Justiça bloqueia decisão de Trump sobre app chinês TikTok

Justiça bloqueia decisão de Trump sobre app chinês TikTok

setembro 28, 2020 Off Por JJ

Imagem de tela de celular com os ícones de TikTok e Instagram lado a lado
(Shutterstock)

WASHINGTON, 28 SET (ANSA) – Um juiz de Washington bloqueou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de proibir downloads do aplicativo chinês TikTok no fim da noite deste domingo (27). O juiz distrital Carl Nichols acatou um recurso da ByteDance e impediu que a determinação do mandatário entrasse em vigor horas antes do prazo dado por um decreto acabar.

Conforme o decreto, a partir das 23h59 do domingo, os norte-americanos não poderiam mais baixar os apps chineses TikTok e WeChat.

No caso do primeiro, os cidadãos poderiam manter o aplicativo nos celulares, porém com menos atualizações, até que um acordo entre a ByteDance e a Oracle fosse avaliado. Caso a venda de 20% das ações não se concretize, o aplicativo parará de funcionar nos EUA em 12 de novembro. Já o segundo, praticamente, foi banido do país.

A negociação entre a empresa norte-americana e a chinesa, inclusive, foi levada em consideração por Nichols, que negou a parte da ação em que a Byte Dance solicitava também sustar a regra para novembro porque não cabia “neste momento”.

O episódio envolvendo os apps chineses é mais uma parte da guerra de Trump contra a China em diversos campos: econômico, tecnológico, político e diplomático. Para Washington, os aplicativos “violariam” os dados pessoais dos norte-americanos, que seriam enviados diretamente para Pequim, e seriam um problema de “segurança nacional”.

Além da briga com os dois aplicativos, o governo do republicano aplicou sanções contra a gigante chinesa Huawei – afetando o avanço da rede 5G da empresa no país. Já no campo diplomático, a briga chegou a causar o fechamento do consulado chinês em Houston – o que foi respondido por Pequim com o encerramento das atividades da rede consular em Chengdu.

Washington também aplicou dezenas de sanções políticas e econômicas por outras questões, como nos casos dos problemas políticos em Hong Kong, de violação dos direitos humanos contra a minoria uigur em Xinjiang ou ainda com a invasão de espaço área em uma área de treinamentos do Exército chinês. Por sua vez, Pequim respondeu a todas as medidas no mesmo tom. (ANSA).

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