Em dia de PIB, taxas de títulos do Tesouro Direto apresentam queda nesta manhã

Em dia de PIB, taxas de títulos do Tesouro Direto apresentam queda nesta manhã

março 3, 2021 Off Por JJ

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(Rmcarvalho/Getty Images)

SÃO PAULO – Após dispararem ontem, em meio à cena política doméstica, os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentam leve queda na manhã desta quarta-feira (3), em dia de divulgação do PIB.

Nos títulos prefixados, o papel com vencimento em 2024 pagava uma taxa anual de 7,60% na abertura dos negócios, ante 7,62% ao ano na tarde de terça-feira. Da mesma forma, o juro pago pelo Tesouro Prefixado 2026 cedia de 8,21% para 8,18% ao ano.

Entre os títulos atrelados à inflação, o papel com vencimento em 2026 pagava uma taxa real de 3,36% ao ano nesta manhã, ante 3,41% anteriormente, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+2035 recuava de 4,03% para 4,00% ao ano.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta quarta-feira (3):

Fonte: Tesouro Direto

PIB de 2020 e cena política

No Brasil, as atenções recaem hoje sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu 3,2% no quarto trimestre de 2020, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A projeção mediana dos economistas compilada pela Refinitiv apontava para expansão de 2,8%.

Apesar de o número do quarto trimestre ter ficado acima do esperado, a contração de 4,1% do PIB no acumulado de 2020 foi a maior em 24 anos.

No âmbito político, investidores acompanham nesta quarta a votação da PEC emergencial no Senado. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, números do Tesouro Nacional apontam que 14 estados teriam condições fiscais para decretar estado de emergência fiscal e acionar medidas de controle de gastos, os chamados gatilhos, como o congelamento dos salários dos servidores.

Essa possibilidade está prevista na proposta, que prevê uma nova rodada do auxílio emergencial para os mais vulneráveis e faz parte do grupo de contrapartidas que a equipe econômica quer manter no texto.

Ainda em destaque, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou durante entrevista ao programa “Pingo nos Is”, da rádio Jovem Pan, que o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda será renovado pelo governo. Ele permite a redução de salários e jornada para evitar demissões durante a pandemia. Segundo o jornal Valor Econômico, o governo estuda prorrogar o programa por cinco meses.

As atenções também recaem sobre as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que disse ontem que parte da depreciação recente do real não é justificada pelos fundamentos econômicos. Ele ressaltou que o país tem um volume grande de reservas internacionais que permite ao Banco Central seguir atuando no câmbio sempre que achar necessário.

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Por fim, no noticiário de coronavírus, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o estado vive sua pior semana desde o início da pandemia, e que não descarta a adoção de nenhuma medida.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, todo o estado deve entrar, nesta semana, na fase vermelha, a mais restritiva contra a Covid. Comércio, restaurantes, bares e outros serviços essenciais não poderão funcionar, mas escolas continuarão abertas.

Quadro internacional

No ambiente externo, o presidente Joe Biden afirmou que os Estados Unidos terão suprimento grande o suficiente de vacinas para imunizar cada adulto do país até o final de maio. Caso a previsão se concretize, a marca será atingida dois meses antes do cronograma.

A vacinação é considerada um fator determinante para a retomada da economia em cada país. De acordo com dados oficiais coletados pelo site Our World in Data, até o dia 1º de março os Estados Unidos haviam vacinado 23,23% de sua população, enquanto o Brasil vacinou 3,98%.

Na Europa, o governo do Reino Unido deve focar na taxação e nos planos para gastos, que devem ser apresentados pelo chanceler Rishi Sunak mais tarde nesta quarta, em um momento em que a pandemia continua a afetar a economia britânica.

Na terça à noite, o governo anunciou que manterá, até setembro, um programa de licenças, que permite manter salários e empregos enquanto negócios estiverem fechados devido à pandemia.