Mercado financeiro vê queda de 5,31% para o PIB este ano, mostra Focus
setembro 8, 2020SÃO PAULO – Após nove semanas consecutivas de revisões para cima das projeções para a economia brasileira, o mercado financeiro voltou a ver uma contração maior do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, de 5,31%, levemente acima da queda de 5,28% esperada anteriormente. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta terça-feira (8).
A revisão vem após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar na semana passada uma queda de 9,7% do PIB no segundo trimestre de 2020 na comparação com os primeiros três meses do ano. A contração, reflexo do forte impacto da pandemia, foi maior que a esperada pelos economistas consultados pela Bloomberg, de 9,2%.⠀
Já em relação ao segundo trimestre de 2019, o PIB caiu 11,4%, desempenho também pior que o esperado, de queda de 10,7%. Segundo o IBGE, ambas as quedas foram as mais intensas da série histórica, iniciada em 1996.
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Ainda de acordo com o Focus, passada a pandemia, a atividade brasileira deverá crescer 3,50% em 2021, sem mudanças em relação ao último levantamento.
Com relação às expectativas para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estas ficaram praticamente estáveis para 2020, ao subir de 1,77% para 1,78%, se mantendo em 3,00% para 2021.
Já os demais indicadores não sofreram alterações no relatório do BC desta semana.
Os economistas ouvidos pela autoridade monetária esperam que a taxa Selic encerre este ano em 2,00%, e suba para 2,88% em dezembro de 2021.
Por fim, no câmbio, a projeção é de que o dólar termine 2020 cotado a R$ 5,25, e 2021 a R$ 5,00.
Top 5
Entre os economistas consultados pelo BC que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, apenas as projeções para a taxa Selic foram modificadas.
Agora, a expectativa do grupo é de que a taxa básica de juros encerre o ano a 1,88% (ante 1,75% na semana passada), e suba para 2,00%, em 2021.
Para a inflação, as estimativas se mantiveram em alta de 1,64%, neste ano, e de 3,00%, no próximo.
Já no câmbio, os economistas do top 5 seguem esperando o dólar a R$ 5,30, em dezembro, e a R$ 5,20, ao fim do próximo ano.
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