Infectologista fala da proteção contra covid-19 em locais públicos

Infectologista fala da proteção contra covid-19 em locais públicos

novembro 17, 2020 Off Por JJ

Em ambientes públicos como cinemas os cuidados devem ser redobrados. (Foto: Marcelle cristinne)

Com a redução da média móvel de novas infecções e mortes pela covid-19, os governos, tanto na esfera municipal quanto estadual, mediante aval das autoridades sanitárias, vêm adotando medidas para a retomada gradual das atividades econômicas e sociais, a exemplo da reabertura de shoppings e espaços públicos de lazer, como parques, praias, e até mesmo cinemas.

Contudo, essa flexibilização, conforme recomendação do Ministério da Saúde, não deve ser motivo, por parte da população, para o relaxamento das medidas de proteção individual ou o errôneo entendimento de que a pandemia já foi embora. Nada disso.

Mesmo diante do turbilhão de informações que são publicadas diariamente nos veículos de comunicação e por autoridades governamentais, ainda há muitos questionamentos sobre os cuidados que as pessoas devem ter para evitar a contaminação.

Enquanto as autoridades sanitárias se debruçam na busca ativa por uma ação mais efetiva contra o vírus, a exemplo da criação de uma vacina, é preciso, conforme a infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju, Fabrízia Tavares, continuar com as medidas de distanciamento social, uso correto de máscaras faciais, lavagem das mãos com água e sabão, ou álcool em gel, além de evitar aglomerações.

“Em ambientes abertos como praias e parques, a orientação é que se mantenham os mesmos cuidados de higienização, de distanciamento, de utilização de máscaras. É recomendado também que as pessoas atentem para não frequentar locais públicos onde haja aglomeração. Temos visto desrespeito, nesse sentido, de donos de restaurantes, bares, de espaços culturais onde a gente percebe aglomeração de pessoas”, coloca a infectologista.

Consciência

Fabrízia reforça a necessidade de a população não esquecer as medidas de segurança e destaca que é preciso ter mais consciência. “As pessoas devem entender que essas precauções devem fazer parte do nosso dia a dia por muito tempo. Então, nós temos que nos habituar a tê-las, mantendo distanciamento, usando máscaras, higienizando as mãos com frequência, e evitando cumprimentos com as mãos. A gente orienta que as pessoas tenham consciência para o que chamamos de mudança de comportamento sanitário”, destaca.

Em ambientes públicos como cinemas, explica a infectologista, os cuidados devem ser redobrados. “O ideal é que a pessoa não se alimente nesses ambientes para evitar retirar a máscara, além de permanecer com a máscara o tempo todo. Também é preciso observar se o estabelecimento está obedecendo o distanciamento entre as poltronas de, pelo menos,um metro, e se tem disponíveis cartazes e instruções para os usuários na questão da manutenção da máscara e da manutenção dos cuidados da etiqueta respiratória, com a higienização mais frequente das mãos. A própria população tem que estar se policiando com relação a essas medidas e policiando, também, os estabelecimentos para saber se eles estão cumprindo esses protocolos”, orienta.

Segunda onda

Fabrízia também alerta sobre uma possível segunda onda de infecção e, diante disso, pede que a sociedade fique atenta. “A gente pede que as pessoas se sensibilizem e entendam que precisam mudar o comportamento, os hábitos. Podemos ter ainda retorno do aumento do número de casos, porque o comportamento das pessoas mostra isso, em virtude do descumprimento dos cuidados”, salienta.

Painel covid-19