Já anêmico, apetite de investidores por risco desaba em meio a preocupação com fiscal
outubro 16, 2024A preocupação com as contas públicas minou o interesse dos investidores por ativos de risco em outubro, segundo mostra novo levantamento da XP com escritórios credenciados divulgada na terça-feira (15).
De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 7 e 13 deste mês, houve forte queda de 29% para 19% na intenção de aumentar exposição em renda variável, quando comparada a setembro. Já o desejo de reduzir exposição na classe cresceu de 8% para 15%. Os percentuais de alocação das carteiras em renda variável também recuaram.
O fiscal, os juros mais altos e a situação geopolítica foram apontados como os maiores riscos para a Bolsa brasileira. Segundo clientes dos escritórios de assessoria, a redução em riscos de política fiscal no Brasil é indicada como o principal fator que levaria ao aumento do apetite por risco.
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Diante da Selic em alta e com o mercado precificando uma extensão do novo ciclo de aperto monetário, a renda fixa e os fundos de renda fixa seguem captando mais interesse dos investidores, com 74% e 72% da preferência, respectivamente.
Já a busca por Fundos Imobiliários teve queda considerável, de 56% para 40%. O desejo em aplicar especificamente em ações, por sua vez, foi outro que recuou forte, de 40% em setembro para 28% em outubro.
Os números acompanham um sentimento mais negativo dos próprios assessores em relação à Bolsa, que piorou em outubro. Segundo a sondagem, que teve 151 respostas, 52% deram nota 7 ou maior na escala de sentimento, que vai de 0 a 10, ante 58% no mês anterior.
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Por outro lado, as projeções dos assessores para o Ibovespa ficaram estáveis na passagem de um mês para o outro. A maioria (41%) indicou que o Ibovespa deve chegar a um nível entre 130 mil e 140 mil pontos nos próximos 12 meses, com a média das respostas apontando alvo de 138 mil pontos, similar ao mês passado. Já a porcentagem dos que projetam o Ibovespa abaixo dos 120 mil pontos na mesma janela diminuiu 1 ponto, para 3%. Os mais otimistas, que esperam o Ibovespa acima de 150 mil pontos, permanecem em 10%.