Goldman Sachs prevê que Petrobras (PETR4) pagará mais US$ 13 bilhões em dividendos no 3º trimestre de 2022
agosto 2, 2022Após o resultado do segundo trimestre de 2022 da Petrobras (PETR3;PETR4) divulgado na quinta-feira (28) e uma antecipação de dividendos, que totalizaram R$ 87,8 bilhões, o Goldman Sachs revisou as suas estimativas para a companhia de petróleo e também destacou suas previsões para os proventos da companhia, de forma a incorporar o último balanço e as novas premissas macroeconômicas.
Para Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, analistas que assinam o relatório do banco, a Petrobras pode anunciar US$ 13 bilhões em dividendos junto com os resultados do terceiro trimestre, com data prevista de divulgação em 3 de novembro. Isso equivale a um rendimento de 15% sobre as ações, levando a um total de dividendos em 2022 para US$ 47 bilhões (52% de dividend yield, ou valor do provento em relação ao valor da ação).
Os analistas seguem com recomendação de compra para os ativos da Petrobras, pois acreditam que seu valuation barato e boa perspectiva de proventos (38% de rendimento de dividendos esperado para 2023) oferecem proteção antes das eleições de outubro.
“No entanto, prevemos volatilidade do preço das ações antes das eleições em outubro e também não esperamos nenhum anúncio de novos dividendos entre agora e a data do pleito”, apontam.
Os analistas destacam que a Petrobras oferece rendimento de dividendos significativamente acima de seus pares globais, o que sugere que o mercado já está precificando o risco de uma potencial interferência significativa do governo na empresa após as eleições presidenciais de outubro.
O banco elevou os preços-alvo das ações ordinárias de Petrobras (PETR3) de R$ 35,60 para R$ 36,50 (ainda uma queda de 1,2% frente o fechamento da véspera) e os das preferenciais (PETR4) de R$ 32,80 para R$ 33,70 (ainda uma queda de 1,3% frente o fechamento da véspera).
O Goldman diminuiu as projeções de receitas da Petrobras em 1% para 2022, em 3% para 2023 e 2% em 2024, a R$ 705,5 bilhões, R$ 750,7 bilhões e R$ 594,2 bilhões, respectivamente. Já a projeção para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi elevada em 1% para 2023 e reduzida em 1% para 2024, para R$ 387 bilhões e R$ 287 bilhões, respectivamente.
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