Ibovespa Futuro sobe com esperança por vacina contra o coronavírus; dólar futuro cai a R$ 5,32

Ibovespa Futuro sobe com esperança por vacina contra o coronavírus; dólar futuro cai a R$ 5,32

julho 15, 2020 Off Por JJ

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(Shutterstock)

SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (15) com esperanças de uma vacina contra o coronavírus. A empresa de biotecnologia Moderna informou, na terça-feira, que a vacina que está desenvolvendo contra a Covid-19 induziu respostas de anticorpos em todas as 45 pessoas que participaram do teste.

As ações da Moderna disparam 15% no pré-market de Nova York ao mesmo tempo em que papéis expostos a uma recuperação econômica pós-pandemia também registram ganhos. Destaque para os ganhos em torno de 7% das companhias aéreas American Airlines e United Airlines.

Não obstante o otimismo com a vacina, Mark Nash, responsável pela área de renda fixa global na Merian Global Investors, lembra que ainda há um temor muito grande de uma recuperação econômica em formato de W, ainda mais com o avanço do coronavírus em locais que tomaram medidas de relaxamento do isolamento social.

Às 09h06 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para agosto subia 1,45% a 101.910 pontos.

Já o dólar futuro para agosto tem queda de 0,94% a R$ 5,324.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai um ponto-base a 3,01%, o DI para janeiro de 2023 perde dois pontos-base a 4,09% e o DI para janeiro de 2025 recua quatro pontos-base a 5,55%.

Por aqui, seguem as discussões para a criação de novos impostos que possam dar suporte ao novo programa de distribuição de renda do governo e à desoneração da folha de pagamentos.

A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) estuda a criação de um tributo aos moldes da antiga CPMF para custear o Renda Brasil.

Há também a iniciativa de um tributo sobre pagamento, em especial aqueles sobre as vendas do comércio eletrônico. A ideia é de uma alíquota de 0,2% que poderia arrecadar mais de R$ 100 bilhões aos cofres públicos.

Já na Ásia, há tensão após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que vai eliminar a preferência dada ao território de Hong Kong. O motivo para o fim do acordo é a nova Lei de Seguridade Nacional imposta pela China.

O Ministério de Relações Exteriores chinês reagiu, afirmando que o governo americano tentava interferir em assuntos internos e que estava cometendo um erro.

Fake news

A Polícia Federal quer ter acesso a todos os dados da investigação que o Facebook fez ao excluir contas consideradas inautênticas. O pedido, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, foi feito no âmbito do inquérito que apura o financiamento dos atos antidemocráticos, cuja relatoria é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A PF argumenta no pedido que a determinação à rede social deve ocorrer de maneira urgente, para que as pessoas envolvidas com as contas removidas não tenham tempo de se desfazer dos dados.

Nova CPMF e Imposto digital

O ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha junto com líderes do centrão para tentar diminuir a aversão dos congressistas a um projeto que implemente uma contribuição sobre as movimentações financeiras, aos moldes da antiga CPMF. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a ideia é que a nova contribuição ajude a bancar o projeto social do governo, o Renda Brasil.

A tentativa será discutir uma alíquota baixa para a nova contribuição, isentando pessoas com renda de até 2 ou 2,5 salários mínimos.

Guedes também quer criar um sobre pagamentos para ser aplicado, sobretudo, às compras do comércio eletrônico. A alíquota, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, seria de 0,2% e que seria uma alternativa à tributação sobre salários.

A expectativa é que a medida possa arrecadar mais de R$ 100 bilhões. O comércio eletrônico tem apresentado crescimento em meio à pandemia do novo coronavírus.

Ainda em destaque, a reforma tributária será analisada por uma comissão especial da Câmara que deve voltar a reunir-se a partir desta quarta-feira, enquanto a PEC que torna o Fundeb permanente pode ser votada no Plenário na semana que vem, segundo informações da Agência Câmara.

Radar corporativo

A Lojas Americanas levantou R$ 7,87 bilhões em seu “follow on”. As ações ordinárias saíram a R$ 34,50 reais e as ordinárias a R$ 29,78.

Os recursos serão utilizados para capitalizar a controlada B2W, dona de sites de comércio eletrônico como Americanas.com, além de investimentos na Ame Digital e na expansão dos negócios.

E a Petrobras manteve sua meta de endividamento bruto para 2020, mas o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, afirmou que ela pode ser superada.

A companhia espera uma queda a R$ 60 bilhões, mas sem especificar quando a meta deve ser atingida.

Apesar dos atrasos de cronograma, a estatal não alterou planos de desinvestimentos e deve anunciar novidades na venda de ativos nos próximos meses, acrescentou o executivo, segundo a agência Reuters.

Já a BR Distribuidora informou que retomou a comercialização de gasolina de aviação após uma paralisação preventiva no fornecimento pela Petrobras, sua única provedora do combustível.

A suspensão foi adotada após a estatal detectar, no sábado, um lote de gasolina para aeronaves (AVGAS) com teor de compostos aromáticos diferente dos lotes até então importados, embora dentro dos requisitos de qualidade exigidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A BR informou que a retomada das vendas ocorre após a Petrobras oferecer informações técnicas que permitem a identificação exata desse lote.

E no mercado externo a Braskem, por meio da Braskem Netherlands Finance, prepara uma emissão de notas subordinadas no mercado internacional. A operação busca US$ 500 milhões, segundo informações do jornal “Valor Econômico”.

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