Facebook e Afrohub lançam plataforma gratuita para capacitar empreendedores negros
setembro 29, 2020SÃO PAULO – Com o objetivo de fomentar negócios criados por empreendedores negros, o Facebook e organizações do ecossistema de afroempreendedorismo do país como Pretahub, Feira Preta, Diaspora.Black e Afrobusiness lançaram a terceira edição do Afrohub.
Criado em 2018, o Afrohub é um programa de aceleração com conteúdos voltados para digitalização e desenvolvimentos de negócios que já capacitou mais de 4 mil afroempreendedores em todo o país.
Nesta edição, as capacitações ocorrem de forma digital, através de uma plataforma educacional criada especialmente para a iniciativa, que distribuirá o conteúdo em diferentes formatos e nas redes sociais.
O programa abordará temas como gestão, finanças, vendas e comunicação ao longo de oito meses de formação. A expectativa dos idealizadores é de capacitar 100 mil empreendedores nesta nova etapa do Afrohub.
“Nesse terceiro ano, vamos posicionar a iniciativa Afrohub no processo de transformação digital. O contexto da pandemia mostrou que os nanos e microempreendedores, principalmente os negros, precisam estar dentro do ambiente online. A plataforma vai trazer conteúdos para acelerar esse processo e trabalharemos também para apoiar o processo de transformação de cultura e democratização da população negra em relação à esse contexto digital”, explica Adriana Barbosa, presidente do Instituto Feira Preta.
A plataforma foi criada pautando-se nas principais dúvidas e necessidades dos empreendedores que passaram nas edições passadas do projeto. Com o foco na digitalização, o conteúdo abordará as melhores formas de se utilizar as ferramentas de marketing no ambiente online e como aprimorar o relacionamento com os consumidores nesses espaços.
Além de vídeos tutoriais e aulas no formato masterclass, o conteúdo também será compartilhado no Instagram e Facebook do programa para ampliar o alcance e dialogar com diferentes perfis de empreendedores.
“Nos tutoriais, será possível acompanhar dicas sobre processos e práticas importantes para a organização dos empreendimentos dentro desses temas. A plataforma contará ainda com a participação de especialistas convidados e uma seção focada na rotina diária do empreendedor, destacando a atuação de afroempreendedores da rede Afrohub, que compartilharão histórias de aprendizados durante a evolução de seus negócios”, destaca Antonio Pita, sócio-fundador do Diaspora.Black.
A plataforma também contará com um espaço para notícias e podcasts sobre o afroempreendedorismo e o mundo dos negócios, que servirão de formação complementar para os participantes.
Outra vertente do projeto focará na produção de dados sobre a transformação digital da população negra. Em parceria com o Fórum Raça e Mercado, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Afrohub terá um espaço com banco de artigos, teses, pesquisas acadêmicas sobre a economia e o mercado de consumo da população negra no Brasil.
“O futuro é que o Afrohub seja conhecido no mercado como uma plataforma que está fazendo o processo de transformação digital do empreendedorismo negro no Brasil”, afirmou Adriana Barbosa.
Empreendedores de todo o país poderão ter acesso aos conteúdos do Afrohub, de forma gratuita, neste site e nas redes sociais sociais do programa.
Perfil
Apesar da grande existência de empreendedores por necessidade, quando a crise do mercado de trabalho faz com que as pessoas busquem abrir negócios para fugir do desemprego, Adriana Barbosa reforça que as organizações têm mapeado em suas redes o crescimento de outros tipos de empreendedores.
Entre eles, um público mais jovem que busca oportunidades dentro do mercado para empreender em qualquer área. De acordo com Adriana, esse perfil de empreendedor por vocação surge como uma alternativa do desejo da nova geração de trilhar uma carreira profissional fora das grandes empresas e com mais autonomia.
Segundo a executiva, o último perfil de empreendedor é o que mais se aproxima das organizações que promovem o Afrohub – os empreendedores por engajamento. Composto, na sua grande maioria, por mulheres e jovens, esse perfil empreende criando soluções para atender às especificidades de consumo da população negra.