Mercado vê queda de 5,28% do PIB este ano, mostra Focus
agosto 31, 2020SÃO PAULO – O mercado financeiro revisou, pela nona semana consecutiva, as projeções para o desempenho da economia brasileira e agora vê uma queda menor para o PIB este ano, de 5,28%.
Na última semana, a estimativa era de contração de 5,46% da atividade.
De acordo com o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (31), a expectativa é de que, depois do baque provocado pela epidemia de coronavírus, a atividade brasileira cresça 3,50% em 2021.
Com relação à taxa básica de juros, as projeções referentes a dezembro de 2021 foram cortadas, de 3,00% para 2,88% ao ano, mas mantidas no patamar de 2,00% ao ano ao fim deste ano.
Houve ainda alteração na projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, com elevação de 1,71% para 1,77%, com a expectativa para o indicador mantida em 3,00%, em 2021.
Por fim, no câmbio, o mercado financeiro vê o dólar a R$ 5,25 este ano (ante R$ 5,20 no Focus anterior), com a moeda americana encerrando o próximo ano cotada a R$ 5,00, sem alterações.
Top 5
Entre os economistas consultados pelo Banco Central que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, as projeções para a taxa Selic e inflação também foram modificadas.
Segundo o grupo, a expectativa é de que a taxa básica de juros termine 2020 em 1,75% ao ano, abaixo do patamar de 1,88% a.a. esperado anteriormente. Para 2021, a estimativa para a Selic se manteve em 2,00% ao ano.
No que tange às projeções para a inflação, houve leve alta da estimativa de 2020, de 1,63% para 1,64%, e de 2021, de 2,89% para 3,00%.
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Já no câmbio, os economistas seguem esperando o dólar a R$ 5,30, em dezembro, e a R$ 5,20, ao fim do próximo ano.
Em meio às preocupações com um descontrole fiscal no país, os investidores monitoram hoje o fim o prazo de entrega do Orçamento de 2021, que enfrenta vários desafios, como a regra do teto de gastos e o fato de que comissões deliberativas no Congresso estão paralisadas devido à pandemia.
Diante de divergências sobre o Renda Brasil – que deve substituir o Bolsa Família –, existe uma expectativa de que o programa ficará de fora da proposta.
Já a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro é aguardada para amanhã.
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