Ibovespa Futuro opera entre perdas e ganhos acima dos 100 mil pontos com atenção a sinais de retomada
julho 9, 2020SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre entre perdas e ganhos nesta quinta-feira (9) depois de superar os 100 mil pontos no after-market da véspera, o que enche os investidores de expectativa para o índice à vista. No noticiário, o que puxa o desempenho positivo das bolsas europeias são os sinais de recuperação econômica depois do balanço forte da companhia SAP.
Já os futuros dos índices americanos operam sem direção certa em meio a espera por dados de seguro-desemprego no país. Os EUA enfrentam preocupações com o aumento dos casos do novo coronavírus, em especial nos estados da Florida e Arizona.
Às 09h08 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para agosto tinha leve variação positiva de 0,03% a 100.170 pontos.
Já o dólar futuro para agosto cai 0,52% a R$ 5,314.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 opera estável a 3,10%, o DI para janeiro de 2023 perde um ponto-base a 4,18% e o DI para janeiro de 2025 recua dois pontos-base a 5,67%.
Vale destacar que esta quinta seria feriado no Estado de São Paulo, já que a data relembra a Revolução Constitucionalista de 1932. O dia virou uma das datas cívicas mais importantes em São Paulo e, por isso, é comemorado como feriado estadual até hoje.
Com o avanço da pandemia do novo coronavírus no país, porém, o feriado foi antecipado em todo o estado para maio, com o objetivo de aumentar o isolamento social. Logo, esta quinta será um dia útil e o funcionamento da B3, do transporte público, de bancos, do comércio, dos correios e supermercados será normal.
Porto de Santos
Uma disputa entre a Marimex, empresa que armazena contêineres no porto de Santos (SP), e o Ministério da Infraestrutura ameaça prejudicar os próximos leilões de terminais de cargas, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.
Dois desses certames estão previstos para ocorrer ao final de agosto.
Na avaliação do governo, interessados podem desistir e os lances remanescentes ficarem abaixo do esperado caso persistam as incertezas jurídicas sobre a saída da Marimex do porto paulista.
No centro da disputa está a prorrogação de um contrato de 20 anos da empresa com a União que expirou no início de maio e não foi renovado. A discussão já foi parar no STF. A Marimex tenta manter a operação, mas no local dos armazéns da empresa o governo quer a construção de um complexo de linhas ferroviárias para facilitar o escoamento de cargas.
Derrubada de veto
O governo se esforça para convencer o Congresso Nacional a não derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha para 17 setores até o fim de 2021, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.
A estratégia é tentar discutir o tema dentro da proposta de reforma tributária que será encaminha pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia).
Ainda no radar político, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, se reúne com o vice-presidente Hamilton Mourão, também coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, e investidores internacionais. Empresas e investidores têm cobrado de Mourão medidas para redução do desmatamento no país. A reunião ocorre às 10h no Palácio do Planalto, segundo a agenda oficial de Campos Neto.
Panorama corporativo
A Latam Brasil entrou com o pedido de recuperação judicial (chapter 11), nesta quinta-feira, nos Estados Unidos. O grupo Latam e suas afiliadas no Chile, no Peru, na Colômbia, no Equador e nos Estados Unidos já haviam pedido a proteção contra credores em Nova York em 26 de maio, mas a unidade brasileira havia ficado de fora.
A unidade brasileira havia ficado de fora à espera de uma negociação de empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que não saiu até o momento.
Uma das razões para entrar no pedido de recuperação judicial do grupo é as regras americanas permitem um melhor acesso a novos financiamentos. Um mecanismo conhecido como DIP (Debtor in Possession) em que um novo credor tem privilégio de recebimento dos valores, passando na frente dos credores antigos.
O IRB Brasil anunciou que o Conselho de Administração aprovou um aumento de capital da companhia de, no mínimo, R$ 2,1 bilhões e, no máximo, R$ 2,3 bilhões que será feito por meio da emissão de ações.
Bradesco e Itaú seguros, que já são acionistas da empresa, se comprometeram a acompanhar o aumento de capital de acordo com suas atuais participações, respectivamente, 15,4% e 11,3%. Isso significa que o aporte dos dois bancos será de, no mínimo, R$ 355,056 milhões e R$ 259,727 milhões. Dessa forma, eles garantem que não terão a participação diluída.
Nessa operação, o preço da ação será de R$ 6,93.
Ainda sobre ofertas, ocorre nesta quinta-feira a fixação dos preços da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Ambipar.
(Com Bloomberg)
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