Goldman Sachs reitera PRIO (PRIO3) como top pick no setor de petróleo, após semana tumultuada para setor de óleo e gás

Goldman Sachs reitera PRIO (PRIO3) como top pick no setor de petróleo, após semana tumultuada para setor de óleo e gás

março 6, 2023 Off Por JJ

Depois de uma semana agitada para o setor de petróleo e gás brasileiro, com a criação de impostos sobre exportação de petróleo, pedido de suspensão de venda de ativos da Petrobras (PETR3;PETR4), balanços de PRIO (PRIO3) e da estatal, o Goldman Sachs atualizou suas perspectivas sobre as petrolíferas, reiterando PRIO como top pick do segmento.

O banco americano pontuou que os preços das ações do setor reagiram negativamente, caindo em média 7% desde segunda-feira (27). No entanto, a 3R (RRRP3) caiu 16% enquanto PRIO, PetroRecôncavo (RECV3) e Petrobras caíram 4% em média (entre 2% e 6%) e o Ibovespa caiu 2%.

Segundo analistas, o movimento de baixa mais acentuado registrado pelos papéis da 3R pode ser atribuído à incerteza relacionada a aquisição do cluster Potiguar (30% da produção 3R).

Analistas também lembraram que a PetroRecôncavo já teve desempenho inferior este ano antes da semana passada, pois investidores ficaram menos otimistas com o potencial fechamento da aquisição da Bahia Terra. Dessa forma, qualquer notícia incremental na direção da possível aquisição da Potiguar pode levar a um desempenho superior da ações da 3R versus seus pares.

Por outro lado, vale destacar que o Bank of America tirou PRIO e PetroReconcavo em sua carteira para América Latina, além de manter underweight (exposição abaixo da média) em Petrobras (PETR3;PETR4).

As manchetes do setor no Brasil centraram nos últimos dias sobre a nova tributação sobre as exportações da commodity crua no país nos próximos 4 meses. Além disso, recentemente, o BofA cortou os preços médios para  o petróleo de US$ 100 para US$ 88 por barril em 2023, com a produção da Rússia superando as projeções de produção nos últimos meses devido a sanções mais frouxas da União Europeia e EUA.

Confira as avaliações do Goldman Sachs para as empresas do setor de petróleo:

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PRIO (PRIO3)

Analistas projetaram um impacto de 12% sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) e de 16% no valor patrimonial com os impostos de exportação. Se não for permanente, os impostos de exportação reduziriam 1% do valor patrimonial da companhia. Mas, se esses impostos se tornarem permanente, pode haver um risco negativo de 10% para o valor patrimonial da companhia, enquanto se não for permanente, o preço da ação pode se recuperar em cerca de 5%. Em qualquer caso, o banco vê um 20% da avaliação implícita versus o preço atual da ação.

O banco tem recomendação de compra para PRIO, com um preço-alvo de R$ 48,20. Os principais riscos negativos incluem preços do Brent mais fracos do que o esperado,  real mais forte do que o esperado, atraso potencial na conversão de recursos do continente em reservas comerciais e riscos de execução.

Petrobras (PETR3; PETR4)

As ações da Petrobras caíram 2% na última semana. O banco atribui a queda ao contínuo fluxo de notícias em torno de uma nova política de preços de combustíveis, com valores possivelmente mais baixos (abaixo do PPI) e dividendos possivelmente menores.

O Goldman Sachs manteve classificação neutra para ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 29,80 e R$ 27,10 para PETR3 e PETR4, respectivamente.

PetroRecôncavo (RECV3)

Embora menos exposto a impostos de exportação de petróleo (1/3 de volumes de gás natural), a petrolífera está exposta a algumas medidas de suspensão da venda de ativos, apesar de parte disso ter sido precificado pelo mercado antes da semana passada.

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O Goldman Sachs reiterou recomendação neutra para PetroReconcavo e preço-alvo de R$ 31,30.

3R Petroleum (RRRP3)

O Goldman Sachs mantém recomendação equivalente à compra para Petróleo 3R com um preço-alvo baseado de R$ 66,50. Os principais riscos negativos, segundo o banco, incluem preços do petróleo brent mais fracos do que o esperado, real mais forte do que o esperado, riscos de execução e o fim do benefício fiscal atualmente em vigor (SUDENE).

Segundo analistas, a empresa tem fortes perspectivas de crescimento, apesar da entrega operacional sem brilho em 2022, enquanto as expectativas do mercado são baixas (assim, qualquer melhora pode desencadear uma reação positiva).