ETF do agronegócio FOOD11 começa a ser negociado na B3; em dia de aversão a risco, cotas recuam 6,5%

ETF do agronegócio FOOD11 começa a ser negociado na B3; em dia de aversão a risco, cotas recuam 6,5%

julho 6, 2022 Off Por JJ

Um novo ETF (fundo de índice) focado no agronegócio estreou na B3 nesta terça-feira (7), dia marcado pela aversão ao risco e a volatilidade dos mercados diante de temores de recessão global.

A carteira – batizada Investo ETF Global Agribusiness e negociada sob o ticker FOOD11 – espelha no Brasil o ETF VanEck Agribusiness (MOO), listado na Bolsa de Nova York.

O ETF original recuou 2,60% durante o pregão, enquanto seu par brasileiro caiu 6,52%.

O fundo de índice americano replica o desempenho do índice MVIS Global Agribusiness, composto pelas maiores e mais líquidas empresas do segmento do agronegócio global, segundo informações da Investo, gestora do FOOD11. Nos Estados Unidos, o ETF MOO possui cerca de US$ 1, 7 bilhão sob gestão , investindo em 55 empresas do setor agrícola global.

Entre as empresas incluídas no MOO e no FOOD11 estão John Deere, Bayer, CNH Industrial, Nutrien, ADM, entre outras. Da carteira, 58% da exposição está focada nos Estados Unidos, 8% na Alemanha e 7% no Canadá, mas há ainda ações de companhias da Noruega, Japão, Reino Unido, China, Chile, Singapura, entre outros.

“O ETF consegue englobar toda a cadeia produtiva do setor do agronegócio, incluindo desde a produção de sementes, ciência no campo, até empresas com propósito vegano, conferindo um alto dinamismo ao produto”, informa a Investo. A taxa de administração é de 0,30% ao ano.

É o segundo ETF do agronegócio disponível na B3. O primeiro – o AGRI11, que replica a composição do também índice de ações da cadeia do agronegócio IAGRO – estreou em maio na Bolsa.

O AGRI11 nasceu provocando curiosidade pelos ativos que inclui. Entre as 32 ações da carteira teórica  do índice estão papéis de empresas que atuam direta e indiretamente no setor. Os ativos com maior participação, na composição válida para esta terça-feira (31), são Suzano (7,93%), JBS (6,825%), Klabin (6,42%), Cosan (6,29%) e BRF (6,13%).

Porém, também constam entre os papéis alguns aparentemente desconectados do agronegócio. É o caso da Arezzo, do setor calçadista, da fabricante de bebidas Ambev, da empresa de locação de equipamentos Armac e até de um conjunto de supermercados e atacadistas, como Assaí, Pão de Açúcar, Carrefour e Grupo Mateus.

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