IPO: você sabe surfar essa onda?

IPO: você sabe surfar essa onda?

fevereiro 26, 2021 Off Por JJ

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(porcorex/Getty Images)

“Mar calmo nunca fez bom marinheiro”. Essa frase poderia ser de qualquer amante do mercado financeiro. Afinal, momentos de agito trazem oportunidades com a maré.

Por ora, o mercado brasileiro anda bem agitado. Além de um noticiário no mínimo emocionante, fevereiro trouxe também a onda dos IPOs – em português, Oferta Pública Inicial.

O evento acontece quando uma empresa decide abrir o capital e passa a ter as suas ações negociadas publicamente na Bolsa de Valores.

Já foram 13 ofertas em 2021, sendo 12 só em fevereiro, e há mais 37 empresas que deram entrada no processo de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado de valores no Brasil.

Esse número de fato chama a atenção se lembrarmos que, entre 2012 e 2019, nenhum ano teve mais de dez ofertas.

Você está acompanhando essa onda? Aqui vão algumas dicas para acompanhar de perto os IPOs e estar bem posicionado caso decida aproveitar as oportunidades.

1. Saber quais IPOs estão para acontecer

As negociações sobre as ofertas passam a ser públicas quando a empresa dá entrada no processo de emissão junto à CVM. Dessa forma, a principal fonte de informação sobre as potenciais ofertas é a CVM.

Neste link é possível acompanhar as ofertas que estão em análise. Vale lembrar que não necessariamente todas vão se concretizar, pois a empresa pode decidir interromper ou cancelar o IPO no meio do processo.

2. Buscar informações sobre os IPOs que interessam a você

Entrar em um IPO significa acompanhar a empresa desde o início de suas negociações na Bolsa, o que pode ser uma ótima oportunidade de capturar o crescimento da companhia por meio da valorização das ações.

Mas isso não quer dizer que qualquer IPO é uma boa oportunidade. Afinal, para essa valorização acontecer, a empresa tem de gerar valor no longo prazo.

Dessa forma, a decisão de entrar em um IPO é muito parecida com a de qualquer outro investimento: entender se aquele negócio faz sentido e tem potencial.

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Entretanto, um IPO traz alguns pontos de atenção.

Primeiro: ele é feito para a empresa captar recursos. Então, vale entender o que a companhia pretende fazer com o capital levantado.

Outro ponto de atenção é o histórico inexistente de informação sobre o desempenho de uma ação que ainda não é negociada.

E, por último, é mais complicado encontrar dados e informações: há cada vez mais material de diferentes casas de análise, mas se, compararmos com a quantidade de relatórios sobre ações já negociadas, normalmente há menos informação disponível.

3. Conhecer o processo

Em um IPO, o valor da ação é definido na data do bookbuilding, que é como é conhecido o processo de formação do preço de estreia da ação.

Esse preço é determinado basicamente pela relação entre a quantidade de ações ofertadas pela companhia e a demanda por elas.

O bookbuilding acontece depois do período de reserva. Até esse momento, a informação mais próxima que se tem é o intervalo de preço referência, fornecido pelo banco responsável pela emissão.

Os relatórios das casas de análise podem ajudar com projeções de preço-alvo para determinada oferta.

4. Saber como participar

O primeiro ponto é ter uma conta aberta em uma corretora, já que ela intermediará o processo.

Na plataforma de reservas, está disponível o prospecto da operação e os dados da empresa e da oferta: como os investimentos mínimo e máximo, o prazo para encerramento das reservas e a data de início das negociações.

Importante lembrar que todas essas informações são definidas pela empresa. Ou seja, elas são as mesmas para qualquer investidor pessoa física em qualquer corretora.

Na própria área da oferta, é possível fazer a reserva da intenção de compra: o valor total que deseja investir e o preço máximo que está disposto a pagar em cada ação.

Importante saber que a reserva não pode ser cancelada após o seu período expirar.

Pronto? Peguei a onda?

Depois do período de reserva, quando todos os investidores sugeriram seu valor de compra, acontece a precificação, em que é definido o valor da ação e a alocação dos investidores.

Caso o seu preço máximo tenha sido inferior ao valor definido no bookbuilding, você não será alocado. Vale lembrar que todos os investidores que forem alocados vão pagar o mesmo preço pela ação.

Pode acontecer também de o investidor não conseguir alocar todo o dinheiro que desejava. Isso ocorre caso a demanda tenha sido maior que a oferta.

Nesse cenário, normalmente é feito o rateio, e cada pessoa física investe um percentual do que foi reservado.

Agora sim! Você está preparado para pegar essa onda e surfar o mar de oportunidade que as novas entrantes na bolsa estão formando.

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