Diretores do Fed esperam que coronavírus “pese bastante” na economia, emprego e inflação, mostra ata do Fomc

SÃO PAULO – Na última reunião do Fomc, os diretores do Federal Reserve concordaram que “a atual crise de saúde pública pesará fortemente sobre a atividade econômica, o emprego e a inflação no curto prazo e representa riscos consideráveis para as perspectivas econômicas no médio prazo”, aponta a ata do encontro divulgada nesta quarta-feira (19).

Por causa do impacto da pandemia, os membros do comitê esperam manter a atual taxa de juros na faixa entre 0% e 0,25% até que estejam “confiantes de que a economia resistiu aos eventos recentes e está caminho para atingir as metas de emprego e estabilidade de preços”.

Além da preocupação com o crescimento econômico global, os membros do Fomc também demonstraram que estão atentos aos riscos sobe o sistema financeiro.

Embora o presidente do Fed, Jerome Powell, e outros diretores do banco central americano já tenham dito que bancos e instituições financeiras estão em boa forma, os membros do comitê na reunião disseram que estavam preocupados se isso poderia mudar se a disseminação do vírus persistir e se ocorrerem cenários “mais adversos” no futuro.

Outro ponto debatido entre os membros do Fomc foi os níveis crescentes de dívida pública americana. O governo federal agora tem agora uma dívida de US$ 26,6 trilhões, um ganho de mais de US$ 3 trilhões só na pandemia, quando o Congresso e a Casa Branca se apressaram para obter ajuda para aqueles afetados pelo fechamento dos negócios.

Este movimento coincidiu com uma corrida ao mercado de títulos do Tesouro e está levantando preocupações de que o alto nível de emissão “poderia ter implicações para o funcionamento do mercado” no futuro.

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