Embaixador da China não vê perspectiva de atraso em entrega de insumo para CoronaVac, diz Doria

Embaixador da China não vê perspectiva de atraso em entrega de insumo para CoronaVac, diz Doria

abril 7, 2021 Off Por JJ

Governador de SP, João Doria, com caixa da vacina CoronaVac (REUTERS/Amanda Perobelli)

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira que, em conversa telefônica na véspera, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, lhe disse que não há perspectiva de atraso nos embarques do insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac que está sendo envasada no Brasil pelo Instituto Butantan.

Em entrevista coletiva na sede do instituto vinculado ao governo paulista, onde acompanhou a entrega de uma nova remessa de 1 milhão de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Doria disse que o diplomata se comprometeu a confirmar a informação com as autoridades do governo da China em Pequim, mas que se mostrou otimista com a manutenção dos envios.

“O embaixador disse que falaria ontem mesmo com a chancelaria em Pequim e que ele não via nenhuma perspectiva de haver retardo no embarque dos insumos para a vacina do Butantan”, disse Doria.

“Ele antecipou –embora com a responsabilidade de checar com a chancelaria em Pequim– que não havia nenhuma razão para o retardamento ou dificuldades para embarque do IFA para a vacina do Butantan. Mas entre hoje e amanhã, portanto entre quarta e quinta-feira, ele daria uma posição definitiva após ouvir a chancelaria, as autoridades de seu governo em Pequim”, afirmou.

Na semana passada, o Butantan manifestou preocupação com a previsão de entregas de doses da CoronaVac ao PNI em abril, citando uma decisão do governo da China de acelerar a vacinação dentro do país, o que poderia impactar no envio do IFA ao Brasil. O instituto, ao mesmo tempo, afirmou que está assegurado o cumprimento da primeira parte do contrato que prevê a entrega de um total de 46 milhões de doses até o final deste mês.

Na coletiva desta quarta, Doria reiterou o cumprimento desta primeira etapa do acordo, assim como da segunda, que prevê a entrega de mais 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões até setembro, mas que o instituto promete antecipar para o fim de agosto.

Com a entrega da remessa de 1 milhão de doses da CoronaVac ao PNI nesta quarta, o Butantan chegou a 38,2 milhões de doses entregues à campanha nacional de vacinação contra a Covid-19.

A CoronaVac, que começou a ser aplicada no Brasil em 17 de janeiro após autorização para uso emergencial dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responde pela esmagadora maioria das vacinas contra Covid-19 aplicadas até agora no Brasil. Além do imunizante chinês, o PNI conta com a vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford, mas ainda em quantidades bem inferiores.

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