Em dia de IPCA, taxas de títulos do Tesouro Direto têm queda nesta manhã
novembro 6, 2020
SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentam queda na manhã desta sexta-feira (6), em meio a dados de inflação e em mais um dia de apuração dos votos das eleições nos Estados Unidos.
O título prefixado com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 7,30%, ante 7,35% a.a. na tarde de ontem. O juro pago pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2031, por sua vez, cedia de 7,73% para 7,69% ao ano.
Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 oferecia uma taxa de 2,88% ao ano, frente ao prêmio de 2,93% pago anteriormente. Já a taxa do Tesouro IPCA+2045 recuava de 4,09% para 4,06% ao ano.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta sexta-feira (6):
IPCA em outubro
Entre os destaques do dia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86% em outubro, na comparação com setembro, levemente acima da projeção de 0,84% dos economistas consultados pela Bloomberg.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior variação (de 1,93%), e impacto (de 0,39 p.p.) para o resultado, veio do grupo Alimentação e bebidas, ainda que tenha desacelerado em relação a setembro (2,28%), principalmente em função de altas menos intensas em alguns alimentos para consumo no domicílio, como o arroz e o óleo de soja.
No ano, o índice acumula alta de 2,22% e, em 12 meses, de 3,92%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação da cesta de compras de famílias brasileiras com renda de até 2,5 salários mínimos, teve inflação de 0,71% em outubro. A taxa ficou abaixo da registrada em setembro (0,89%).
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IPC-C1 acumula taxas de inflação de 3,86% no ano e de 4,54% em 12 meses.
Ainda no ambiente doméstico, a segunda onda de Covid-19 enfrentada no exterior tem aumentado a pressão, dentro do governo e no Congresso, pela prorrogação de medidas para amenizar os efeitos da pandemia, especialmente o auxílio emergencial, que, atualmente, tem prazo para acabar em dezembro.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, uma das propostas defendidas é conceder mais duas parcelas de auxílio por meio de medida provisória.
Além disso, governo e Congresso vêm discutindo abertamente a possibilidade de criar um programa de transferência de renda mais amplo do que o Bolsa Família. Mas ainda não foi encontrada uma solução para viabilizá-lo sem estourar o teto de gastos.
Eleições americanas
Na cena externa, as atenções seguem voltadas para mais um dia de contagem de votos das eleições nos EUA.
O democrata Joe Biden tem no momento vantagem sobre o presidente republicano Donald Trump, que tenta a reeleição. Não há nos Estados Unidos um órgão centralizado responsável por declarar o resultado da eleição, que é definido pela imprensa a partir da contabilização dos resultados regionais.
Usada como referência por grande parte da mídia, a Agência Internacional de notícias Associated Press contabiliza 264 colégios eleitorais vencidos por Biden até o momento, próximo aos 270 necessários para a vitória. Trump tem 214.
Outros veículos, incluindo o jornal americano The New York Times, ainda não contabilizam o estado do Arizona (com 11 delegados) como favorável a Biden, indicando 253 colégios eleitorais vencidos pelo democrata até o momento.
Biden pode se tornar presidente caso vença ainda em outros dos chamados “estados-pêndulo”, que não têm uma definição tradicional entre candidaturas democratas e republicanas: Nevada, Carolina do Norte ou Pensilvânia.
Além disso, após ter liderado durante praticamente toda a apuração, Trump foi ultrapassado pelo candidato democrata na Geórgia, feudo republicano desde 1996, nas primeiras horas desta sexta-feira (6).
Às 6h40 (horário de Brasília), os dois postulantes apareciam com 49,4% da preferência, mas o ex-vice de Barack Obama tem 917 votos a mais que Trump, com cerca de 99% da apuração concluída.
Ainda entre os destaques internacionais, os EUA registraram ontem mais de 100 mil novos casos de contaminação pelo coronavírus, pelo segundo dia seguido. É o maior número de casos diários atingidos por um país.
Na Europa, a doença também tem avançado depressa, levando países a adotarem medidas de isolamento, como lockdowns.
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