Estudo revela preferência dos brasileiros por marcas locais durante a pandemia
julho 14, 2020SÃO PAULO – Uma pesquisa realizada pela Kantar, empresa especializada em dados, revelam que, com a pandemia de coronavírus alterando o hábito de consumo do brasileiro, as marcas locais cresceram na preferência do consumidor e passaram a ser compradas com mais frequência. A categoria representa mais de 65% do mercado em valor, contra 64% no mesmo período do ano anterior.
Nas cestas de produtos, como alimentos, lácteos e cuidados com o lar, as marcas nacionais ganharam ainda mais força, com presença de 84%, 78% e 75%, respectivamente, nos lares brasileiros.
De janeiro a abril de 2020, cerca de 49% das marcas no Brasil cresceram em CRP (Consumer Reach Point), métrica desenvolvida pela consultoria que aponta as marcas mais escolhidas pelos consumidores e que avalia a penetração das empresas dentro do lar e sua frequência de compra.
Diante da crise, o brasileiro aumentou os cuidados com a higiene e limpeza e os gastos com produtos das cestas de cuidados com o lar avançaram cerca de 11%, enquanto a cesta de cuidados pessoais registrou um aumento de 5%. Entre os produtos com os maiores crescimentos em valor estão: cloro (52%), esponja de aço (44%), papel higiênico (25%) e absorvente higiênico (12%).
Segundo o estudo, casais com crianças pequenas, lares monoparentais e com crianças de até 12 anos, além da Classe C, foram os grupos que mais aumentaram seus gastos com produtos de consumo imediato como alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal e medicamentos (FMCG na sigla em inglês) se comparados os índices de janeiro a abril de 2020 com o mesmo período do ano passado.
As favoritas durante a pandemia
Na cesta de produtos para limpeza da casa, Tixan, Ypê e Limpol figuram entre as marcas preferidas. Já Lux, Close Up e Skala são as mais escolhidas para cuidados pessoais.
Ainda considerando as cestas, Aurora, Perdigão e Sadia foram as líderes nas escolhas de alimentos dos brasileiros nos quatro primeiros meses no ano. Já no setor de bebidas, a Sukita foi a marca que mais cresceu, seguida pela Coca-Cola e Heineken. Entre os lácteos, a preferência fica com Piracanjuba, Vigor e Danone.
Confira as 10 marcas que mais ganharam penetração entre janeiro e abril de 2020:
- Aurora
- Lux
- Perdigão
- Tixan
- Piracanjuba
- Sadia
- Pullman
- Parmalat
- Gallo
- Alto Alegre
As marcas mais consumidas no Brasil em 2019
A Coca-Cola permanece no topo do ranking das marcas mais consumidas no país, segundo o relatório Brand Footprint, que analisou mais de 290 marcas no Brasil em 2019.
A empresa é líder de consumo, tanto mundial, quanto localmente, pelo oitavo ano consecutivo. No ano passado, a Coca-Cola foi escolhida 6 bilhões de vezes em todo mundo, sendo 507 milhões apenas no Brasil.
Em segundo lugar na preferência do consumidor local, ficou a Ypê, escolhida 492 milhões de vezes, seguida pela Italac, que foi escolhida 325 milhões de vezes.
Entre as cestas, a Nissin foi a marca mais escolhida na de alimentos, enquanto Coca-Cola é a líder entre as bebida, Italac entre os produtos lácteos e substitutos, Ypê para cuidados com o lar e Colgate para cuidados pessoais.
Confira as dez marcas mais compradas pelos brasileiros no ano passado:
- Coca-Cola – 507 milhões
- Ypê – 492 milhões
- Italac – 325 milhões
- Colgate – 302 milhões
- Tang – 245 milhões
- Piracanjuba – 242 milhões
- Nissin – 240 milhões
- Soya – 228 milhões
- Nescau – 216 milhões
- Vitarella – 214 milhões
Em relação à penetração de mercado, o levantamento concluiu que a marca de sucos Del Valle foi a que mais conquistou novos lares compradores em 2019, um crescimento de 6,2 pontos percentuais de penetração, o que representa mais de 3,4 milhões de novos compradores, seguida pela Skala, com mais de 3,3 milhões novos compradores e Visconti, chegando a 3,1 milhões novos lares.
O estudo também conclui que o brasileiro aumentou em 4% em 2019 o valor gasto com compras de bens de consumo massivo, na comparação com 2018. Entre os canais de compra, a preferência dos consumidores foi pelos atacarejos, que registraram crescimento de 12%, e farmácias e drogarias, com 6%.