Hedge funds apostaram em tecnologia antes de 4º trimestre imprevisível
novembro 17, 2020
(Bloomberg) — Hedge funds, em sua maioria, optaram pela segurança das ações de tecnologia no terceiro trimestre, enquanto se aproximava a incerteza sobre os resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos neste mês.
Caso tenham mantido as apostas, terá valido a pena, já que o Nasdaq acumula alta de 6,8% desde setembro.
A Coatue Management dobrou o número de ações da Tesla no portfólio nos três meses encerrados em 30 de setembro, tornando a fabricante de veículos elétricos sua segunda maior posição divulgada publicamente. A ação da montadora disparou no final do pregão de segunda-feira, depois do anúncio de que a Tesla será incluída no S&P 500 no próximo mês.
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A Melvin Capital Management, de Gabe Plotkin, comprou outros 2,5 milhões de ações da empresa de viagens online Expedia. A Lone Pine Capital, de Stephen Mandel, apostou no segmento “fique em casa” com a DocuSign e adquiriu mais ações da Shopify, Facebook, Microsoft e Netflix.
Também houve alguns cortes de posições de destaque.
A D1 Capital, de Dan Sundheim, reduziu sua participação na Netflix em 89% no terceiro trimestre, com a venda de mais de 951 mil ações. A decisão surpreende, já que Sundheim há muito tempo tem uma visão otimista do serviço de streaming online e, no ano passado, disse que o preço da ação poderia atingir US$ 1.000.
A medida se mostrou intuitiva até agora: os papéis da Netflix acumulam baixa de 4,2% no quarto trimestre, tendo fechado o pregão de segunda-feira a US$ 479,10.
Amazon, Zoom
A Lone Pine cortou posições na Amazon.com e Zoom Video Communications e reduziu sua participação na Salesforce.com. Maverick, Viking e Tiger também reduziram participações na Salesforce. A Appaloosa Management, de David Tepper, Viking e D1 reduziram ou liquidaram suas posições na Amazon.
Não está claro se os fundos que reduziram a exposição a algumas ações de tecnologia o fizeram porque se tornaram pessimistas em relação aos investimentos ou se faz parte de um plano de exposição do portfólio para gerenciar o risco associado a papéis em alta.
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