ditadura militar. Temendo o que poderia acontecer, Samuel e a família desembarcam no Brasil, em busca de paz. A encontraram em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, onde se estabeleceram.

Com faro de comerciante, Samuel sustentou a família trabalhando como mascate – comprando roupas de cama, mesa e banho no bairro paulistano do Bom Retiro, reduto de judeus e árabes, revendendo-as de porta em porta em São Caetano, a bordo de uma charrete.

O Brasil – e especialmente o estado de São Paulo – vivia, nos anos 1950, um processo de industrialização, com a chegada de fábricas e montadoras de automóveis, estimuladas pelo governo de Juscelino Kubitschek. A mão de obra para as jovens indústrias paulistas veio de todo o país, e mais especialmente, do Nordeste.

Samuel entendeu a necessidade que os migrantes tinham de comprar cobertores para enfrentar as baixas temperaturas do inverno paulistano. Com o dinheiro poupado das vendas, ele montou uma loja em São Caetano do Sul em 1957, batizando-a de Casa Bahia, para atrair e agradar à clientela nordestina. Três anos depois, a segunda loja foi inaugurada. Com isso, Samuel mudou o nome e adotou o plural. Surgia a Casas Bahia.

Samuel sempre foi um ótimo negociador e se orgulhava em dizer que “sempre comprou por 100 e vendeu por 200”. Mas, ele mesmo tendo vivido as restrições de uma guerra, também tinha um talento especial para entender como funcionavam as classes C e D. Ele sabia que os clientes queriam consumir – e pagariam em dia, se tivessem o dinheiro. Mas não tinham. Tinham apenas o nome e a honra. E a promessa de que pagariam quando o dinheiro chegasse.

Desde seus tempos de mascate, Samuel sempre topou vender o produto parcelado. Para não perder as contas, anotava as prestações e datas das cobranças em um carnê. Com isso, montou uma carteira de clientes fiéis, que conseguiam consumir mesmo sem ter crédito no mercado. Essa estratégia de venda parcelada foi o embrião do sucesso do carnê da Casas Bahia, que movimentaria bilhões de dólares nas décadas seguintes.

Carro ou emprego

O sucesso empresarial do pai possibilitou que Michael e seus irmãos, Saul, Eva e Oscar, estudassem sem precisar trabalhar ao longo de sua infância e adolescência. Mas, ao completar 18 anos de idade, seu pai o chamou para uma conversa séria: era hora do primogênito começar a trabalhar no negócio da família.

Com lábia de vendedor, Samuel tinha um argumento forte. Ele entregou a Michael um chaveiro com duas chaves: uma da gaveta do trabalho e outra do carro novo. E ele informou que as duas chaves somente andavam juntas. Se Michael não quisesse trabalhar, não teria problema, mas ele também não precisaria de carro se fosse apenas para estudar.

O truque funcionou e Michael escolheu ficar com as duas chaves e seguir os passos do pai. Para isso, ele abandonou a ideia de estudar Arquitetura, começando o curso de Administração de Empresas na Universidade Paes de Barros, atual Unicapital. E seguiu para seu primeiro dia de trabalho na Casas Bahia.

Michael Klein
(Crédito: André Douek/ Agência Estado)

Casas Bahia: do almoxarifado à presidência

Seu primeiro cargo na Casas Bahia foi como auxiliar de almoxarifado. Na época, a empresa de seu pai já tinha expandido as operações, aberto filiais e buscado o mercado de eletrodomésticos, um passo além do tradicional cama, mesa e banho.

Passavam pela mão de Michael as notas de entrada e saída dos estoques da loja, anotados em uma cartolina. Sua responsabilidade era consolidar o movimento no Kardex (sistema de controle de estoque) e enviá-lo para a contabilidade.

Enquanto “o foco no cliente” ainda não era o lema de quase todas as empresas como é hoje, a Casas Bahia lançava o slogan “Dedicação total a você”. Com o crédito dos carnês e o sucesso entre o público C e D, a empresa já contava com sete filiais em 1970.

