Com forte entrada de investidores pessoas físicas, lucro da B3 salta 57,9% no 3º trimestre, para R$ 1,1 bilhão
novembro 12, 2020
SÃO PAULO — Beneficiada pelo atual cenário de juros baixos no país e aumento da educação financeira, que gerou uma onda de investidores pessoas físicas na Bolsa brasileira, a B3 (B3SA3) registrou um aumento de 57,9% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2020, na comparação anual, para R$ 1,136 bilhão.
“A manutenção dos altos volumes negociados em nossas plataformas contribuiu com um sólido desempenho financeiro e geração de caixa robusta durante o terceiro trimestre”, afirmou a operadora da Bolsa brasileira. “O crescimento das receitas combinado com disciplina na gestão de despesas resultou em crescimento das nossas margens, refletindo a nossa alavancagem operacional”, completou.
A receita líquida da companhia ficou em R$ 2,289 bilhões entre julho e setembro deste ano, um aumento de 49,6% sobre o mesmo período de 2019. Enquanto isso, as despesas da empresa caíram em 4,3%, na mesma base de comparação, para R$ 648,5 milhões.
Já o Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da B3 saltou 50,1% no terceiro trimestre de 2020, frente a igual período do ano passado, totalizando R$ 1,666 bilhão. A margem Ebitda recorrente (relação percentual entre o Ebitda e a receita líquida) passou de 72,5% para 79,2%.
“Em linha com nosso objetivo de ter uma estrutura de capital adequada para a companhia, realizamos em agosto, emissão de debênture no mercado local de R$ 3,55 bilhões e, em julho, liquidamos o Global Bond 2020, de US$612 milhões, chegando a um endividamento bruto de 1,2x Ebitda recorrente”, destacou a B3.
“Além disso, nesse trimestre encerramos, por meio de um acordo no valor de R$ 140 milhões, a discussão jurídica com a Massa Falida da Spread Corretora. Para esse litígio, havia uma provisão de R$ 379 milhões em nosso balanço (em 30/06/2020), e o encerramento da ação trouxe impacto em diversas linhas do nosso resultado”, completou.
Projeções
A B3 reduziu sua projeção de endividamento para 2020, que passou a ser de até 1,2x Dívida Bruta/Ebitda recorrente dos últimos 12 meses — antes, era de até 1,5x. Em 2019, foi de 1x.
As demais projeções da empresa para este ano foram mantidas, como a distribuição do lucro aos acionistas entre 120% e 150% do lucro líquido societário. Em 2019, foi de 130%.
Treinamento gratuito do InfoMoney mostra como encontrar oportunidades de investimentos escondidas nos gráficos e fazer a primeira operação. Assista aqui!