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Governo não vai usar aeronaves brasileiras para buscar deportados, diz Mauro Vieira
janeiro 29, 2025O governo do Brasil não vai usar aeronaves da Força Aérea Brasileira para buscar cidadãos deportados dos Estados Unidos, disse nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, mas vai buscar o governo norte-americano para abrir uma negociação que tente garantir segurança e conforto mínimo aos repatriados.
“Não foi cogitado e não será feito uso da Força Aérea Brasileira. Essa é uma questão do governo norte-americano”, disse Vieira depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar dos deportados.
De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, o uso das aeronaves chegou a ser cogitado pelos militares, mas a postura do governo brasileiro é de que são os Estados Unidos que querem deportar, então eles têm que assumir a operação. O papel do Brasil é garantir que haja segurança e condições adequadas.
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Na segunda-feira, o encarregado de negócios da embaixada norte-americana, Gabriel Escobar, foi chamado ao Itamaraty para uma conversa sobre as condições enfrentadas pelos brasileiros no voo que chegou a Manaus, na sexta-feira, e abriu a crise sobre o transporte dos deportados.
Ainda não há resposta do governo dos Estados Unidos sobre a proposta brasileira, mas Vieira diz que “a intenção é conversar com autoridades norte-americanas sobre como fazer o transporte de maneira digna e humana”.
Além disso, de acordo com a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, o governo vai criar um posto de acolhimento no aeroporto de Cofins, na zona metropolitana de Belo Horizonte, onde chegam a maior parte dos voos de deportados — em média, nos últimos anos, foram entre 13 e 14 voos. A intenção, segundo a ministra, é apoiar os repatriados na volta ao Brasil, com auxílio inclusive para reinserção no mercado de trabalho.
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Operação Acolhida
O governo brasileiro definiu também que manterá o financiamento das ações da Operação Acolhida, em Roraima, de recepção aos imigrantes venezuelanos, depois que o governo norte-americano suspendeu o repasse de recursos para agências das Nações Unidas, inclusive a Organização Internacional de Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
De acordo com informações das organizações, a OIM foi a mais afetada, com cerca de 60% dos recursos vindos dos repasses norte-americanos. Já o Acnur teria outras fontes de financiamento.
O governo brasileiro garantiu o financiamento das ações em Roraima, onde cerca de 500 venezuelanos ainda entram por dia no Brasil, pelo menos até que as agências consigam repor o financiamento.