Entendendo a importância do crédito no impulsionamento do seu negócio, a empresa comprou a financeira Intervest, enquanto Samuel ensinava aos filhos e funcionários suas técnicas pouco ortodoxas para identificar bons pagadores – a parte da população que dá valor a ter o nome limpo.

A estratégia consistia em entrevistar os clientes e perceber detalhes que confirmavam a história que eles contavam. Se o cliente dizia ser pedreiro, Samuel apertava a mão dele para sentir os calos. Se era pintor, puxava assunto para perguntar quantas latas de tinta eram necessários para pintar uma determinada parede da loja.

Em 1971, apenas três anos depois de Michael entrar na empresa, a Casas Bahia inaugurou a primeira loja na capital paulista, no bairro de Pinheiros, e no ano seguinte chegou a Santos. O crescimento acelerado veio com a aquisição de outras redes como a Lojas da Cidade, Discopa, Piratininga e a expansão na capital com unidades no centro e no bairro de Santo Amaro.

No final da década, a Casas Bahia comprou as fábricas de móveis Bartira e Bela Vista, passando a vender seus próprios armários, mesas, camas e demais mobiliários. Os anos 1980 vieram com aquisições importantes, como as 25 lojas da rede Columbia e outras 35 da Tamakavi, pertencentes ao Grupo Silvio Santos.

Chegava a hora de avançar para fora do estado de São Paulo. A Casas Bahia comprou a Casas Garson, no Rio de Janeiro, e entrou em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Nos anos 2000, a empresa aumentou ainda mais seu raio de atuação, abrindo lojas em Goiás, Distrito Federal e, finalmente, uma loja na Bahia, em Salvador.

Com o foco sempre nas classes C e D, a empresa teve que se adaptar com o tempo e a evolução do país. Michael contou à revista Veja que, no início das operações, o povo mais pobre não era alfabetizado e tinha pouca informação. Eles se prendiam ao preço final e a detalhes como altura do colchão ou tamanho do alto falante para escolher seus produtos.

“Ao longo do tempo, vender móveis e eletrônicos de baixa qualidade à classe C demonstrou ser um mau negócio por uma razão bem prática: os produtos quebravam enquanto as pessoas ainda não haviam quitado suas prestações – e elas desistiam de continuar a pagar a dívida na mesma hora”, disse Klein. Lição aprendida. A Casas Bahia passou a ofertar mais itens de marcas famosas, melhorando a qualidade do estoque à venda para agradar à clientela mais exigente e, por consequência, reduzir a inadimplência.

Venda para o Pão de Açúcar

Michael e seu irmão Saul deram expediente por décadas na empresa, subindo de cargo até dividirem posições de diretoria na empresa comandada pelo pai. Os irmãos acumularam divergências, mas Samuel sempre atuou como o fiel da balança – segundo a imprensa, o patriarca sempre privilegiava Michael, seu primogênito.

O clima entre Michael, diretor administrativo e financeiro, e Saul, diretor comercial, azedou em 2009, com uma disputa sobre a negociação com fornecedores, na saída da crise mundial, que pesou sobre o resultado da Casas Bahia. Com a briga, Saul resolveu vender sua parte na sociedade e deixar a empresa de seu pai.

Com o caminho livre, Michael e Samuel se juntaram a outro gigante do varejo para realizar a maior operação de fusão do varejo brasileiro até então. Abilio Diniz, fundador do Pão de Açúcar, havia adquirido as operações do Ponto Frio e propôs a união com a Casas Bahia para formar a Via Varejo (VVAR3).

