Conselheiros do Banco do Brasil pedem manutenção de Brandão no cargo de CEO

Conselheiros do Banco do Brasil pedem manutenção de Brandão no cargo de CEO

março 5, 2021 Off Por JJ

O ex-presidente do HSBC Brasil, André Brandão (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Quatro conselheiros de administração do Banco do Brasil  (BBAS3) registraram na ata da reunião extraordinária do dia 2 de março seu apoio à gestão do atual presidente da instituição, André Brandão, diante do que chamaram de “especulações veiculadas na imprensa sobre a possível e surpreendente substituição do presidente ainda no início de seu mandato”. O grupo pede que o executivo seja mantido no cargo.

Na semana passada, Brandão avisou o presidente Jair Bolsonaro que colocou o cargo à disposição, o que deflagrou uma corrida política pela sua vaga. O executivo entrou em atrito com Bolsonaro por conta de plano de enxugamento de agências e corte de pessoal do banco.

A ata da reunião extraordinária é assinada por Hélio Lima Magalhães (presidente do conselho), José Guimarães Monforte, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima. Os dois primeiros são indicados pelo Ministério da Economia e os dois últimos, eleitos por acionistas minoritários.

Os conselheiros mencionam a avaliação semestral de desempenho da diretoria executiva, destacando que Brandão é um executivo de reconhecida experiência, elevada competência técnica e inquestionável reputação ilibada.

“Em apenas cinco meses de mandato, evidenciou sua capacidade de liderar a organização para além dos desafios que se impõem à competitiva indústria financeira, no melhor interesse da companhia e de seus stakeholders, tendo demonstrado alta performance na implementação da estratégia corporativa aprovada por este conselho para o quinquênio 2021/2025”, registram os conselheiros.

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Eles pedem a continuidade da “gestão de excelência” do atual presidente do BB e “lamentam qualquer possibilidade de que referidas especulações venham a se concretizar”. O grupo representa metade do conselho de administração do banco, que tem como um dos membros o próprio Brandão.

Na manifestação, eles reiteram ainda seu compromisso com as mais elevadas práticas de governança corporativa e respeito aos 750 mil acionistas não controladores do Banco do Brasil, detentores de 49,6% do capital social, e à sociedade brasileira, representada pela União, detentora da fatia restante do capital da instituição financeira.

Dizem também que se por qualquer razão “alheia às atribuições” do conselho a troca no comando seja realmente efetivada, “que eventual substituto esteja à altura de seu notável perfil técnico e profissional, aptidões essenciais para se liderar uma instituição com o porte e complexidade do Banco do Brasil”.

Cotado

O presidente da Caixa Seguridade, João Eduardo de Assis Pacheco Dacache, está entre os nomes cotados para presidir o Banco do Brasil, apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa, de acordo com fontes, é de que o martelo quanto ao novo responsável pelo cargo seja batido nos próximos dias.

O nome de Dacache já foi aprovado em partes e tem crivo de Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal; de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central; e do ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, ainda falta a sanção de Bolsonaro, que é quem indica o presidente do Banco do Brasil.

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