Geração Z: preocupação com a autoimagem pode gerar riscos para saúde
abril 4, 2024Muito por influência das redes sociais e suas celebrities, crianças e pré-adolescentes despertaram para o consumo de produtos e rotinas de skincare, um fenômeno identificado não só pela indústria, que enche as prateleiras com produtos atrativos aos impulsos juvenis, mas também pelos órgãos regulamentadores e sociedades médicas, que acenderam o sinal de alerta para as consequências do consumo irresponsável.
Membro da SBD, a dermatologista Juliana Oliveira adverte que na adolescência a higiene da pele e uso de protetor solar são etapas indispensáveis para uma pele saudável. “A aplicação de ativos inadequados pode causar sensibilidade, irritação, dermatite de contato, alergias e agravamento da acne. Na faixa dos 12 aos 15 anos, é muito comum a presença de acne, em graus variáveis e com possíveis consequências como manchas e cicatrizes. O ideal é que os pais sempre levem seus jovens para um acompanhamento individualizado e não comprem promessas da Internet, como já observamos no consultório algumas vezes’’, destaca Juliana. A profissional ainda afirma que consultas dermatológicas devem ter início assim que surgirem as mudanças decorrentes da puberdade.
Além da busca desenfreada por maquiagens e cosméticos, a geração Z despertou para o consumo de procedimentos estéticos, como preenchimentos e toxina botulínica. De acordo com a dermatologista, a aplicação de ambos só com aconselhamento de um profissional especializado.
“Fato que há uma banalização destes procedimentos, boa parte das vezes realizados por profissionais sem experiência, mas há indicação em alguns casos sim. Todo profissional da dermatologia deve trabalhar pela beleza natural, respeitando as etapas e o tempo”, destaca a dermatologista.
Fonte: Assessoria de Imprensa