Michael Klein e Abílio Diniz
Michael Klein e Abílio Diniz anunciam fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia (Crédito:Keiny Andrade / Agência Estado)

A operação foi anunciada em dezembro de 2009 e criou uma empresa de R$ 18,5 bilhões de faturamento, com mais de mil lojas e 68 mil funcionários. No acordo, o filho mais velho de Michael, Raphael Klein, assumiu a presidência da Via Varejo com um mandato de dois anos e Michael virou presidente do conselho de administração, que teria maioria indicada pelo Pão de Açúcar.

Desavenças entre os sócios

O sorriso no rosto da família Klein no anúncio da operação não durou muito. A forma de precificação dos ativos da Casas Bahia no contrato foi prejudicial ao subvalorizar a empresa, enquanto superavaliou o Ponto Frio, segundo os Klein. Nos cálculos da família, houve redução de R$ 2 bilhões na avaliação da Casas Bahia.

Sentindo-se traído, Michael, que havia participado ativamente das negociações, tentou negociar com o Pão de Açúcar, mas o pleito foi rejeitado, pois o contrato estava assinado e válido. Foi preciso que os Klein ameaçassem desfazer o negócio e levar a disputa com o Pão de Açúcar para uma câmara de arbitragem para que Abilio cedesse e renegociasse o contrato em julho de 2010. A solução foi Abilio aportar cerca de R$ 700 milhões na Via Varejo para tentar equilibrar o negócio.

Mas Michael e Samuel não ficaram totalmente satisfeitos com o acordo e, três anos depois, tentaram novamente renegociar o contrato. Mas àquela altura, Abilio já havia perdido uma disputa pessoal com o Grupo Casino, deixando o controle do Pão de Açúcar.

Michael também não teve sorte com os franceses. Klein chegou a procurar bancos de investimento e encomendar relatórios da KPMG para justificar o erro de avaliação dos ativos da fusão da Casas Bahia e do Ponto Frio, mas a estratégia não deu certo. Diante do impasse e da sensação de injustiça, a solução foi desinvestir. Os Klein venderam R$ 2,8 bilhões em ações da Via Varejo na bolsa, reduzindo a participação de 47% para 27%.

Da Classe C para os aviões executivos

Com a saída do dia a dia da Via Varejo, o bilionário Michael Klein não se aposentou para curtir a vida ao lado de sua esposa, Maria Alice Klein, com quem se casou em 2007.

Com bolso cheio e visão de empreendedor, Michael resolveu usar seu conhecimento no mercado imobiliário e fazer aquisições de bons ativos. Afinal, ele havia passado anos avaliando pontos de venda e de logística da Casas Bahia e sabia identificar bons negócios.

Aos poucos foi montando uma carteira avaliada em mais de R$ 5 bilhões, com imóveis alugados ao Ponto Frio, Casas Bahia, C&A e diversos outros varejistas, assim como centros de distribuição.

O objetivo? Ganhar 1% ao mês. A meta ousada para tempos mais modernos era simples para Michael. Se ele conseguisse esse percentual, o negócio seria fechado. Experiente nas crises brasileiras desde a década de 1960, ele via, em imóveis, uma forma de proteção de capital.

Voos mais altos

Mas somente comprar imóveis para imobilizar seu capital e gerar renda com aluguéis não era o único plano de Michael. Quando a Via Varejo informou que eles iriam se desfazer da frota de quatro aviões e três helicópteros que a diretoria usava para visitar as lojas, Michael viu uma oportunidade de alçar voos mais altos.

Resolveu aplicar no Brasil o modelo de negócios da NetJets, a companhia americana, controlada pela Berkshire Hathaway do renomado investidor Warren Buffett, que “fraciona” aviões entre executivos e empresas e faz a gestão do negócio. Um mesmo avião, portanto, pode ser compartilhado entre empresas e pessoas que não precisam da aeronave o tempo todo e têm interesse em ratear os custos.

Com as aeronaves da Via Varejo, nasceu em 2012 a CB Air, com foco na aviação executiva. Além do fracionamento de aeronaves e a gestão de hangares, a CB Air atendia aeroportos regionais com a flexibilidade exigida por executivos que precisam visitar mais de uma cidade fora do eixo do Sudeste-Brasília e retornar para São Paulo no mesmo dia: algo impossível em aviões de carreira.

