Economia deve recuperar nível da última década somente em 2023, diz FecomercioSP

Economia deve recuperar nível da última década somente em 2023, diz FecomercioSP

março 4, 2021 Off Por JJ

Mulher segurando cesta de supermercado enquanto escolhe alguns itens da prateleira
(Shutterstock)

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) afirmou que a economia brasileira deve recuperar o nível do começo da década passada somente em 2023.

Em comunicado, a entidade indica que a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 não é “a pior notícia sobre a crise econômica brasileira”.

A FecomercioSP defende que o último crescimento significativo do PIB brasileiro aconteceu em 2013, com um salto de 3%. Desde então, houve uma sequência de estagnação, quedas e retomadas tímidas – com crescimento de 0,5% em 2014; encolhimento de 3,5% e 3,3% em 2015 e 2016, respectivamente; e singelos aumentos em 2017 (1,3%), 2018 (1,1%) e 2019 (1,1%).

“Diante desses números, é possível dizer que o país só vai retomar o patamar do começo da década passada em 2023 – isso se daqui até lá sustentar um crescimento de, pelo menos, 2% ao ano”, afirmou a entidade em nota oficial.

Para a FecomercioSP, o cenário de recuperação em 2023 pode não se viabilizar devido à nova queda no consumo das famílias, dado o cenário de crise com o pior momento da pandemia no país. “Além disso, há ainda as dúvidas de longo prazo sobre a capacidade do governo federal em implantar uma política de austeridade fiscal cortando despesas”, declarou a federação.

Segundo a entidade, ainda que o PIB cresça entre 3% e 3,5% em 2021, estará mais relacionado à queda de 4,1% em 2020 do que a um sinal de recuperação da economia de fato. “Em outras palavras, se nada der errado daqui para frente, o Brasil só voltará ao patamar de 2013 exatamente dez anos depois. É, portanto, a verdadeira década perdida.”

Para a FecomercioSP, uma ” verdadeira reforma do Estado” auxiliaria a recuperação econômica brasileira. “Diminuindo tributos, acelerando investimentos e contendo a alta da inflação por meio de uma política de juros baixos”, a entidade vê um caminho para um melhor cenário nos próximos anos.

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