Enel não vai cortar luz de consumidores com problemas na conta em São Paulo

Enel não vai cortar luz de consumidores com problemas na conta em São Paulo

agosto 14, 2020 Off Por JJ

Energia, lâmpadas
(Shutterstock)

SÃO PAULO – A Enel informou que não suspenderá o fornecimento de energia por inadimplência de clientes da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo até o fim de agosto.

Em nota, a distribuidora afirmou que a medida foi adotada para que os consumidores tenham mais tempo para negociar o parcelamento das suas contas. Os avisos de corte voltarão a ser enviados em setembro, impressos na conta de luz. Após a notificação, o cliente terá o prazo de 15 dias para negociar seus débitos.

A medida faz parte de um acordo firmado entre a Enel e o Procon-SP, com o objetivo resolver as quase 55 mil reclamações registradas por consumidores que tiveram problemas em suas contas de energia elétrica nos últimos meses.

De março a maio, a concessionária suspendeu a leitura presencial dos medidores dos clientes por conta das medidas de distanciamento social, realizando as cobranças pela média mensal de consumo dos últimos 12 meses.

O novo cálculo gerou cobranças incorretas, pois, segundo o Procon, em muitos casos foi verificada uma diferença entre a média do último ano e o consumo real do período.

O compromisso firmado com a empresa abrange os consumidores que já ingressaram ou entrarem com pedidos no órgão de defesa do consumidor até o dia 31 de agosto.

Para os clientes com reclamações já registradas, a Enel se comprometeu a parcelar automaticamente em até 12 vezes as cobranças que sofreram aumentos no período de quarentena. Antes, para conseguir o parcelamento a concessionária obrigava o consumidor a assinar um termo de uma confissão de dívida.

Os demais clientes podem realizar o parcelamento dos seus débitos através do app da concessionária, pelo site da empresa ou pela central de atendimento através do número 0800 72 72 120.

Por conta dos erros, o Procon-SP multou a Enel em R$ 10,2 milhões por má prestação de serviço e prática abusiva. Na última semana, o Ministério Público de São Paulo determinou que a distribuidora devolvesse os valores adicionais cobrados das contas de junho e julho dos clientes da capital paulista e da Grande São Paulo.

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