Em 2016, após sobreviver à maior crise econômica do país e à instabilidade política que atrasou os planos de privatização de aeroportos e mudanças na regulação do setor, a CB Air comprou a Global Aviation para formar a Icon Aviation. No ano seguinte, Michael foi às compras novamente e arrematou a Morro Vermelho, dos herdeiros da Camargo Correa, acessando, assim, o concorrido e lucrativo aeroporto de Congonhas.

Em setembro de 2020, com uma frota de 19 aeronaves (entre turboélices, jatos e helicópteros), a Icon estreou na ponte aérea Congonhas-Santos Dumont, aproveitando a flexibilização das regras de aviação, que passaram a permitir a venda de assentos em voos executivos.

Além da aposta na aviação, Michael criou a CB Motors, que possui uma concessionária de veículos Mercedes-Benz em Jundiaí, no interior de São Paulo.

A retomada da Via Varejo

A gestão da francesa Casino à frente da Via Varejo não recebeu muitos elogios de Michael Klein. Para ele, a dona do Pão de Açúcar deveria ter dado prioridade ao braço formado pela Casa Bahia e Ponto Frio e ter conhecimento do ramo de eletrodomésticos para fazer o negócio prosperar. Com o passar dos anos, a Via Varejo perdeu mercado e ficou para trás no promissor segmento do e-commerce, sendo superado pela Magazine Luiza e a B2W.

Em 2016, o Casino contratou bancos para colocar à venda o seu controle da Via Varejo. Michael se interessou, mas os sócios não chegaram a um acordo. Na ocasião, Klein lembrou que seu pai, Samuel, falecido em 2014, tinha lhe ensinado a sempre comprar com desconto. Então, era isso que Michael iria fazer: retomar a empresa que seu pai construiu. E com desconto.

A oportunidade para o retorno à Via Varejo ocorreu em junho de 2019, quando ele participou do desinvestimento do Grupo Pão de Açúcar, que despejou na bolsa todos os 36,2% que detinha na companhia.

Via Varejo - Nova Gestão de 2019
Via Varejo comunica que Michael Klein será o novo presidente do conselho de administração (Junho de 2019 – Foto de divulgação)

Preparado para desembolsar até meio bilhão de reais para garantir o controle, a conta saiu mais barata: ele pagou R$ 100 milhões para expandir sua posição na empresa e trouxe consigo fundos renomados como Squadra, Kapitalo, Truxt, JGP e a XP Asset para adquirir o restante da oferta de R$ 2,3 bilhões. Assim, Michael ficou com quase 40% da companhia, controlados pelos fundos ligados à família Klein, enquanto o restante do capital ficou diluído.

Com o controle, fez uma dança das cadeiras na diretoria para imprimir a virada que queria na empresa. Trouxe de volta para a presidência Roberto Fulcherberguer, assim como executivos com passagens nos concorrentes como Abel Ornelas, ex-diretor do Magazine Luiza, da Pernambucanas e do Grupo Pão de Açúcar e Sérgio Augusto França Leme, que já ocupou o cargo de diretor de vendas e logística da unidade de eletrodomésticos da Whirlpool, e foi escolhido para o cargo de vice-presidente administrativo.

Como principal acionista da empresa, ele assumiu a presidência do conselho de administração por um ano, mas deixou o cargo em junho de 2020 para dar lugar ao seu filho Raphael. A Casas Bahia voltou a ser um negócio de família.

Para saber mais

  • Samuel Klein e Casas Bahia: uma Trajetória de Sucesso (Elias Awad)
  • “Classe C adora verniz no móvel” (Entrevista Veja 22/06/2008)
  • “Meu pai me ensinou a comprar com desconto” (Entrevista Estadão 16/0)
  • Instituto Samuel Klein