IGP-DI acelera a 3,68% em outubro ante 3,30% em setembro, afirma FGV
novembro 6, 2020
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) intensificou a alta a 3,68% em outubro, contra 3,30% em setembro, superando o teto das estimativas coletadas na pesquisa do Projeções Broadcast, que indicava alta de 3,50% (piso de 2,76%, com mediana de 3,23%).
O IGP-DI foi divulgado nesta sexta-feira, 6, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 19,02% no ano. Em 12 meses, a taxa ficou em 22,12%.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 4,86% em outubro, ante 4,38% em setembro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, desacelerou a 0,65%, ante 0,82% em setembro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 1,73% no mês passado, contra 1,16%.
Os bens finais tiveram alta de 2,95% em outubro, ante 2,74% no mês anterior, e os bens intermediários subiram 4,43%, contra 3,21% em setembro. Já as matérias-primas brutas ficaram praticamente estáveis, em alta de 6,78% em outubro, após 6,77% em setembro.
O núcleo do IPC-DI teve desaceleração em outubro, arrefeceu a 0,17% contra elevação de 0,22% em setembro, informou a FGV.
IPAs
O Índice de Preços ao Produtor Amplo agrícola saiu de um crescimento de 8,57% em setembro para alta de 9,51% em outubro, informou a FGV. Já os produtos industriais avançavam a 2,99%, na comparação com 2,78% em setembro.
Na análise por estágios de processamento no IPA, a taxa do grupo bens finais subiu de 2,74% em setembro para 2,95% em outubro.
O principal responsável por este avanço, explica a FGV, foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 2,86% para 11,05%. O índice de bens finais, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 2,19% em outubro, contra 2,97% em setembro.
“O aumento dos preços de commodities importantes vem sustentando repasses na cadeia produtiva que estão contribuindo para aceleração de bens intermediários (3,21% para 4,43%) e bens finais (2,74% para 2,95%). Este movimento também influencia os preços de materiais e equipamentos para a construção civil que subiram 4,15% nesta apuração”, afirmou em nota André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
As matérias-primas brutas subiram 6,78% em outubro. Em setembro, a taxa havia sido de 6,77%. Contribuíram para o movimento da taxa do grupo os seguintes itens: soja em grão (12,88% para 15,82%), milho em grão (10,31% para 17,32%) e algodão em caroço (7,27).